sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Overtraining e Infiltrações: combinação perigosa contra a saúde do jogador de futebol

Overtraining e Infiltrações: combinação
perigosa contra a saúde do jogador de futebol

Overtraining e infiltrações podem estar se tornando uma combinação perigosa para o caminho de doenças cardíacas do jogador de futebol.
Com os aumentos das sobrecargas de treinos e as exigências físicas cada vez maiores nos jogos de competição, associados ao comum e cotidiano uso de anti-inflamatórios analgésicos nos tratamentos traumatológicos, muitas vezes em forma de infiltrações, vêm tornando a saúde e o coração do jogador de futebol um dos assuntos mais importantes e preocupantes no mundo atual do futebol. Estaria a saúde do coração do futebolista correndo riscos aumentados de doenças cardiovasculares?
Este artigo tem como objetivo promover uma análise mais criteriosa sobre o assunto. Overtraining e infiltrações podem estar se tornando uma combinação perigosa para o caminho de doenças cardíacas do
jogador de futebol.
CONHECENDO O CORAÇÃO COMO MÁQUINA BOMBEADORA SANGUÍNEA
O corpo humano se adapta às características do ambiente em que vive relacionadas à temperatura, altitude, alimentação, atividades, nível de estresse, raça, cultura, hábitos, estilo de vida, etc. Adapta-se também diante de exercícios físicos praticados pelo indivíduo na relação intensidade, freqüência, tempo de execução, tempo de adaptação, tempo e forma de recuperação. Quando o assunto é coração, está fantástica máquina bombeadora sanguínea se remodela em conformidade com as especificidades dos exercícios e treinamentos. O coração humano pesa cerca de 300 gramas e tem a forma aproximada de um cone. É formada por duas bombas distintas. Uma que bombeia sangue do ventrículo direito para os pulmões (via artéria pulmonar) para a troca gasosa, onde o oxigênio se liga às hemoglobinas para a oxigenação dos tecidos; e outra que sai dos pulmões e retorna ao coração via veia pulmonar, cujo ventrículo esquerdo “ejeta” sangue para via sistêmica (corpo todo). Os compartimentos denominados átrios direito e esquerdo são responsáveis pelo “recebimento sanguíneo” venoso e pulmonar respectivamente, para enchimento e contração dos ventrículos. Assim, as quatro câmeras cardíacas funcionam em sincronismo e equilíbrio por estímulos elétricos e potenciais de ação (Nodo Sino Atrial, Nodo Átrio-Ventricular e Sistema de Purkinge). O coração dispõe de suprimento vascular importante e especial constituído por duas pequenas artérias denominadas coronárias
direita e esquerda (circulação coronariana) que irrigam e nutrem o músculo cardíaco (miocárdio). Durante o repouso, o fluxo sanguíneo em músculos esqueléticos é, em média, de 3 a 4 ml/min por 100 g de músculo.
O REMODELAMENTO CARDÍACO: “CORAÇÃO DE ATLETA”
O treinamento físico produz importantes alterações morfológicas e funcionais do coração do futebolista, culminando num estado fisiológico de remodelamento cardíaco, que pode ser definido como adaptações ou compensações fisiológicas que ocorrem no coração decorrente do trabalho cardiovascular regular ou persistente das sessões de treinamentos e jogos, devido aos fatores hemodinâmicos como sobrecarga de pressão ou volume, ativação neuro-humoral e
aumento da necessidade metabólica corporal. Este remodelamento funcional e morfológico do coração é comumente denominado de “Síndrome do Coração de Atleta”.
A expressão “Coração de Atleta” tem sido amplamente empregada na literatura para caracterizar as adaptações que ocorrem no sistema cardiovascular causadas pelo exercício físico de longa duração em atletas. Uma característica deste processo compensatório é a Hipertrofia Fisiológica. A Hipertrofia Fisiológica,
também conhecida como “Hipertrofia Adaptada”, é aquela desenvolvida em decorrência da sobrecarga hemodinâmica transitória como, por exemplo, as observadas no crescimento cardíaco em resposta a exercícios regulares.
O CORAÇÃO DO JOGADOR DE FUTEBOL NO OVERTRAINING
No exercício físico muito extenuante e persistente (condição estressante no Overtraining) o fluxo sanguíneo nos músculos esqueléticos do jogador de futebol pode aumentar de 15 a 25 vezes (50 a 80 ml/100 g de músculo). Para isto ocorrer, o débito cardíaco no futebolista jovem treinado é aumentado em seis a sete vezes que em condições de repouso, enquanto que em um jovem não atleta aumenta em cinco vezes, num coração normal. O débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por minuto por cada ventrículo. Os efeitos totais são a freqüência cardíaca aumentada (cronotropismo positivo), alcançando situacional mente 200 batimentos por minuto e praticamente a duplicação da força de contração do músculo cardíaco (inotropismo positivo). A pressão arterial também é aumentada no exercício, de acordo com sua intensidade. A capacidade do futebolista em aumentar seu débito cardíaco representa o principal fator que determina o grau de exercício intenso e prolongado que o atleta pode executar. Desta forma, a resposta fisiológica do atleta ao exercício físico é individual e específico. Isto está relacionada com características genéticas, capacidades fisiológicas e condição cárdio-respiratória do atleta no momento do exercício físico.
O CORAÇÃO DO JOGADOR DE FUTEBOL E O 
“CORAÇÃO DE ATLETA”
O jogador de futebol realiza deslocamentos intermitentes. Os esforços físicos aumentaram bruscamente nos últimos anos. Do ponto de vista do treinamento físico, as solicitações e cargas também se tornaram maiores. O futebol de campo competitivo é considerado um exercício intermitente com poucos períodos de exercícios estáticos (isométricos) e muitos períodos dinâmicos (isotônicos). Atualmente são treinos constantes e persistentes de força na academia de musculação, testes físicos diretos e indiretos (campo e laboratório), exercícios de velocidade, potência, agilidade, força, trabalhos aeróbios (resistência) e anaeróbios (força), associados a possíveis períodos “insuficientes” de recuperação entre treinos e/ou entre jogos.
Existe também a especificidade do treinamento em função da posição tática de jogo. Os laterais/alas e os meio-campistas necessitam de maior capacidade funcional aeróbia, enquanto os atacantes precisam de muita aceleração, potência e velocidade. Já os zagueiros precisam ser tão ágeis quanto os atacantes oponentes. É a caracterização do futebol moderno. Além do treinamento físico, existem outros fatores que podem contribuir para as modificações cardíacas. Podemos citar a idade, o sexo, a etnia, a genética.
Ao treinar excessivamente, o coração desenvolve diversas adaptações em seu miocárdio causando um estado fisiológico de remodelação cardíaca.
O remodelamento do coração do futebolista sugere a ocorrência adaptativa por hipertrofia concêntrica cardíaca decorrente dos períodos de exercícios físicos anaeróbios intensos, e também, direciona para a remodelação por hipertrofia excêntrica cardíaca devido aos constantes exercícios isotônicos e aeróbios.

