São ossos longos os fêmures, as tíbias e as fíbulas dos membros inferiores; os úmeros, rádios e ulnas dos membros superiores (braço e antebraço) e as falanges dos dedos. Os ossos longos das pernas compreendem quase metade da altura adulta. Os outros componentes esqueléticos primários da altura são a espinha dorsal e o crânio.
Conforme os níveis de esteróides sexuais crescem durante a puberdade, a maturação do osso acelera, e o osso começa a se aproximar do tamanho e da forma que terá na idade adulta.
As porções restantes de cartilagem das epífises tornam-se mais finas. Quando as zonas cartilaginosas desaparecem, se diz que as epífises estão "fechadas", pois não haverá mais crescimento dos ossos. Uma pequena porção de crescimento da espinha dorsal conclui o crescimento de um adolescente.
Métodos
Predição da altura
2Foram compiladas estatísticas para indicar a percentagem de crescimento vertical restante em certa idade óssea. Por aritmética simples, a altura prevista de um adulto pode ser computada a partir da altura infantil e da idade óssea. Tabelas separadas são usadas para garotos e garotas devido à diferença que os sexos têm em cronologia da puberdade, e percentagens um pouco diferentes são usadas para crianças com maturação óssea incomumente avançada ou atrasada. Essas tabelas, as tabelas Bayley-Pinneau, são incluídas como um apêndice no atlas de Greulich e Pyle.
Aplicação clínica da leitura da idade óssea
Referências
- ↑ Greulich WW, Pyle SI: Radiographic Atlas of Skeletal Development of the Hand and Wrist, 2nd edition. Stanford, CA: Stanford University Press, 1959.
- ↑ Tanner JM, Whitehouse RH, Marshall WA, et al.: Assessment of Skeletal Maturity and Prediction of Adult Height (TW2 Method). New York: Academic Press, 1975.

Embora vários hormônios, nutrientes, condições fisiológicas e psicológicas participem do crescimento podemos destacar dois hormônios principais:
Na primeira situação, uma pessoa tem altura abaixo da esperada quando sua altura está abaixo do percentil 3 do gráfico de altura da população para aquele sexo. Estar abaixo do percentil 3 significa estar entre os três menores quando comparado a outras 99 pessoas do mesmo sexo e idade. Veja, na tabela abaixo, que altura aproximada corresponde ao percentil 3 para cada sexo e idade.
Idade
|
Masculino
|
Feminino
|
2 anos
|
82 cm
|
82 cm
|
3 anos
|
89 cm
|
89 cm
|
4 anos
|
96 cm
|
96 cm
|
5 anos
|
102 cm
|
102 cm
|
6 anos
|
108 cm
|
108 cm
|
7 anos
|
114 cm
|
113 cm
|
8 anos
|
119 cm
|
117 cm
|
9 anos
|
124 cm
|
123 cm
|
10 anos
|
128 cm
|
128 cm
|
11 anos
|
133 cm
|
133 cm
|
12 anos
|
137 cm
|
142 cm
|
13 anos
|
144 cm
|
148 cm
|
14 anos
|
152 cm
|
151 cm
|
15 anos
|
160 cm
|
153 cm
|
16 anos
|
164 cm
|
154 cm
|
17 anos
|
165 cm
|
154 cm
|
18 anos
|
166 cm
|
154 cm
|
Na segunda situação, uma pessoa tem altura abaixo da esperada quando sua altura está abaixo do canal de crescimento familiar. De acordo com a estatura dos pais, toda criança possui uma faixa de estatura final esperada. Se a altura de uma criança está abaixo do canal familiar que conduz o crescimento para a sua faixa de estatura final esperada, a baixa estatura deve ser investigada.

http://www.endocrinologia.com.br/html/potencialfamiliar.php
Idade
|
Masculino
|
Feminino
|
2 a 3 anos
|
5,7 cm/ano
|
5,9 cm/ano
|
3 a 4 anos
|
5,1 cm/ano
|
5,2 cm/ano
|
4 a 5 anos
|
4,7 cm/ano
|
4,7 cm/ano
|
5 a 6 anos
|
4,5 cm/ano
|
4,5 cm/ano
|
6 a 7 anos
|
4,2 cm/ano
|
4,4 cm/ano
|
7 a 8 anos
|
4,1 cm/ano
|
4,3 cm/ano
|
8 a 9 anos
|
3,8 cm/ano
|
4,1 cm/ano
|
9 a 10 anos
|
3,7 cm/ano
|
4,3 cm/ano
|
10 a 11 anos
|
3,7 cm/ano
|
4,8 cm/ano
|
11 a 12 anos
|
3,8 cm/ano
|
6,1 cm/ano
|
12 a 13 anos
|
4,9 cm/ano
|
3,7 cm/ano
|
13 a 14 anos
|
7,1 cm/ano
|
1,4 cm/ano
|
14 a 15 anos
|
4,1 cm/ano
|
|
15 a 16 anos
|
1,2 cm/ano
|
Neste tipo de avaliação, sempre que possível, é recomendável que a mãe ou o pai estejam presentes pois serão solicitadas
informações sobre os períodos da gestação, do nascimento e da infância.
