quinta-feira, 13 de março de 2014

Ruptura do Tendão Calcâneo (Tendão de Aquiles)

O tendão calcâneo, popularmente chamado de tendão de Aquiles, é o tendão mais espesso e resistente do corpo humano. Ele é formado pela porção tendinosa dos três ventres musculares que formam a panturrilha, o gastrocnêmio medial, o gastrocnêmio lateral e o solear. Na sua porção mais baixa insere-se no calcâneo (osso do calcanhar ).
Em sua área de inserção no calcâneo existem duas bursas (bolsas de líquido): uma entre o osso e o tendão, e outra entre a pele e o tendão; relacionadas muitas vezes com processos inflamatórios e dor localizada nesta região (bursite). 
O tendão calcâneo é o mais importante tendão flexor do tornozelo. Sua ação é primordial para o desprendimento do pé na marcha, para dar arrancada e força na corrida e no salto. Além disso, ele absorve grande parte do impacto na fase de aterrissagem após o ato de saltar. 
A ruptura do tendão calcâneo (Aquiles) é mais comum no sexo masculino (5:1) , entre 30 e 50 anos, pessoas obesas e atletas ocasionais (atletas de final de semana).
Fatores que predispõem a ruptura do tendão calcâneo são: doenças reumáticas, infecções, doença renal, hipertireoidismo e uso de corticóide oral ou infiltração local prévia.
As causas de rupturas são variadas. O traumatismo direto é pouco comum, ocorrendo em acidentes com lâminas cortantes ou quedas de motocicleta.
A ruptura indireta, “espontânea”, é a mais freqüente e está relacionada com uma combinação de mecanismos de estresse e degeneração progressiva das fibras internas do tendão.
O movimento que culmina na ruptura do tendão está relacionado a uma força inesperada de dorsiflexão do tornozelo associado a uma forte contração muscular da panturrilha.
Quando ocorre a ruptura do tendão calcâneo, na grande maioria das vezes, o paciente relata como se tivesse levado uma pancada, um chute ou contusão na região do tendão e, em alguns casos, até escutando o próprio som da ruptura.

Embora lacerações e rupturas traumáticas diretas possam acontecer em qualquer região do tendão, lesões espontâneas indiretas normalmente ocorrem entre 2 a 6 cm acima de sua inserção no calcâneo.
O diagnóstico de ruptura do tendão calcâneo é eminentemente clínico. O relato dos sintomas e a incapacidade de continuar a atividade física sugerem a ruptura aguda.
No exame físico pode-se visualizar edema, hematoma e uma depressão local palpável formando um espaço onde anteriormente era ocupado pelo tendão íntegro. A perda de força para elevar-se na ponta dos pés é evidente.

Existem vários testes para diagnosticar a ruptura do tendão calcâneo. O mais clássico deles é o Teste de Thompson: com os joelhos dobrados em 90° e os pés livres, faz-se compressão na panturrilha, o que normalmente provoca a flexão plantar do pé. Porém, quando ocorre a ruptura do tendão, não ocorre nenhum movimento do pé com esta manobra. 
O diagnóstico radiológico é feito preferencialmente através da ressonância nuclear magnética, sendo esta muito superior à ultrassonografia para quantificar e visualizar as lesões do tendão calcâneo. 

A grande maioria das rupturas tem indicação de tratamento cirúrgico. Pois acometem indivíduos jovens e com alta demanda mecânica futura. Além disso, grande parte são lesões completas (ruptura total) e a chance de nova ruptura após o procedimento cirúrgico é muito mais baixa que após o tratamento conservador (2 % contra 18% de chance de nova ruptura). 

A indicação absoluta de tratamento cirúrgico é para as lesões completas, grandes lesões parciais e rupturas repetidas.
O tratamento cirúrgico primário baseia-se na sutura boca a boca do tendão. Vários tipos de fios e nós podem ser empregados. O reforço com o tendão plantar delgado pode ser realizado para diminuir a tensão no local da sutura.


Após a cirurgia o paciente utiliza uma bota removível. A retirada dos pontos é feita na segunda semana de pós-operatório e o apoio progressivo é permitido, em média, após a 4ª semana.
A indicação para o tratamento conservador é quando o paciente não exige grande demanda mecânica (idosos) ou portadores de doenças clínicas incapacitantes para o procedimento cirúrgico.
O tratamento conservador é realizado através de bota gessada na posição em eqüino, isto é, com a ponta do pé naturalmente para baixo, elevando progressivamente até 90 graus no período final do tratamento. O tempo de imobilização é de 12 semanas.
A fisioterapia pós-operatória é muito importante para a reabilitação, ganho de movimento e reforço muscular. A atividade física esportiva pode ser retomada, em média, 4 meses após o tratamento da ruptura.

A Ruptura Crônica do Tendão Calcâneo (Tendão de Aquiles):
O tratamento das lesões crônicas do tendão calcâneos é cirúrgico caso o paciente apresente sintomas.
A principal queixa é a importante perda de força para subir escadas, ficar na ponta do pé e saltar. Também pode ocorrer dor após alguma atividade mais intensa como uma longa caminhada ou esforço físico. Alguns pacientes apresentam alteração na marcha e instabilidade do tornozelo.
- See more at: http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/artigo/14#sthash.Hulf3udL.dpuf
Existem alguns fatores que pode contra-indicar o tratamento cirúrgico nos casos de ruptura crônica do tendão calcâneo: diabetes descontrolado, fumantes pesados, déficit vascular locar ou infecção concomitante.
O objetivo da reconstrução cirúrgica é recuperar a força e dar continuidade ao tendão rompido; retirando o tecido cicatricial (tecido fibroso) e substituindo por tecido tendíneo sadio.
Existem várias técnicas de reconstrução do tendão cronicamente lesado, entretanto, a mais difundida e aplicada atualmente é a transferência do tendão flexor longo do hálux. Essa técnica consiste em substituir a porção cicatricial por um tendão forte e sadio do pé, o tendão que flexiona o hálux (o maior dedo do pé).