Assim, o coração do jogador de futebol de alto rendimento pode destacar um aumento tanto em diâmetro das cavidades atriais/ventriculares como na espessura da parede cardíaca, sugerindo à adaptação cardíaca mista. O grau de hipertrofia fisiológica está relacionado com a intensidade e duração do exercício, assim como ao programa de treinamento físico, e está diretamente relacionado ao nível do VO2 max do jogador de futebol. Por realizar prolongados, persistentes e exaustivos treinamentos, de natureza aeróbia e anaeróbia, os jogadores de futebol podem atingir o nível de “Overtraining”. O grande aumento das exigências físicas dos últimos anos associados aos possíveis períodos “insuficientes” de recuperação entre treinos e/ou entre jogos, podem ser motivos suficientes que possam preocupar médicos, fisiologistas e preparadores físicos do futebol. Nestas condições, o coração do futebolista de alto rendimento pode estar apresentando um perfil compensatório diferenciado das características do “Coração de Atleta”. A combinação de sobrecarga de pressão (hipertrofia concêntrica com crescimento dos cardiomiócitos em paralelo) e sobrecarga de volume (hipertrofia excêntrica com crescimento dos cardiomiócitos em série) cria um
gatilho fisiológico que induz a diferenciação no processo compensatório do ventrículo esquerdo do coração do futebolista podendo até a levar à hipertrofia “Mal Adaptada” (patológica), decorrente de sobrecarga hemodinâmica persistente.
O LIMITE DA ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA DO CORAÇÃO DO JOGADOR DE FUTEBOL

O tamanho normal da cavidade do ventrículo esquerdo do coração é de 55 mm e a espessura normal da parede é de 12 mm. Mas em geral, 1/3 dos atletas adultos (18-35 anos) têm cavidade ventricular esquerda maior que 55 mm e em 5% maior que 60 mm(mm = milímetros). Quase 2% têm espessura maior que 12 mm. As alterações são caracteristicamente reversíveis, podendo haver regressão de 2 a 5 mm após 3 meses de descondicionamento, embora muitas vezes a redução do tamanho da cavidade seja incompleta e a dilatação persista em mais de 20% dos atletas.
A questão é: a hipertrofia cardíaca do jogador de futebol é um processo puramente fisiológico, necessária para manter ótima performance cardíaca em condições de sobrecarga circulatória aumentada ou envolveria o potencial de induzir, à longo prazo, alterações patológicas relacionadas à estrutura miocárdica e ao
comprometimento do desempenho cardíaco?
A maioria dos autores apóia a primeira hipótese. Por outro lado, muitos outros pesquisadores tem questionado este ponto de vista, admitindo que a hipertrofia ventricular esquerda do jogador de futebol possa ter consequências patológicas, considerando que, não
raramente, os valores acentuadamente aumentados da espessura parietal e da dilatação ventricular se sobrepõem aos da miocardiopatia hipertrófica ou dilatada. Pesquisadores alertam para o fato que a Hipertrofia Patológica ou Mecanismos Fisiopatológicos
promovem aumento de massa exagerada do miocárdio, enrijecimento muscular, arritmias, isquemia, necrose celular, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, cardiomiopatia dilatada (apoptose dos cardiomiócitos reduzindo a força contrátil) e risco de morte súbita. A maior parte das doenças cardíacas é acompanhada de aumento da massa cardíaca.