Aspectos ligados à alimentação, medicamentos, exercícios, sono e
comportamento psicossocial também serão discutidos. No exame físico, a
avaliação deve ser completa, inclusive no que se refere ao
desenvolvimento da puberdade. É essencial que a estatura do paciente
seja medida com estadiômetro de precisão com escala em milímetros para
evitar erros de cálculos e diagnóstico.
|
|
Se um dos
pais não puder comparecer à consulta, deverá enviar sua
altura atualizada para o cálculo do potencial familiar. Para isto, deve
conferir a medida em casa, pela manhã, sem sapatos, encostado em uma
parede e colocando um livro sobre a cabeça para fazer uma marca que
deverá ser medida usando uma trena ou fita métrica.
|
ESTADIÔMETRO
Aparelho projetado com a finalidade de aferir estatura de modo mais prático.Fácil e rápido de usar, o estadiômetro é um ótimo aparelho de medição de estatura.
O que é um adipômetro
É uma aparelho usado para medir dobras de pele
com alto nível de precisão.
Sua escala é dividida em décimos de milímetros e refletem a
gordura subcutânea. O peso corporal é uma variável importante para se
avaliar o grau de nutrição, mas em um tratamento de crescimento, quando
uma criança aumenta o peso na balança, não significa que a gordura dela
aumentou, pois o
aumento dos ossos, dos órgãos e dos músculos também
interferem no seu peso. O uso do adipômetro permite, portanto, estimar
em cada consulta as reais variações
do tecido gorduroso independentemente do crescimento.
![]() |
O que é a idade óssea?
É
um exame de Raio X da mão e punho esquerdo para se avaliar em que idade está o nível de maturação dos ossos dando uma boa noção do potencial que o paciente ainda tem para crescer. Uma idade óssea de 19 anos, por exemplo, indica que as cartilagens de crescimento já estão consolidadas e a pessoa já está em sua estatura adulta. Por outro lado, se um adolescente de 19 anos tiver uma idade óssea de 14 anos, indica que ela ainda tem, do ponto de vista radiológico, potencial para um crescimento que pode chegar a 10 cm com tratamento adequado. Uma idade óssea atrasada mostra que o potencial de crescimento é maior do que se estivesse semelhante à idade cronológica, mas deve-se investigar qual é a causa deste atraso. Uma idade óssea adiantada, por si só, não é um problema desde que a estatura esteja compatível com este achado. ![]() |
É uma fase que se inicia geralmente antes da primeira menstruação nas meninas e por volta dos 12 aos 14 anos de idade óssea nos meninos quando ocorre uma aceleração na velocidade de crescimento. Nesta fase, a necessidade de nutrientes costuma aumentar bastante e é uma grande oportunidade para recuperar atrasos de crescimento que aconteceram na infância.
É verdade que após a primeira menstruação a menina pára de crescer?
Não. Quando ocorre a primeira menstruação, a menina geralmente está na fase final do estirão puberal e a partir daí ocorre uma diminuição da velocidade de crescimento. Embora varie de pessoa para pessoa, as meninas ainda crescem, em média, 6 cm após a primeira menstruação.
O tratamento varia muito de acordo com as causas que foram encontradas. O tratamento de suporte é muito importante e envolve a correção de hábitos alimentares errados, a orientação de uma alimentação balanceada para a idade com estímulo à atividade física e ao sono adequado. Quando se confirmam certos tipos de doenças ou carências nutricionais o uso de medicamentos ou suplementos alimentares podem também estar indicados. Os hormônios são usados nos casos em que existe uma deficiência hormonal ou para corrigir alguns casos de atraso de desenvolvimento. O maior objetivo de um tratamento para a baixa estatura é identificar e tratar os fatores que estejam perturbando o processo normal de crescimento, e criar condições para que a criança aproveite ao máximo todo o seu potencial genético.
Como é o tratamento com o hormônio de crescimento?
O hormônio de crescimento humano está disponível comercialmente desde 1986 e está formalmente indicado para os casos em que existe a deficiência deste hormônio. O tratamento é injetável, feito com aplicações diárias no subcutâneo através de canetas aplicadoras e é praticamente indolor. Apesar de ser relativamente caro, o governo dispõe de programas que fornecem o medicamento para muitos casos. |
![]() |
Alguns estudos científicos bem conduzidos, demonstraram que o uso do hormônio de crescimento por um período que variou de 2 a 10 anos em crianças sem déficit deste hormônio proporcionou um aumento na altura final em torno de 5 cm. Algumas crianças podem apresentar respostas normais aos testes provocativos de hormônio de crescimento, mas apresentam velocidade de crescimento muito baixa, sem resposta ao tratamento convencional. Nesses casos, se a criança tiver uma melhora do crescimento após 6 meses de hormônio, o tratamento deve ser fortemente considerado.