Essa cirurgia oferece uma boa recuperação da força e equilíbrio muscular do tendão calcâneo, ocorrendo somente uma diminuição da força de flexão do primeiro dedo, sem comprometer seu movimento.
Após a cirurgia o paciente é mantido sob imobilização gessada por aproximadamente 8 semanas, quando completa-se a cicatrização da transferência tendínea. Fisioterapia é instituída logo após a retirada da imobilização.
fonte:: http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/artigo-Dr. Silvio Maffi

Tendinite do tendão de Aquiles

Autor: Joao Carlos Maia  |   Categoria: Lesões e Doenças
O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano e para os corredores, um dos mais solicitados durante a sua prática desportiva.
Apenas a título de curiosidade dos leitores, Tendinite de Aquilesfoi o termo originalmente usado para descrever o espectro de lesões que iam desde a inflamação do tendão à ruptura parcial. No entanto, o estudo da histopatologia demonstrou que nem sempre existe processo inflamatório nestas lesões, pelo que são agora denominadas de tendinopatias do tendão de Aquiles.
Acredita-se que esta lesão é causada por pequenas lesões (conhecidas como microtraumas) repetidas, associadas ao uso excessivo do tendão, em actividades como correr ou saltar, durante longos períodos. Se depois de cada microtrauma não for dado tempo de recuperação suficiente, o tendão não se restabelece na totalidade. Isto significa que, ao longo do tempo, os danos vão-se acumulando, degradando a qualidade do tecido e podendo dar origem àtendinopatia do tendão de Aquiles.

Há uma série de factores que podem provocar estas pequenas lesões repetidas no tendão:
- O uso excessivo do tendão de Aquiles. Isso pode ser um problema para as pessoas que correm regularmente, para os bailarinos e para as pessoas que jogam ténis ou outros desportos que envolvem saltos.
- Calçado inadequado à prática desportiva.
- Mau gesto técnico, por exemplo durante a corrida.
- Aumentos bruscos na intensidade de treino
- Praticar desporto em superfícies duras ou inclinadas
- Ter pé cavo (arco plantar demasiado proeminente)
- Falta de flexibilidade, por exemplo nos isquio-tibiais (músculos da parte posterior da coxa)
A tendinopatia de Aquiles também é mais comum em pessoas que têm determinados tipos de artrite, como a espondilite anquilosante e artrite psoriática. Pessoas que estão a tomar medicação do grupo das fluoroquinolonas (como a ciprofloxacina) por longos períodos de tempo também têm um risco aumentado de desenvolvimento de tendinopatia de Aquiles.



Esteja alerta para os seguintes sintomas
Os principais sintomas incluem dor e rigidez em torno do tendão de Aquiles. Também pode haver algum inchaço em torno desta área. Os sintomas tendem a desenvolver-se gradualmente e são geralmente piores quando você acorda pela manhã. Dor que vem de repente e dificuldade em caminhar pode ser um sintoma de ruptura do tendão de Aquiles. Nesse caso consulte um médico urgentemente.

Algumas pessoas têm dor durante o exercício, mas, em geral, a dor é pior após o exercício. Os corredores podem sentir dor no início do treino, que depois tende a diminuir e a tornar-se mais suportável, seguida de um novo aumento depois de o treino acabar.

Diagnóstico
Uma boa avaliação clínica, com perguntas sobre os sintomas, a causa da lesão e um exame ao tendão são geralmente suficientes para o diagnóstico. No exame podem pedir-lhe para fazer alguns exercícios, como pedir para apoiar-se na perna afectada e levantar o calcanhar do chão. Para a maioria das pessoas com tendinopatia de Aquiles esse movimento reproduz a sua dor. Uma ecografia ou uma ressonância magnética pode ser útil, se o diagnóstico não for claro.

Tratamento
O tratamento conservador é a primeira opção de tratamento, e inclui:
  • Descanso e redução das actividades desportivas. De início deve parar qualquer actividade ou desportos de alto impacto (como correr). Quando a dor diminuir, poderá reiniciar o exercício gradualmente, sem nunca provocar ou agravar os sintomas.
  • Analgésicos. Os analgésicos como o paracetamol ou o ibuprofeno podem ajudar a aliviar a dor. O ibuprofeno é de um grupo de medicamentos chamados anti-inflamatórios não esteróides (AINEs). No entanto, num caso tendinopatia de Aquiles, você não deve usar o ibuprofeno ou outros AINEs por mais de 7-14 dias. Isso é porque eles podem, eventualmente, reduzir a capacidade do tendão de curar a longo prazo. Alguns analgésicos anti-inflamatórios podem provocar efeitos colaterais. Aconselhe-se com o seu médico sobre o melhor medicamento para si.
  • Compressas de gelo. Podem ser úteis no controle da dor e na redução do inchaço nas fases iniciais de tendinopatia de Aquiles. Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 15 minutos e depois espere pelo menos 45 minutos antes de aplicar gelo novamente.
Fisioterapia:
As técnicas mais eficazes nesta condição clínica incluem:
  • Exercícios terapêuticos. Alguns exercícios terapêuticos ajudam a alongar e fortalecer o tendão de Aquiles. Estes exercícios podem ajudar no controlo da dor e rigidez.
  • Aplicação de ultra-som para alívio da dor e estimulação da correta cicatrização do tendão
  • Massagem na região do tendão e músculos da barriga da perna
  • Aconselhamento sobre o melhor calçado. Uso de palmilhas ou calcanheiras de forma a elevar ligeiramente o calcanhar.
  • As infiltrações com corticoesteróides são comuns nesta lesão. No entanto, a sua utilização é controversa. Se a infiltração é dada directamente no tendão, há um risco de danificar ainda mais o tendão, se é dada em volta do tendão os resultados no alívio de dor nem sempre são significativos.