INFILTRAÇÕES NO FUTEBOL

Resultado de imagem para foto de infiltração no joelho
A medicina, a fisiologia e o treinamento do futebol competitivo vêm se desenvolvendo estupenda e destacadamente ao longo dos últimos anos. Os procedimentos cirúrgicos, as metodologias fisioterápicas
recuperativas e a estruturação dos treinos de performance se tornaram de primeira linha. As incidências de lesões aumentaram e as técnicas eficientes de tratamentos se tornaram imprescindíveis. A utilização de medicamentos anti-inflamatórios analgésicos também se tornou comum e freqüente em diversas formas, dentre elas as infiltrações.
As infiltrações são técnicas utilizadas no tratamento da traumatologia do desporto, exigindo conhecimento da droga a injetar, suas indicações e contra-indicações. Consistem na aplicação de injeção com algum tipo de medicamento que alivie a dor diretamente na região inflamada e lesionada (anti-inflamatório analgésico). Entretanto, a necessidade de se colocar cada vez mais o jogador no campo de jogo parece estar alcançando limites preocupantes. O que era para ser um uso apenas na forma secundária de tratamento traumatológico de lesão ósteo-muscular aguda parece se tornar uma prática mais freqüente no futebol competitivo. Os noticiários esportivos relatam os jogadores se utilizando comumente do recurso da infiltração para poderem suportar as demandas e exigência físicas da partida. Os anti-inflamatórios analgésicos promovem alívio das dores e redução do quadro de inflamação numa situação aguda. Especialistas advertem que no tratamento de lesões crônicas, sua ação benéfica de resposta ao tratamento parece ser mais discreta, praticamente nula. As infiltrações parecem estar presentes no dia-a-dia do mundo esportivo e do futebol, pela tentativa em combater dores, inflamações musculares e maior alívio de movimento do jogador nas ações de jogo. Segundo pesquisa, os anti-inflamatórios são os “campeões de venda” no quesito medicação. Existe uma grande variedade disponível no mercado, em forma de comprimidos, cremes, pomadas, gotas e injetáveis. Segundo os pesquisadores, os problemas cardiovasculares dos anti-inflamatórios são destacados e osNefeitos colaterais podem até requerer hospitalização e estão sendo cada vez mais frequentes. Dependendo da situação e de uso exagerado, podem causar danos cardíacos, insuficiência renal, problemas hepáticos, alteração da mucosa gástrica, úlcera e hemorragias pulmonares. Os cuidados com os anti-inflamatórios são maiores ainda quando se faz uso dos mesmos por tempo prolongado como lesões crônicas em jogadores do futebol.

O uso abusivo e descontrolado do medicamento pode ser perigoso e provocar riscos a saúde do jogador. Especialistas observam ainda que os anti-inflamatórios devem ser usados como forma de tratamento auxiliar e secundário das lesões dos jogadores de futebol e dos atletas dos esportes em geral. Seu uso comum pode declinar as ações naturais biológicas das interleucinas anti-inflamatórias (citocinas IL-6, IL-10 e IL-1ra) do organismo, responsável pelo reparo de uma lesão. Nestas condições as ações das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, TNF-α, IL-6 tornam-se mais prolongadas, dificultando uma recuperação inflamatória ósteo-muscular.
Desta forma, uma lesão aparentemente aguda pode tornar-se crônica e induzir uma falsa interpretação quanto à completa recuperação atlética, podendo antecipar um retorno (condição prematura) ao campo de jogo e treino, diminuir as defesas biológicas/imunológicas naturais do jogador, e ainda, pode sobrecarregar de maneira perigosa seu sistema renal, hepático, cardíaco, nervoso e gástrico. O coração pode sofrer sobrecarga cardíaca levando à hipertensão arterial.
Um estudo britânico sugere que anti-inflamatórios podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.
Estudos passados já haviam apontado a relação entre anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa (recente) faz uma análise em detalhe.
Os pesquisadores, da Universidade de Oxford, analisaram os prontuários de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não-esteróides. O uso de anti-inflamatórios pode aumentar a incidência de doenças cardíacas em cerca de 40%. O estudo concluiu que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano.
A pesquisa também registrou quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago. E mais, quem já corre risco de ter doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver as complicações se tomar altas doses dos anti-inflamatórios. As infiltrações no futebol representam uma forma mais rápida e imediata da ação anti-inflamatória analgésica sobre o tecido ósteo-muscular. Jogadores que se utilizam desta técnica para adentrarem no campo de jogo têm a falsa sensação de conforto e alívio das dores nas suas ações de movimento. O problema parece ficar mais agravado com o surgimento de dores muito mais acentuadas nas horas seguintes após a partida (“day following pain”), quando o efeito e ação da aplicação do medicamento anterior é cessado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os treinamentos extenuantes e persistentes caracterizados por overtraining associados ao uso abusivo e descontrolado de anti-inflamatórios, comumente utilizados sob forma de infiltração, podem levar às disfunções cardíacas do jogador de futebol. Uma combinação de “Fadiga Extrema” e sobrecarga cardíaca que pode causar alterações do sódio e do potássio, deficiência das artérias coronarianas, hipertensão arterial, diminuição acentuado da força de contração ventricular esquerda, aumento da adrenalina circulante (catecolaminas), podendo até levar à hipertrofia patológica ou mecanismos fisiopatológicos consideráveis como aumento de massa exagerada do miocárdio, enrijecimento muscular, arritmias, isquemia, necrose celular, doenças cardiovasculares, cardiomiopatia dilatada (apoptose dos cardiomiócitos reduzindo a força contrátil) e risco de morte súbita. Pode ocorrer a diminuição da imunidade do jogador, facilitando a infecção por virose ou outras infecções. O perigo das doenças cardíacas, bem como as sobrecargas hepáticas e renais podem se tornar evidentes.
Enfim, um tema que passa a preocupar o mundo esportivo e que requer maior foco de debates, estudos e controle por parte de entidades e dirigentes do futebol, imprensa esportiva, comunidade científica, pesquisadores, médicos, fisioterapeutas, fisiologistas, biólogos, bioquímico.
FONTE: Clodoadlo Dechici: Publicado em 13/01/2014 21:10   http://www.futebolinterior.com.br/print/Noticia/impressa
Ilustrações e fotos: luciano Sousa.