Sabemos que o avanço da idade óssea depende do estrogênio, que embora seja um hormônio tipicamente feminino está presente em meninos e meninas e é produzido pela transformação de andrógenos (hormônios masculinos) em estrogênio por uma enzima chamada aromatase. Nos últimos anos, vários estudos foram desenvolvidos com o objetivo de se avaliar o efeito dos inibidores de aromatase em meninos com baixa estatura. Os resultados foram claros em mostrar sua eficácia em retardar a idade óssea e aumentar a previsão de estatura final com segurança e boa tolerabilidade por parte dos pacientes. Quando bem indicado e com as devidas precauções, os inibidores de aromatase representam uma importante alternativa de tratamento quando se deseja alcançar um aumento da estatura final.
Provavelmente devido ao importante papel do estrógeno no desenvolvimento do sexo feminino e pelo possível risco de formação de cistos ovarianos, os inibidores de aromatase não tem sido estudado em meninas com baixa estatura e portanto não estão indicados para este grupo de pacientes.
O sucesso do tratamento da baixa estatura depende de três fatores principais:
2) disciplina da criança e da família em seguir as orientações
3) época do início do tratamento.
Embora vários avanços já tenham sido alcançados no tratamento da baixa estatura, infelizmente as pessoas não podem escolher sua altura final, tendo em vista que grande parte dela ainda depende do potencial genético herdado não apenas dos pais, mas também das gerações anteriores. Os tratamentos modernos permitem estimular a produção do próprio hormônio de crescimento, melhorar os fatores nutricionais, corrigir eventuais deficiências hormonais, bloquear hormônios que estejam acelerando o fechamento das epífises ósseas e até neutralizar uma parte da expressão genética de algumas síndromes relacionadas à baixa estatura (ex: síndrome de Turner). Se o paciente tiver predisposição para alta estatura mas não a estiver alcançando por alguma situação clínica ou deficiência hormonal, o tratamento endocrinológico lhe permitirá aproveitar todo o seu potencial. O papel do endocrinologista é criar condições para que o paciente alcance o máximo de desenvolvimento estatural para o qual está programado geneticamente.
Quando os ossos já atingiram sua maturação completa que geralmente ocorre por volta de 18 a 19 anos no homem e em torno de 3 anos após a primeira menstruação da mulher, tratamentos com medicamentos ou hormônios não trazem mais benefícios para ganho de estatura. Em casos raros de deficiência de hormônio de crescimento a pessoa pode chegar à idade adulta com atraso significativo de idade óssea que ainda responderia a hormônio de crescimento. Estes casos são facilmente identificados pois há um visível atraso na puberdade sem a ocorrência da primeira menstruação na mulher e ausência de desenvolvimento dos pêlos nos homens. Se houver suspeita de atraso o exame de idade óssea deve ser realizado. Se a idade óssea mostrar que todas epífises já estão calcificadas (idade óssea adulta) a única forma de crescimento seria a cirurgia, mas ela só está indicada em casos especiais de baixa estatura severa (ver abaixo). Exercícios de alongamento e RPG-Reeducação Postural Global com fisioterapeutas especializados podem proporcionar ganho de alguns centímentros principalmente em pacientes com desvios de coluna ou problemas de postura.
Existe cirurgia para crescer? O tratamento cirúrgico da baixa estatura com alongamento ósseo está indicado para aqueles casos em que a baixa estatura limita a vida da pessoa ou cria sérias dificuldades de convívio social; não sendo recomendada naqueles casos de demanda puramente estética. Em princípio, podem ser indicados homens abaixo de 160 cm e mulheres abaixo de 150 cm. Estes limites entretanto podem variar dependendo de vários outros fatores, como aspectos psicológicos, padrão familiar, perfil profissional etc. Consiste em aparelhos externos com fixadores metálicos inseridos nos ossos que promovem o alongamento do osso em até 1 mm por dia durante o tratamento, podendo alcançar um aumento de 5 a 7,5 cm em 3 meses. O tempo total de cadeira de rodas é de 4 a 5 meses. |
![]() |
Apesar
das complicações serem pouco freqüentes, é importante
que se pese os riscos de se submeter a um procedimento ortopédico
de razoável complexidade e alto custo para se obter
alguns centímetros
de altura.s: Esta cirurgia NÃO é realizada em nossa clínica. |
![]() |
Globoesporte.com / EuAtleta.com.28/08/2015