Para a maioria das pessoas, os sintomas da tendinopatia de Aquiles normalmente aliviam ao final de 3-6 meses de tratamento conservador. Em geral, quanto mais cedo o problema é reconhecido e é iniciado o tratamento, melhor o resultado. Se seus sintomas não melhoraram após 3-6 meses, pode ser indicado consultar um ortopedista ou médico de medicina desportiva. No entanto, este prazo pode mudar dependendo dos seus sintomas, as suas atividades desportivas, etc

A cirurgia envolve a remoção de nódulos ou aderências (partes das fibras do tendão que ficaram unidos durante uma cicatrização desorganizada do tendão), ou fazer um corte longitudinal no tendão para estimular a correcta cicatrização do tendão.

Exercícios terapêuticos para as tendinopatias do tendão de Aquiles
Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma tendinopatia do tendão de Aquiles. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.
Alongamento dos gémeos
De pé, com as mãos ao nível dos ombros apoiadas na parede. Colocar a perna a alongar esticada e atrás, dobrar à frente o joelho da outra perna, com as costas alinhadas. Mantenha essa posição por 20 segundos. Repita entre 3 a 6 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.





Extensão resistida do pé
Sentado com a perna esticada e o elástico na ponta do pé. Empurre o elástico para a frente, depois deixe o pé regressar lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Reforço muscular dos gémeos
Em pé, apoiado numa cadeira, coloque-se em pontas dos pés. Desça lentamente até todo o pé apoiar no chão. Repita este movimentos entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Maffulli N, Longo UG. How do eccentric exercises work in tendinopathy? Rheumatology (Oxford). 2008 Oct;47(10):1444-5.
Magnussen RA, Dunn WR, Thomson AB. Nonoperative treatment of midportion Achilles tendinopathy: a systematic review. Clin J Sport Med. 2009 Jan;19(1):54-64.
Simpson MR, Howard TM. Tendinopathies of the foot and ankle. Am Fam Physician. 2009 Nov 15;80(10):1107-14.

Autor: João Maia – Fisioterapeuta
Fonte: www.facebook.com/fisioinforma



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quarta-feira, 12 de março de 2014

RECUPERAÇÃO DE JOELHO APÓS ATO CIRÚRGICO: EXERCICIOS FUNCIONAL

Para recuperar a mobilidade e a força do joelho no pós operatório é necessário fazer exercícios especializados através de fisioterapia ou caso não seja possível realizá-los em casa. Esse caderno tem como objetivo ajudá-lo através de figuras explicativas, exercícios que você deverá fazer durante 20 a 30 minutos 2 ou 3 vezes por dia no período pós operatório. O seu médico esclarecerá quais exercícios serão adequados para o seu caso assim como a evolução desses exercícios. Se o joelho fica com edema "inchado" ou se há dor ao fazer alguma atividade deve ser realizado repouso, colocar gelo e elevar a perna. Consulte o seu médico caso continuarem as queixas.
Programa inicial de exercícios
Exercícios pós operatórios de recuperação funcional do joelho
1- Mobilização do pé e tornozelo
Deitado de costas com o membro inferior repousando sobre a cama, inicie movimentos ativos do pé e tornozelo. Faça a maior quantidade de tempo possível. É permitido em pós operatório imediato de todas as cirurgias ortopédicas inclusive as que o joelho permanece imobilizado. Tem boa função analgésica e de regressão do edema (inchaço).
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2- Contração isométrica do quadríceps
Deitado de costas aperte o joelho em direção à cama (aperte-o para baixo). Mantenha a musculatura anterior da coxa contraída por 5 segundos e solte. A  força e o tempo da contração irão aumentando conforme o alívio da dor. Função: retorno muscular da coxa. Repita 10 vezes.
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3- Elevação da perna estendida (exercício isométrico)
Deitado de costas dobre o joelho não operado e estenda o joelho operado. Eleve a perna 20 cm e mantenha essa posição durante 5 segundos. Função: retorno muscular da coxa. Repita 10 vezes. Progressivamente aumente a altura da perna e coloque peso no tornozelo.
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4- Flexão ativa do joelho (contração da musculatura posterior da coxa)
Deitado de costas puxe o calcanhar em direção a nádega até o limite do desconforto. Pode ser feita de forma passiva (outra pessoa auxiliando) ou de forma ativa. Passivamente o paciente deve manter a musculatura o mais relaxada possível. Mantenha-o flexionado durante 5 segundos e inicie o movimento de retorno a extensão. Função: ganho de amplitude de movimento. Repita 10 vezes.
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5- Extensão do joelho em decúbito dorsal
Deitado de costas com uma toalha dobrada debaixo do joelho (cerca de 20 cm)., estenda o joelho apoiado pela toalha e mantenha a posição por 5 segundos. Voltar lentamente à posição inicial. Função: ganho muscular da coxa. Repetir 10 vezes. Progressivamente coloque peso no tornozelo.
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6- Contração do quadríceps (musculatura anterior da coxa)
De barriga para baixo, com uma toalha dobrada debaixo do tornozelo faça força para baixo mantendo a perna o mais estendida e a musculatura da coxa contraida. Mantenha esta posição durante 5 segundos e após relaxe. Função: ganho muscular da coxa. Repita 10 vezes.
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7- Contração das nádegas
Deitado de costas com os joelhos flexionados contraia as nádegas elevando levemente estas e as costas do solo durante 5 segundos . Após solte a musculatura e relaxe. Função: ganho muscular para auxílio na marcha. Repita 10 vezes.
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8- Elevação da perna estendida (movimento isométrico)
Em pé apoiando-se em alguma cadeira ou estrutura fixa, eleve a  perna lentamente para a frente. Não dobre o joelho. Mantenha a posição por 5 segundos e retorne a posição inicial. Função: retorno muscular coxa. Repita 10 vezes.
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9- Flexão parcial ativa do joelho (apoio bipodal)
Apoiado-se em uma estrutura fixa (ex- nas costas de uma cadeira), flexione os joelhos e desça até o limite do desconforto. NÃO BAIXE mais de 90º. Mantenha as costas retas. Mantenha a posição flexionada por 5 a 10 segundos e retorne a posição inicial. Função: ganho muscular coxa. Repita 10 vezes.
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10- Alongamento quadríceps em pé
De pé com o joelho operado dobrado, levar lentamente a perna até o calcâneo encostar na nádega. Mantenha a posição 5 segundos. Função: ganho de movimento. Repita 10 vezes.
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11- Joelho dobrado parcialmente (apoio monopodal)
Apoiando-se em uma estrutura fixa flexione a perna não operada com  a ponta do dedo grande apoiado no piso para manter o equilíbrio. Inicie a descer o corpo lentamente mantendo o pé do joelho operado firme no piso. Após retorne à posição inicial relaxando a musculatura. Função: ganho de movimento e força da musculatura da coxa. Repita 10 vezes.
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12- Subir um degrau de frente
Suba um degrau (20cm), começando com a perna operada depois retornando à posição inicial. Função: treino de marcha. Repita 10 vezes.
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13- Subir um degrau de lado
Subir um degrau (20cm) começando com a perna operada como no anterior mas lateralmente. Repita 10 vezes.
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14- Decúbito dorsal com perna elevada
Deitado de costas mantenha o joelho estendido contra uma parede forçando-o para trás (extensão). Faça repetidos movimentos do tornozelo para cima e para baixo. Esse exercício é muito importante na regressão do edema (inchaço) de todo o membro inferior. Pode ser realizado em ambos membros inferiores. Quanto mais perto da parede estiver maior será a intensidade do estiramento da musculatura posterior da perna. Função: regressão edema, ganho de movimento (extensão).
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15- Bicicleta ergométrica
Inicialmente eleve o assento para que os pés apenas cheguem aos pedais e pedale uma volta. Coloque a resistência baixa e vá aumentando progressivamente. Faça exercício conforme orientação médica ou conforme o seu conforto permita. Ao baixar o banco a dificuldade aumentará. Comece pedalando 10 minutos diários e aumente progressivamente. Função: ganho de movimento e força muscular.
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16- Caminhada
O apoio do membro operado dependerá da liberação de seu médico. É uma excelente atividade física. Inicialmente pode ser auxiliada pelo uso de muletas ou andador.