Diagnóstico do overtraining em atletas de alto rendimento: revisão de literatura 

Autores:Raphael Silva da Cruz, Adroaldo José Casa Júnior, Thaís Cidália Vieira


A Síndrome do Excesso de Treinamento ou overtraining tornou-se um problema significativo 
no esporte de alto nível. Portanto, é importante que os profissionais e demais envolvidos no desempenho esportivo entendam melhor os sintomas e as causas de overtraining e aprendam estratégias de diagnosticar para ajudar a reduzir a probabilidade de sua ocorrência. O objetivo deste estudo foi discutir os principais métodos de diagnóstico da ST e a importância deste na prevenção de lesões e no tratamento fisioterápico dos atletas de alto rendimento. O levantamento literário foi realizado por meio de livros e artigos das bases de dados: Scielo, Lilacs e Medline, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram utilizadas publicações dos últimos quinze anos. O overtraining em atleta de alto rendimento pode ser considerado como o desequilíbrio entre o treinamento e a recuperação, sendo que as principais alterações relacionadas a síndrome são as de caráter fisiológicas, psicológicas, imunológicas, hormonais, bioquímicas e hematológicas e existem alguns fatores etiológicos que se destacam nesta síndrome. Atualmente vários questionários psicrométricos tais como o POMS, RPE e o REST-Q têm sido bastante utilizados no auxílio da prevenção e do diagnóstico, colaborando com os profissionais. O diagnóstico do overtraining é difícil e bastante complexo, pois não depende de um único fator, mas de uma série de combinações, variando de acordo a modalidade esportiva realizada.





contato: email:lucianofisiol@gmail.com
               facebook: luciano sousa luciano sousa 



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TENDINITE PATELAR (JOELHO DE SALTADOR)




O tendão patelar está localizado bem abaixo da patela e faz a ligação entre ela e o osso da perna (tíbia).  A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.
Como ocorre?
A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente. Outras atividades que podem causar a tendinite patelar, quando realizadas repetidamente, são: correr, caminhar e andar de bicicleta. Todas essas atividades causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação.
Tendinite patelar também pode ocorrer em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos ou pés com arcos que se chocam quando você corre ou anda (pé chato), condição que se chama pronação acentuada.
Quais são os sintomas?
• Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar.
• Edema no joelho ou onde o tendão patelar se conecta ao osso da perna.
• Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo.
• Dor ao dobrar ou esticar a perna.
• Sensibilidade na parte de trás da patela.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho procurando por sensibilidade no tendão patelar. Ele pode pedir para o paciente correr, saltar ou agachar para saber se esses exercícios causam dor.
Os pés serão examinados para descobrir se há pronação acentuada.
O médico poderá pedir raios-x do joelho.
Como é tratada?
• Aplicação de compressas de gelo sobre a área por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem gelo, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico.
• Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada tira-infra-patelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele.
• Uso de suportes para o arco, feitos sob medida, em caso de pronação acentuada.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade, anteriormente praticados, devem ser mudados para outros que melhorem
a condição. Por exemplo: Nadar ao invés de JOGAR basquete.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Puder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação à outra perna.
• Não possuir mais edema no joelho.
• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Puder fazer viradas bruscas a 45º.
• Puder fazer viradas bruscas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Puder correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Puder pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como evitá-la?
A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evitá-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento das pernas.
Exercícios de reabilitação da tendinite patelar:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Mobilidade Patelar: 
Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados.

Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé.

Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Então, puxar a patela para cima em direção à cintura.

Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial.

Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos.

Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.




2 - Alongamento em Pé da Musculatura de Isquitibiais: 

COMEÇAR colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.

Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.

Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos.

Manter os ombros e as costas eretos.

Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.

3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

4 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.

5 - Elevação Com a Perna Estendida: 

Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão.

Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa.

Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente.

Repetir 10 vezes e fazer 03 séries.

FONTE:CLÍNICA DECKERS

Contato: 
email:lucianofisiol@gmail.com
facebook: luciano sousa luciano sousa

6 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação):
Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos.
Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta.
Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.
Alternar as pernas. Fazer 3 séries de 10.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

HORMÔNIOS BIOIDÊNTICOS E PRO HORMONAL E SEUS EFEITOS

HORMÔNIOS BIO IDÊNTICOS
 Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no 
país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Dessa forma, Uma delas é a reposição hormonal. Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.
Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. "Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano", afirma.
De acordo com a Dra. Ruth Clapauch*, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. "Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras", afirma. Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. "Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas  para comercialização", afirma.
A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal "customização", é praticamente impossível de ser alcançada "porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas". Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.
A especialista concorda com o texto. "Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados", afirma. "Comhormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias", completa.
Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. "Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química", alerta a Dra. Ruth.
(*)Dra. Ruth Clapauch
Formação
Residência médica + curso de especialização em Endocrinologia (IEDE)
Título de especialista em Endocrinologia
Mestrado (UFRJ) e Doutorado (UERJ)
Professora de pós graduação em Endocrinologia