ANDADOR
Indicação:
Incapacidade de descarregar peso em uma das pernas. Pós operatório de prótese do joelho, osteotomia, fratura etc...
Seqüência de movimentos:
Primeiro leve o andador e o membro afetado à frente. Então descarregue o peso do corpo sobre o andador e mova o membro não afetado à frente. Repita a seqüência
Vantagens: 
Elimina a descarga de peso sobre o membro afetado. Permite apoio de peso parcial. Mais seguro que as muletas.
Desvantagem:
È preciso que o paciente tenha um bom equilíbrio e força nos membros superiores.
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MULETAS
Marcha de 3 pontos

Indicação:
Incapacidade de descarregar peso em uma das pernas. Pós operatório de prótese do joelho, osteotomia, fratura etc...
Seqüência de movimentos:
Primeiro leve ambas as muletas e o membro afetado à frente. Então descarregue o peso do corpo sobre as muletas e mova o membro não afetado à frente. Repita a seqüência
Vantagens: 
Elimina a descarga de peso sobre o membro afetado. Permite apoio de peso parcial.
Desvantagem:
È preciso que o paciente tenha um bom equilíbrio.
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Indicação:
Pós operatório avançado ou casos de descarga parcial do peso.
Seqüência de movimentos
Utiliza-se a muleta do lado contrário da cirurgia. Muleta esquerda, e pé direito juntos e muleta direita e pé esquerdo juntos. Repita a seqüência.
Vantagens:
Mais rápido do que a marcha de três pontos. Apoio parcial do membro afetado.
Desvantagens:
Pode ser difícil aprender esta seqüência de movimentos

Para o uso seguro de muletas, algumas regras de vem ser seguidas:
  • Nunca apóie o peso nas axilas. Utilize os punhos;
  • Quando parado, posicione as muletas à frente;
  • Quando andar, não tente andar rápido demais ou dar passos muito compridos;
  • Quando descer escadas, posicione as muletas no degrau abaixo, então desça o degrau com a perna não afetada.
  • Quando subir escadas, suba com a perna boa primeiro, só então traga as muletas e a perna afetada para cima.
Como posso me cuidar enquanto uso as muletas ?
  • Tome cuidado para não escorregar em lugares escorregadios.
  • Por vezes as muletas atritam com a pele entre seu braço e peito. Você pode usar loção ou talco para prevenir escoriações.
  • Se as suas mãos ficarem machucadas ou cansadas, você pode colocar mais estofamento nas empunhadeiras da muleta.
  • Certifique-se de não se apoiar nas muletas pressionando-as contra as suas axilas. Se houver pressão contra as suas axilas, mesmo quando usadas corretamente, por um período prolongado. Esse período deve ser encurtado.
Fonte:Traumatologia do Esporte Cirurgia do Joelho

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terça-feira, 11 de março de 2014

Distensão e Contratura ou estiramento muscular

Uma distensão ou estiramento muscular, caracteriza-se por um rompimento parcial ou completo de fibras ou feixes musculares, resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo em questão. Junto com os feixes, são rompidos também capilares sanguíneos, resultando numa infiltração de sangue no local da lesão, formando posteriormente um coágulo. Em casos graves, onde muitos feixes são rompidos, o músculo pode sofrer uma ruptura muscular. As distensões são mais facilmente reconhecidas que as contraturas musculares, uma vez que a dor causada pela ruptura dos feixes é imediata, impossibilitando a continuidade do exercício.

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Diagnóstico

O diagnóstico imediato é simples devido aos sintomas singulares, porém o nível da lesão só pode ser mensurado com exatidão através de uma ultrassom de partes moles, onde os coágulos serão identificados. Outra forma de diagnóstico é o exame sanguíneo, onde os níveis da enzima CPK (creatinofosfoquinase) indicarão se há ou não uma lesão não identificada pelos outros métodos.