Atualmente é vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia, já tendo sido presidente deste Departamento em 2 gestões
Membro da Comissão de Educação Médica Continuada da SBEM
Autora de diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre reposição hormonal

A verdade sobre os Pré e Pró-Hormonais

Quem pensa que isto é um assunto novo esta  muito enganado. Em  meados dos anos 80 quando comecei a treinar sério na  “pumping iron” ,em Copacabana ,RJ, usávamos para TPC(terapia pós ciclo) o  Pregnyl que  é um preparado de gonadotrofina coriônica humana, retirado da urina de mulheres grávidas e muito útil para o usuário do sexo masculino . O seu  uso tem como objetivo estimular a produção de testosterona endógena. A atividade do HCG no corpo masculino é devido à sua capacidade de imitar LH (hormona luteinizante), um  hormônio da  pituitária que estimula as células de Leydig nos testículos para fabricar a testosterona. A Restauração da produção endógena de testosterona é uma preocupação especial no fim de cada ciclo de esteroides .Nesta época usávamos também chá de salsaparrilha.Um detalhe engraçado sobre este chá é que ele era achado em Copacabana com mais facilidade em casas de produtos para espiritismo e era engraçado vários fisiculturistas entrando juntos em casas de produtos espiritas e comprando todo o estoque de chá de salsaparrilha.
Pregnyl
A salsaparrilha aumenta a testosterona endógena pela presença do princípio nativo “Saponinas esteroidais”. Mas voltando aos tempos atuais, vejo nas academias uma grande discussão entre pré-hormonais e pró-hormonais. Qual é o melhor? Qual produz um melhor efeito? Qual é menos tóxico? etc. Em primeiro lugar vamos entender o que  são  PRÉ HORMONAIS E PRÓ HORMONAIS.
Os PRÉ-HORMONAIS são SUPLEMENTOS alimentares que estimulam o corpo a produzir ou aumentar a produção de seus próprios hormônios; não são substâncias que serão convertidas diretamente em hormônios.Eles são elevadores naturais da testosterona. Temos como exemplo: Tribulus terrestris, Maca Peruana, Yohimbe,  Recycle .
tribulus
Os PRÓ-HORMONAIS são percursores de hormônios e são utilizados para aumentar significativamente a quantidade de hormônios disponíveis  no corpo, o que leva a grandes ganhos de massa MUSCULAR. Para se utilizar os pró-hormonais é  necessário proteger o fígado e fazer TPC após o uso. Particularmente não vejo muita vantagem na utilização dos pró-hormonais em relação aos  hormônios anabolizantes, pois ambos param a produção endógena e atacam o fígado, sendo que nos hormônios anabolizantes  você tem pelo menos controle da dose administrada de forma exata, já nos pré -hormonais não há controle de quanta testosterona você irá converter. Temos como exemplo de alguns pró –hormonais: M-drol, Halovar, Trenevol.
m-droltrenevol
Espero que você continue gostando de minhas dicas e lembro que não estou incentivando ou recomendando o uso de nenhuma substância, apenas dividindo minha experiência e conhecimento. Bons treinos e até a próxima!
 FONTE: MARCOS JORDÃO  Atleta de bodybuilding na categoria Master Pesada da IFBBRIO.


PRO HORMONAL
 O uso dos SUPLEMENTOS alimentares virou moda nos últimos anos pelos adeptos da musculação, não é novidade. Porém, o uso de pró-hormonais, que se transformam em esteroides anabolizantes no organismo, está sendo cada vez mais procurado.
A venda desse tipo de produto no Brasil é proibido, entretanto, a venda de forma clandestina ocorre sem nenhum problema. O que acontece é que muitas pessoas utilizam este tipo de medicamento, sem saber que não são SUPLEMENTOS alimentares. 
A endocrinologista Talliana Medeiros, que atua em Mossoró, explicou que o uso deste tipo de medicamento é semelhante aos esteroides anabolizantes injetáveis, sendo assim prejudicial à saúde. De acordo com Talliana, sintomas como falta de apetite sexual, ginecomastia (nome dado ao crescimento das mamas nos homens devido a patologias, geralmente associadas a desequilíbrios hormonais), impotência sexual, entre outros, são comuns por quem usa os pró-hormonais.
"Os pro-hormonais são medicamentos que depois de ingeridos são metabolizados no corpo e transformados em esteroides anabolizantes, portanto, eles têm a mesma ação dos anabolizantes orais ou injetáveis e agem da mesma forma. As pessoas que usam, geralmente utilizam a medicação a longo prazo. Os principais efeitos são: ginecomastia, impotência e queda de apetite sexual, dor de cabeça, agressividade, queda de cabelo, lesão hepática ou renal, parada do crescimento com baixa estatura e aumento de pressão arterial. Todos os sintomas podem reversíveis ou não, dependendo do caso", explicou.
Os pró-hormonais mais conhecidos e buscados são: m-drol, halovar e reign dark cyde. Após usar este tipo de medicamento, o usuário tem que fazer uso da Terapia pós-ciclo, que de acordo com os vendedores, ajuda a reverter os efeitos colaterais. A venda do pró hormonal juntamente com a terapia pós ciclo ultrapassa o valor de R$ 250,00. 
Ao ser questionada se o uso desta terapia ajuda a reverter os efeitos colaterais, Talliane explicou que vai depender de cada organismo, mas que, provavelmente os efeitos colaterais vão permanecer. 
"Isso vai depender muito de cada caso. Depende de dose, tempo de uso e resposta individual. Cada individuo é um indivíduo. Como esses medicamentos se transformam em esteroides anabólicos em nosso corpo, quando para o uso a pessoa pode ter sintomas de deficiência hormonal, não por estar realmente com deficiência, mas sim por sair de um excesso hormonal. O risco maior está na permanência dos efeitos colaterais", alertou.
Este tipo de medicamento não pode ser prescrito por nenhum médico, e por isto, a sua venda é ilegal. Porém, certos tipos de anabolizantes podem ser indicados caso seja constatado a deficiência hormonal. "O uso de anabolizantes é arriscado e só deve ser prescrito quando confirmada a deficiência hormonal, e mesmo assim, o acompanhamento deve ser feito para evitar excesso de dose. Esses pro-hormonais só são encontrados no mercado negro, pois não há indicação médica para o uso deles. Esses medicamentos não são receitados por endocrinologistas. Se a taxa hormonal estiver realmente baixa é prescrito o próprio hormônio e não seus precursores", finalizou.


Arrependimento

A maior propaganda dos pró-hormonais é encontrada facilmente na internet. Páginas no Facebook, perfis no Twitter, e até, comunidades no 'extinto' Orkut, ainda existem para comentar o uso deste tipo de medicamento. Em uma das comunidades do Orkut, Gleydson Moreira, se mostrou arrependido por ter usado o Halovar, um dos pró-hormonais mais conhecidos do momento. 
Veja o depoimento.

"Amigos, treino a um bom tempo e sempre levei a sério em conjunto com alimentação e um parceiro de treino que, no caso, é meu personal training. Meu intuito aqui não é fazer medo ou dar sermão e sim deixar um alerta para o uso dessas drogas. Desde o início eu tinha muito bons ganhos treinando sem anabolizantes e depois de pesquisar bastante decidi usar alguns pró-hormonais, que já foi uma burrice sem tamanho por ser oral. Tive excelentes ganhos, mas, nada disso valeu a pena. Mesmo com a administração da( T.P.C - terapia pós ciclo) - após o uso, veio inúmeros colaterais e estou sofrendo bastante com eles agora e que com sorte não me custará a vida. Quer crescer com "bomba" procura pesquisar 1000 vezes a mais do que você sabe e de preferencia utilize a injetável, mas, o meu conselho seria nunca utilizar tais drogas. A gente que treina tem que entender e nos satisfazer com o nosso biótipo que pode ser Endo, Ecto ou Meso. O que vier é lucro... Treinar tem que ser por gosto e não em busca do culto ao corpo.. Eu pensava que tudo isso que passava em algumas redes de tv não passaram de baboseira e hoje estou pagando por isso.. Cuidado! Saúde é uma coisa que a gente só aprende a dar valor quando perde, e quando perde, ela dificilmente volta", lamentou.
Ainda no tópico, ao ser questionado por outros usuários quais os efeitos colaterais que estava sentindo, Gleydson confirmou o que a endocrinologista Talliane alertou no início da matéria. 
"Dores no estômago, refluxo, gastrite muito forte, exame de sangue totalmente alterado... Resumindo, PH é uma b... Quer bombar com responsabilidade, vai para os injetáveis. Mas, sinceramente, hoje em dia eu vejo de outra forma. Procuro me contentar com meu biótipo e entender que só vou até ali. Anabolizantes não valem a pena mesmo. Eu que tinha a saúde de ferro, para ganhar dois ou três quilos tive que sacrificar isso; não vale a pena. Um abraço a todos os marombas e bons ganhos”, finalizou.
FONTE: MOSSORÓ   28/08/2012 

ATENÇÃO: CUIDADO COM AS PROPAGANDAS, NEM SEMPRE O QUE PARECE SER BOM, PODE SE EFICIENTE PARA SEU ORGANISMO.


Contato: 
email:lucianofisiol@gmail.com
facebook: luciano sousa luciano sousa


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Escoliose

Escoliose: É o desvio da coluna no sentido lateral e rotacional. Assim, temos a formação de gibosidade vertebral (corcunda) na região toráxica. O desvio rotacional pode ser visto radiologicamente pela assimetria dos pedículos vertebrais e a lateralização da coluna é feita pelo deslocamento a partir do seu eixo central, constituindo-se assim, de deformidades vista no sentido antero-posterior. A escoliose pode estar compensada ou descompensada. A escoliose compensada apresenta os ombros no mesmo nível, revelando que a curva principal se equilibra com a curva compensatória. Curva principal é a curva responsável pela deformidade, e a curva compensatória ou secundária é aquela que busca a compensação para manter o tronco ereto.