Tratamento

No caso de distensões musculares, recomenda-se procurar um ortopedista ou médico do esporte imediatamente após o ocorrido. Porém, como medida emergencial depois da lesão, gelo deve ser aplicado por cerca de 15 minutos, a fim de se evitar que a lesão tome maiores proporções com uma maior infiltração de sangue no músculo afetado.
O tratamento será inicialmente feito com medicamentos para dissolver os coágulos no músculo e cicatrizar suas fibras. O mesmo segue com fisioterapia, onde terapêuticas com ultrassom e laser são combinadas com alongamentos específicos visando recuperar as funções do músculo machucado. Yoga, pilates ou musculação são utilizados posteriormente para promover o fortalecimento do músculo afetado, evitando novas lesões.
O retorno à prática esportiva é mais lento que nos casos de contratura, variando amplamente com o nível da lesão, e deve ser feito com bastante cautela.

 Contratura muscular
Uma contratura muscular ocorre quando o músculo se contrai de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento, em resposta a uma sobrecarga de esforço continuado exercido sobre um músculo ou tendão, e ao qual os mesmos não estão acostumados. Na prática, esse encurtamento se dá pelo acúmulo de ácido lático, decorrente da respiração anaeróbia realizada pelas células musculares em esforço intenso.

Tratamento

Recomenda-se aplicar, logo após a lesão e nas primeiras 72 horas, gelo por cerca de 20 minutos e três vezes ao dia. Após as 72 horas iniciais, iniciar a aplicação de compressas quentes de maneira similar às de gelo só que por cerca de cinco dias, ou até desaparecerem os sintomas.
Concomitantemente às compressas quentes, pode-se aplicar antinflamatórios tópicos e realizar alongamentos cuidadosos e de baixa intensidade na musculatura afetada de acordo com orientações médicas. Atividades físicas só devem ser retomadas cerca de duas semanas após o desaparecimento dos sintomas, ou conforme critério médico.



Estiramentos Grau I,II e III

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Estiramento de grau I
Algumas fibras musculares ou tendíneas são estiradas ou rompidas. O movimento ativo produz certa sensibilidade e dor. O movimento é doloroso, mas, em geral, é possível a amplitude de movimento total (poucas fibras são estiradas ou rompidas).O paciente queixa-se de sensibilidade dolorosa nos músculos posteriores da coxa, mínimo de edema e dor à palpação são previstos. Este paciente apresenta ciclo normal da marcha. A amplitude na flexão do quadril é normal. A flexão resistida do joelho e a extensão do quadril com o joelho estendido são, em geral indolores ou produzem sensação de tensão razoável.

Estiramento de grau II
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Um número moderado de fibras são estiradas ou rompidas. A contração ativa do músculo é extremamente dolorosa. Em geral, há uma depressão palpável no ventre muscular. Pode-se ouvir um “estalido”. Presença de edema devido à hemorragia capilar. A palpação produz dor de moderada à forte. Observa ciclo anormal da marcha e o paciente não consegue tocar o calcanhar no solo. Limitação funcional pra flexionar o quadril e o joelho. O paciente tende a deambular com os joelhos flexionados. Apresenta também enfraquecimento para flexão e extensão resistida.

Estiramento de grau III
Estiramento grau III: Rompimento total das fibras musculares. Perda total de movimento. A dor é intensa no início, mas diminui com rapidez, devido à completa separação das fibras nervosas. Paciente relata ter ouvido um “estalido”. Este paciente é incapaz de deambular sem muletas. Apresenta força moderada na extensão resistida do quadril com o joelho flexionado, devido ao glúteo máximo. A resistência geralmente provoca dor.
MECANISMO DE LESÃO
Algumas teorias indicam a possibilidade de os isquiotibiais virem a sofrer estiramento, dentre os quais, destaco: Desequilíbrio com o quadríceps, fadiga, postura na corrida, discrepância de comprimento de membros inferiores, diminuição da amplitude de movimento, desequilíbrio entre os músculos isquiotibiais medial e lateral, porém é a contração rápida e explosiva, que fundamentalmente, proporciona o surgimento da lesão. Estudos apontam ainda, para o fato de que o semitendinoso, o semimembranoso e a cabeça longa do bíceps femoral serem inervados pelo ramo tibial do nervo ciático, enquanto a cabeça curta do bíceps da coxa é inervada pelo ramo fibular do nervo ciático. Isto é de fundamental importância e faz da cabeça curta do bíceps um músculo completamente distinto dos demais.
Vemos também que os estiramentos do semimembranoso e do semitendinoso podem ocorrer durante a desaceleração da corrida, enquanto os estiramentos da parte lateral inferior do bíceps da coxa ocorrem no desprendimento do pé ou de impulso da corrida.
TRATAMENTO
Após tratamento inicial na fase aguda da lesão, com gelo, repouso, elevação, uso de antiinflamatórios, ultra-som pulsátil, TENS e laser, inicia-se a recuperação do movimento ativo, com carga que não produza dor. Alternar exercício em cadeia cinética aberta para exercício multiarticular em cadeia fechada, com 30s de repouso mostrou facilitar a rápida recuperação e retorno antecipado à atividade. Observar, a inclusão dos exercícios de alongamentos, fundamentais na recuperação da lesão. O alongamento deve ser seguido pelos exercícios indolores de fortalecimento, na seguinte seqüência: joelho de estendido para flexionado para os estiramentos médios ou altos do semimembranoso e do semitendinoso, e de flexionado para estendido, para os estiramentos do bíceps inferior e lateral. Após a fase inicial, utilizamos, calor para aumentar a vasodilatação na área lesionada, facilitando o aporte de nutrientes, células de defesa e fibroblastos (para o processo de cicatrização). Com isso, pode-se usar: ultra-som contínuo, compressas quentes e até mesmo Ondas curtas (se a área for muito extensa), associando sempre aos exercícios de fortalecimento e condicionamento.
A evolução do tratamento deve obedecer a uma avaliação diária da dor, amplitude do movimento, força muscular e a sensação subjetiva do paciente. Procura-se sempre que possível intercalar as sessões de fortalecimento com as de condicionamento aeróbico, seguidos pelas atividades de alongamentos. Lembrar-se de incluir também os exercícios isométricos (sem movimento, só a contração do músculo), do quadríceps e dos isquiotibiais (posteriores de coxa), utilizando carga adequada ao paciente e à fase da lesão. Pode-se utilizar também, modalidades elétricas que produza contrações musculares, para estimular a amplitude do movimento e, conseqüentemente, diminuir a dor e o espasmo muscular. Sobre os exercícios de fortalecimento, entendo que estes devem priorizar os músculos envolvidos na lesão: isquiotibiais, sem deixar de se preocupar com os antagonistas: quadríceps, e os estabilizadores laterais e mediais: adutores, abdutores e rotadores.
À medida que o tratamento avança, incluir os exercícios de propriocepção: refere-se à percepção consciente e inconsciente do posicionamento articular. Dentre os proprioceptores destacamos: os mecanorreceptores articulares: corpúsculo de Pacini, corpúsculos de Meissner e terminações nervosas livres. Estes estão localizados nas articulações e são responsáveis por fornecerem informações proprioceptivas quanto ao posicionamento articular. Verifica-se, também, os mecanorreceptores tenomusculares: os fusos musculares, presentes nos músculos que detectam alterações no comprimento e na velocidade do músculo. Os órgãos tendinosos de Golgi (OTG), localizados no tendão e na junção tendão-músculo, detectam o nível de tensão muscular. Ao menor sinal, protegem a unidade músculo-tendão quanto ao excesso de tensão que podem provocar danos. Estes proprioceptores é que levam informação da periferia para o córtex cerebral, produzindo resposta eferente motora de: alívio da dor, controle de movimento, resposta funcional eficaz, etc. Incluir exercícios de: estabilização dinâmica, requer a antecipação e a reação às cargas articulares, obtém-se colocando a articulação em situações vulneráveis, nas quais o equilíbrio dinâmico é estabelecido em situações controladas. Os exercícios de equilíbrio (giroplano, cama elástica, pedalinho, balancinho, caixa de areia etc.) e os exercícios pliométricos (saltos com obstáculos e em profundidade), são bastante adequados.
Após esta seqüência, utilizar os exercícios de recuperação funcional que têm como objetivo retornar o atleta ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de nova lesão. Devem induzir “perturbações” articulares inesperadas, deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc. O paciente com estiramento grau I pode continuar suas atividades normais, mas sendo observado para não agravar a lesão e adotando procedimentos fisioterapeuticos. O paciente com estiramento grau II requer 5 a 21 dias de recuperação e nas lesões grau III de 3 a 12 semanas. Em todos os casos, a alta do paciente será determinada se os exercícios pliométricos e as atividades funcionais forem realizadas sem dor.
fonte: Wikipédia
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A importancia da Biomecânica correta na musculação

                                 
É importante  e essencial para o organismo, que os músculos devem ser  trabalhados e estimulados para que se fortaleçam, cresçam e regenerem. Afinal, ao  passar dos 30 anos principalmente ha uma perca de massa muscular naturalmente, a fase de sarco penia (perda de massa muscular), os exercícios diários retarda essa perda que em muitos casos é gritante, ''treinamento é uma fonte de alimento para o nosso corpo''. descreve o fisiologista Luciano Sousa.


BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE

Na musculação você apresenta diversos benefícios aos seus alunos, justamente por trabalhar com os músculos e estimular seu crescimento e força. Além dos benefícios estéticos buscados pelos praticantes de musculação, a modalidade apresenta um ganho na saúde. “controle da pressão arterial, queda de glicose nos diabéticos, melhora autoestima, previne certas doenças da obesidade, além da melhora do perfil lipídico, da percepção da qualidade de vida, dos aspectos emocionais, da força muscular, entre outros são apresentados em estudos que envolvem o treino de força muscular”.

Para auxiliar ainda mais no seu programa  de  treino correto e eficaz, o professor  de Educação Física deve ter conhecimentos de anatomia, fisiologias humana e do exercício, biomecânica e primeiros socorros, o aluno não é exclusivamente biológico, é influenciado por aspectos psicológico, sociais, culturais, espirituais...., '' um treino de qualidade não deve ser comparado como uma receita de bolo" o professor não deve ser  um mero reprodutor de “receitas”.

BIOMECÂNICA 

Os conhecimentos em biomecânica, ou seja, noções de física (mecânica) aplicadas no funcionamento do corpo humano, são inclusive bastante úteis para criar treinamentos que sejam benéficos ao corpo e que consigam trabalhar suas estruturas de forma mais apropriada a alcançar os objetivos desejados sem correr riscos de criar lesões.

o conhecimentos de biomecânica ajudam no entendimento da mecânica articular, na participação dos músculos no exercício, nos mecanismos de lesão relacionados à prática de atividade física, nos procedimentos de reabilitação e no sequenciamento dos exercícios. 




O MELHOR TREINAMENTO


Na hora de prescrever um treinamento de musculação, deve prestar atenção que os biomateriais preservados são considerados por sobrecarga, assim, a ordem dos exercícios faz pouca diferença, sendo o ponto crucial o conjunto de movimentos selecionados para cada aluno. “O conjunto pode ter maior ou menor carga e, se o aluno for bem treinado, suporta bem; mas se ele estiver mal treinado ou lesionado, pode ser fatal e a preservação da articulação e do tecido biológico, a escolha do exerci cicio biomecânica mente adequado do exercício é ponto crucial para um bom treino.

Trabalhar com exercícios com amplitude máxima é desejável na musculação, uma vez que alguns quadrantes musculares só trabalham em funções extremas. Mais  que sejam aplicados em alunos treinados e avançados. Alunos novos durante a execução não saia do arco natural da articulação, colocando em hiper extensão ou em meio arco, porque este ângulo nem sempre protege o indivíduo de forma efetiva. Essa pressão articular forte, pode futuramente vir acompanhada de de dores locais, primeiro trabalha se a resistência muscular, o alinhamento de fibra muscular e coordenação motora é um bom começo, após 6 semanas  esse programa já pode ser alterado, dentro das condições individuais de seu aluno. Com o ganho de força, naturalmente a performance é adquirida e as cargas, forma de executar  e treinamentos são alterados. Sempre buscando o perfil escolhido  do seu aluno. A escolha do treino de musculação variam conforme o sexo, a idade e, principalmente, as características de cada indivíduo. O sedentarismo torna o sua características individuais,cruel e  um  riscos de adquirir lesões. Os seres humanos têm concentrações distintas de hormônios que facilitam o aumento de força e massa muscular, gordura corporal e alteram o comportamento e eles sofrem com a influência da idade. Dessa forma, os exercícios, a intensidade, o volume, os métodos e a periodização devem ser adequados a essas características.