As escolioses podem ter diversas etiologias. A mais comum é a idiopática ou escoliose do adolescente, que evolui durante o período de crescimento. Costumeiramente tem uma curva em "S" e atinge o segmento dorsal e lombar com curvas leves e moderadas. Podemos ter ainda as escolioses congênitas, cujas causas são deformidades congênitas da coluna vertebral. Os principais exemplos estão nas agenesias vertebrais, hemi-vértebras e barras ósseas, constituindo-se em deformidades a partir da concepção, atingindo curvas severas de até 180º, quando a coluna processa uma curva completa sobre si mesma. Invariavelmente o tratamento é cirúrgico e precoce, buscando corrigir o defeito ósseo a partir do seu nascimento.
A paralisia de grupos musculares na sustentação da coluna são causadas pelas escolioses paralíticas. Observando-se o corpo humano pelas costas, a coluna vertebral normal apresenta-se reta, da cabeça até a região sacral. Quando a coluna se apresenta curva, no plano das costas, essa deformidade é denominada escoliose, sendo caracterizadas pela curva em "C" e pela hipotrofia muscular, causando assim, a queda lateral da c.v. Outros exemplos de escoliose são causadas por seqüelas de efeitos traumáticos, processos infecciosos, doença de Von-Recklin Gausen (doença pseudo tumoral de estrutura nervosa), as escolioses por doenças endócrinas, por seqüelas das osteosporoses, etc. Podemos ainda classificar as escolioses como funcionais e estruturais.
As funcionais são aquelas cujo desvio da coluna depende de alterações extrínsecas à mesma, como por exemplo o encurtamento com disparidade entre os membros inferiores, causando assim, um desvio do eixo da coluna pela variação de comprimento entre os dois membros. As estruturais são aquelas em que a causa do desvio encontra-se localizada diretamente com as estruturas ósteo ligamentares vertebrais. Ainda devemos classificar as curvas das deformidades como móveis e rígidas. A importância dessa classificação se faz para o planejamento da correção cirúrgica da deformidade. Durante a infância, a escoliose afeta meninos e meninas. Na fase adolescente, as meninas são 5 a 8 vezes mais afetadas pela escoliose. Entretanto, 90% dos casos de escoliose idiopáticas são devidos a acréscimos moderados da curvatura da coluna e, geralmente, não são contemplados com tratamento intensivo. Durante a juventude, geralmente, a escoliose não apresenta processos de dor. Se a escoliose não for corrigida, na fase adulta,podem ocorrer dores nas costas. A recondução da coluna para a sua posição normal poderá ser feita facilmente com o emprego de uma força de tração na mesma. A tração aumenta o espaço entre as vértebras e alem disso reduz a curvatura nos pontos críticos. A aplicação de tração na coluna é uma forma engenhosa para promover o seu "endireitamento" sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos. A recondução da coluna para a sua posição normal poderá ser feita facilmente com o emprego de uma força de tração na mesma. A tração aumenta o espaço entre as vértebras e alem disso reduz a curvatura nos pontos críticos. A aplicação de tração na coluna é uma forma engenhosa para promover o seu "endireitamento" sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos.
A cada aplicação ocorrerá uma redução nas curvaturas, nos pontos mais críticos, em um processo totalmente indolor. É recomendável que o emprego de MAGNASPINE(r) seja acompanhado por uma fisioterapia que vá adaptando a musculatura às novas posições alcançadas pela coluna. Entretanto, mesmo sem esse acompanhamento, MAGNASPINE(r) conseguira reduzir as curvaturas mas, obviamente, com um tempo maior. Neste caso seria recomendável um acompanhamento com natação.
IMPORTANTE: O tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro: Costa Plana, Hérnia de disco.


 
NORMAL ESCOLIOSE
Coluna com escoliose Efeito da tração na coluna Coluna normal depois da tração
O esforço de flexão ( Mf ), provocado pela força de tração ( Ft ), tende a "endireitar" o trecho curvo da coluna vertebral.

Cifose: são exageros da curvatura toráxica fora dos eixos dos limites fisiológicos. Várias etiologias podem ser causas de cifose na coluna vertebral. Assim, temos os defeitos congênitos, infecções, fraturas, doenças ósseas como a osteoporose e a doença de Scheuermann ou dorso curvo do adolescente. A doença de Scheuermann se caracteriza pela necrose da epífise de crescimento dos corpos vertebrais constituintes do centro da curva dorsal (6ª a 9ª vértebra dorsal). Esta necrose ou morte da estrutura óssea epifisária, gera uma deformidade em acunhamento do corpo vertebral, fazendo com que haja uma acentuação da curvatura toráxica. A causa dessa doença é desconhecida. Muitos autores relacionam com a hiper-pressão sobre a região dorsal em crianças rígidas com mal preparo músculo-ligamentar durante a fase de crescimento do esqueleto.



Lordose: É o aumento anormal da curva lombar ou cervical levando a uma acentuação da lordose lombar ou cervical normal (hiperlordose). Os músculos abdominais fracos e um abdome protuberante são fatores de risco. Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que tende a acentuar a lordose lombar). A etiologia mais freqüente das hiperlordose são os distúrbios músculo-esquelético do ilíaco psoas e dos ísquios surais. Nas patologias ósseas, a freqüência maior está relacionada às espondilolisteses e pseudo-espondilolistese que produzem o deslizamento intervertebral freqüentemente localizados entre a 4ª e a 5ª lombar e a 5ª lombar e 1ª sacra. 