INTENSIDADE


Indica a carga média absoluta movimentada em cada repetição du­rante a sessão de treino. Para melhor quantificar a carga, ela deverá ser expressa como a percentagem da carga máxima que um indivíduo pode levantar uma vez mas que já não consegue levantar na vez seguinte ­uma repetição máxima (lRM). E é assim que, por exemplo, o maior peso que o indivíduo consegue movimentar 5 vezes mas que já não con­segue movimentar pela sexta vez é chamado (5RM).
Vejamos um exemplo: RM = 100 Kg
O atleta executa 3 séries com apenas 5 repetições e com uma carga igual a 80 Kg
Intensidade = 80 / 100 = 80% RM ou Intensidade = 80 Kg.

Volume do exercício

Indica a quantidade de trabalho realizado durante os exercícios de levantamento. O trabalho realizado depende da força aplicada e da dis­tância a que a carga é movimentada.
Trabalho = força x distância
O volume pode ser calculado ou pelo número de repetições efectuadas durante um período de treino (uma sessão de treino, uma semana, etc.) ou através do produto resultante do número de repetições efectua­das pela carga usada em cada uma delas. O volume depende então de:
  • Carga usada em cada repetição
  • Número de repetições por série
  • Número de séries e
  • Número de sessões de treino por semana.
Continuando o exemplo anterior, teremos:
3 série x (5 repetições/série) x (80Kg/repetição) = 1200Kg/sessão 1200Kg x (3 sessões/semana) = 3600Kg/semana.
Um grande volume do exercício, utilizando intensidades moderadas, (70%-80% de 1RM) ou elevadas (85%-90% de 1RM), origina hipertrofia muscular e é um esquema utilizado pelos atletas de culturismo, por exemplo.

Número de séries

Geralmente varia entre 3 e 6 séries por cada sessão de treino, mas inicialmente e durante as primeiras 6 a 10 semanas, 1 a 2 séries será provavelmente o mais adequado para aqueles que se iniciam nesta acti­vidade, pois permite não só melhorar progressivamente o estado de treino como também evitar o aparecimento das tão desagradáveis dores mus­culares. Posteriormente será mais adequado utilizar várias séries na mes­ma sessão, já que são mais eficazes para o desenvolvimento de força, de endurance e de potência muscular.

Número de repetições por série

O número de repetições máximas efetuadas por série irá influenciar o tipo de desenvolvimento muscular. Sabe-se que poucas repetições e série (2 a 6) origina ganhos principalmente na força muscular máxima. A medida que se eleva o número de repetições vai havendo um aumento progressivo no desenvolvimento da endurance muscular, com diminuição progressiva no ganho em força. Um atleta que realize 10 ou mais repetições por série estará a privilegiar o treino de resistência muscular. Parece, no entanto, que um treino contínuo com cargas extremamente elevadas (IRM, por exemplo) induz um menor ganho em força do que um treino com 4 a 6 repetições máximas por série.

Frequência

Refere-se ao número de sessões por semana e depende em alguma medida da experiência prévia do indivíduo, bem como da leitura que ele faz do seu corpo. Considera-se que 3 sessões semanais para cada grupo muscular são suficientes, intercaladas por períodos adequados de repouso. Todavia, este valor poderá ser exagerado por aqueles que se iniciam nesta prática, o que faz com que haja dores musculares e fadiga aquando da nova sessão de treino. Nestes casos é aconselhável diminuir o número de sessões, principalmente nas primeiras semanas. Por outro lado, atletas bem treinados e experimentados, como por exemplo os hal­terofilistas, os atletas do culturismo, poderão suportar 6 sessões por se­mana. O que eles habitualmente fazem é adoptar exercícios diferentes para o mesmo grupo muscular ou, então, treinar diferentes grupos mus­culares em cada dia de treino.

Períodos de repouso

Os períodos de repouso dependem do esforço efetuado, mas no ca­so concreto do treino muscular a duração do período de repouso depende da finalidade a atingir. Se se pretende um treino cardiovascular, de características aeróbicas, para além de se adoptarem várias repetições com cargas baixas (40%-60% de IRM), os períodos de repouso deve­rão ser sempre inferiores a 30 segundos, para que durante os mesmos a frequência cardíaca não baixe demasiado. Mas se o treino se destina a desenvolverendurance muscular dever-se-á usar cargas moderadas, 70%-80% de IRM, várias repetições por série e períodos de repouso entre as séries inferiores a um minuto. Neste tipo de exercício, de ca­racterísticas anaeróbicas, formam-se grandes quantidades de ácido lác­tico. Finalmente, se se pretende desenvolver uma força máxima, para além de se utilizar cargas elevadas, 85%-90% de IRM, em séries com poucas repetições, dever-se-á adoptar períodos de repouso com dura­ção igual a 2-3 minutos, pois os estudos referem ser o tempo necessário para a reposição dos stocks fosforados.

Exercício de resistência progressiva

Este conceito é de primordial importância, porquanto permite uma adaptação progressiva ao esforço, ao mesmo tempo que previne o aparecimento de situações incapacitantes. Ele adopta um aumento progres­sivo na intensidade e no volume do exercício e baseia-se no princípio da sobrecarga, o qual refere que para haver ganhos na força e potência o músculo deverá ser sobrecarregado de modo a realizar trabalho pró­ximo das suas capacidades máximas. Se a intensidade é prescrita como uma percentagem de IRM dever-se-á, periodicamente, determinar o valor deste RM, para que haja uma permanente actualização das cargas a uti­lizar durante o exercício, porquanto à medida que a força/potência au­menta também a RM aumenta. Como seria de esperar, os iniciadores nesta prática desportiva deverão começar com programas que incluam intensidades e volumes mais baixos e, progressivamente, ir aumentan­do aquelas variáveis, à medida que a sua força também aumenta.

Amplitude do movimento

Os exercícios de tonificação muscular deverão ser efetuados ao longo de toda a amplitude do movimento permitido pelas articulações e pela posição do corpo envolvida no exercício. Deste modo assegura-se que os ganhos em força/potência aconteçam em todos os ângulos articulares e evita-se que a flexibilidade seja afetada de um modo negativo. Em relação à flexibilidade há autores que referem que o treino de força não tem influência sobre a mesma desde que o treino seja efetuado ao longo de toda a amplitude articular e desde que o treino incida quer nos músculos agonistas quer nos antagonistas da articulação em causa. Se eventualmente o treino é efectuado estaticamente num determi­nado ângulo articular, o ganho em força apenas acontecerá numa am­plitude angular muito próxima do ângulo de treino, o que não é de modo algum correcto.

Forma adequada

A realização incorrecta dos exercícios poderá ter três causas:
  • desconhecimento da técnica de execução;
  • existência de fadiga e dores musculares;
  • uso das cargas superiores às capacidades do indivíduo.
A realização correcta dos exercícios tem duas finalidades:
a) Isolamento do músculo, ou grupo muscular, que se pretende esti­mular durante o exercício. Se tal não acontecer outros músculos irão entrar em funcionamento, o músculo em causa não será devidamente estimulado e a adaptação ao exercício será inevitavelmente deficiente. Um exemplo que se pode apontar é o que acontece com a realização dos chamados «abdominais». Se aquando da elevação do tronco não hou­ver concomitantemente flexão das ancas, parte do movimento é efec­tuado pelos músculos flexores das ancas, diminuindo assim o estímulo sobre os músculos abdominais e, consequentemente, a tonificação dos mesmos. Deste modo impõe-se que os «abdominais» sejam efectuados com a elevação do tronco e flexão simultânea das ancas, para que os músculos flexores da anca sejam neutralizados.
b) Prevenção de lesões. O exemplo mais esclarecedor acontece com o levantamento dos pesos, em que o movimento deverá ser efectuado com as costas direitas, ou seja, com a coluna vertebral em posição vertical, pois se for efectuado com a coluna arqueada irá sobrecarregar a coluna lombar, dando origem a lombalgias e a hérnias discais.

Respiração

A suspensão da ventilação pulmonar com o aumento concomitante da pressão intra-abdominal (manobra de Valsalva) aquando da realização do exercício de força não é aconselhável, pois esta atitude leva a um aumento da tensão arterial, sistólica e diastólica, e a uma diminuição do retorno venoso ao coração. A hipertensão arterial temporariamente induzida por este tipo de es­forço vai constituir uma sobrecarga de pressão sobre o ventrículo es­querdo, podendo haver alguns ventrículos que não suportem esta situação, acontecendo consequências desagradáveis. Esta é a principal razão que leva ao aconselhamento da norma de expirar durante a elevação do peso e de inspirar durante a descida do mesmo, a ser adoptada principalmen­te pelos atletas de recreação.

Spotter

O treino de força muscular envolve cargas progressivamente maiores atingindo valores bastante elevados. Os pormenores técnicos da execução dos movimentos deverão ser respeitados. Estes dois juízos constituem duas boas razões para a presença permanente de um segundo elemento junto do atleta executante. Como é de esperar, o treino muscular em aparelhos/máquinas de musculação elimina esta necessidade, sendo a sua presença mais importante quando os exercicios são realizados com pesos ou halteres.
Este segundo elemento é de primordial importância pois ajuda o executante a realizar correctamente os exercícios, a completar uma repetição terminal, e será o primeiro a socorrer o atleta em caso de acidente. Ele tem de ser forte, ou seja, suficientemente forte para suportar as cargas que estão em jogo, ser conhecedor das várias técnicas de execução, do número de repetições que o atleta está a executar, de noções elementares de socorrismo e estar permanentemente atento aos exercícios.

PERIODIZAÇÃO

A periodização dos exercícios é de extrema importância. 

1º O planejamento das atividades otimiza o tempo, além de estabelecer metas e objetivos parciais que se fundem em objetivos maiores, relacionados às necessidades do cliente e esse tipo de determinação de metas é fundamental para alcançar objetivos reais;
2º A periodização mostra organização e controle do treino, o que faz toda a diferença no dia a dia do praticante;
3º Permite visualizar erros no treino, assim como reorganizar metas não atingidas pelos clientes ou redimensionar objetivos não atingidos; 
4º Favorece a análise das necessidades do cliente, desta forma o professor precisa dedicar um tempo ao estudo e planejamento dos treinos e rotinas;
5º A lógica da periodização auxilia na inclusão de métodos e sistemas de treino de forma sequenciada e premeditada.
Os treinos de choque, aplicados apenas a alunos quem já está habituado a treinar pode passar por esse tipo de procedimento. Treinos de choque são aplicados em sujeitos mais bem treinados e em fases bem distintas da periodização. São treinos altamente intensos, e forte nos quais podem oferecer um maior risco ao praticante não tão bem adaptado aos treinamentos.

ALONGAMENTOS DEVE SER EXECUTADO ANTES E APÓS O TREINO?

O alongamento após um breve aquecimento ajuda  a  proteger contra lesões,mas as literaturas informam que, quando ele é feito antes do exercício, pode até ser perigoso porque a pessoa alonga intensamente e perde força na muscular na hora em que precisa da força. Creio que um breve alongamento, prepara a execução e não compromete a  musculatura para um bom treino. DEVE DIFERENCIAR ALONGAMENTOS E FLEXIVIDADES, QUE SÃO DUAS VALÊNCIAS TOTALMENTE DISTINTAS, abrir mão de um alongamento pode ser crucial na execução de seu movimento.

 A flexibilidade,  pode ser conquistada também por meio do treino de força,“é um erro pensar que só alongamento dá flexibilidade''. Com treino de força organizado também é possível conquistá-la”.





postado: luciano sousa
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