MAGNASPINE(r) aplica a tração ideal para esses objetivos, em um processo totalmente indolor. Nos casos de lordose, por exemplo, MAGNASPINE(r) tem apresentado resultados notáveis. Com apenas algumas aplicações ficam eliminadas as dores e a hiperlordose. Nos casos de cifose a resposta também tem sido muito boa com a eliminação de hérnias de disco na parte interna do tórax (região côncava). Quando ocorrem deformidades com o aumento dessas curvaturas elas são chamadas de hipercifose (corcunda) e hiperlordose, respectivamente. Na grande maioria dos casos, a curvatura excessiva é de origem postural e pode ser corrigida com o emprego de uma força de tração e exercícios de correção de postura. Em principio, desde que não haja doença nos ossos das vértebras, que não haja fissuras ou trincas nas vértebras, nem qualquer contra indicação de ordem medica, o emprego de uma força de tração na coluna poderá aliviar, ou mesmo eliminar, as possíveis dores, já que reduz as curvaturas nos seus pontos mais críticos.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERÁPICOI. Manutenção e/ ou melhora da força muscular
II. Prevenção de deformidades (manutenção e/ ou ganho de amplitude articular)
III. Manutenção da funcionalidade
IV. Manutenção da capacidade vital


CONDUTA FISIOTERÁPICACinesioterapia e Hidroterapia 
A CINESIOTERAPIA tem como principais objetivos, manter e/ ou retardar a perda da força muscular e da capacidade respiratória, manter os graus de movimento das articulações e minimizar os encurtamentos musculares e suas conseqüências. Ela consiste em exercícios de alongamento muscular, mobilização global, exercícios passivos, ativo - livre, ativo - assistido e exercícios respiratórios ( manobras de expansão pulmonar, inalação, tapotagem, vibração, drenagem postural, indução de tosse e os exercícios respiratórios propriamente ditos); são realizados nas diversas posturas: decúbito ventral (barriga para baixo), decúbito lateral (de lado), decúbito dorsal (barriga para cima), sentado, e de acordo com a fase em que o paciente se encontra.


IMPORTANTE:

Os exercícios contra resistência (saquinhos de areia, pesos) não devem ser realizados pois isto pode fazer com que a musculatura entre em fadiga e acelere o processo de degeneração da fibra muscular. Além disso, o posicionamento adequado e as adaptações para facilitar a realização das atividades de vida diária também são muito importantes para não acelerar a perda da força muscular e a instalação de contraturas e futuras deformidades ósseas. A indicação para o uso de goteira noturna também é um recurso utilizado que visa a manutenção do comprimento muscular. O posicionamento inadequado dos segmentos corporais, nas diversas posturas e em todas as atividades do dia - a - dia, é um dos fatores que aceleram a instalação das deformidades ósseas. O posicionamento correto é elementar principalmente quando faz o uso de cadeira de rodas, pois a tendência é acomodar-se e com isso as deformidades na coluna e membros se estruturam com maior rapidez.

A HIDROTERAPIA realizada em piscina terapêutica é utilizada para manter a força muscular, a capacidade respiratória, as amplitudes articulares e evitar os encurtamentos musculares. Devido as propriedades físicas da água, a movimentação voluntária e adoção das diversas posturas podem ser facilitados e os exercícios de alongamento muscular podem ser realizados com alívio da dor. Além disso, a liberdade de movimento proporciona alegria e satisfação, porque os pacientes são capazes de realizar atividades que podem não ser possíveis em terra devido a ação da gravidade. Na piscina terapêutica utiliza-se as propriedades físicas da água.

Efeitos terapêuticos da água:

* Alívio da dor durante o alongamento muscular;
* Relaxamento muscular;
* Manutenção ou aumento do grau de movimentação das articulações;
* Reeducação de músculos comprometidos;
* Fortalecimento de músculos enfraquecidos;
* Aquisição e vivências de diversas posturas;
* Treino de marcha;
* Melhora das condições respiratórias;
* Reforço psicológico através da movimentação independente na água.

PARTE RESPIRATÓRIA

Os pacientes afetados apresentam uma dinâmica diferente, decorrente da fraqueza muscular e também devido a alterações da caixa torácica, causada pelo aparecimento da escoliose ( desvios de coluna). Uma simples gripe pode repercutir de forma importante, pois a secreção produzida não é eliminada devido à debilitada musculatura expiratória, levando a uma diminuição da eficácia da tosse, além de prejudicar a movimentação completa do pulmão. Por esta razão essa secreção acumulada facilita o desenvolvimento de bactérias causando infecção que quando não tratada adequadamente, acarreta complicações respiratórias graves.
Como citado acima, a escoliose (curvas anormais da coluna), que pode decorrer da fraqueza muscular, leva também à diminuição da expansibilidade pulmonar.

AVALIAÇÃO POSTURAL

A Avaliação Postural na Fisioterapia, tem como finalidade prevenir e futuramente corrigir possíveis alterações posturais existentes.Consiste em determinar e registrar, se possível através de fotografias, os desvios posturais ou atitudes posturais erradas dos indivíduos. Em primeiro lugar, para se caracterizar um desvio postural, deve-se ter o conhecimento do que é postura correta. A boa postura é aquela que um indivíduo, em posição ostostática exige pequeno esforço da musculatura e dos ligamentos para se manter nessa posição. Representa um alinhamento dinâmico dos vários segmentos corporais, nas várias posições, de tal maneira que, cada segmento ocupe uma posição próxima à sua posição de "equilíbrio mecânico". Assim, ele encontra o melhor equilíbrio estático.

CINTURA ESCAPULAR

- Protrusão (Rotação interna dos ombros)
- Protração escapular
- Retração escapular
- Depressão escapular
- Ombros assimétricos: elevação de ombro esquerdo direito
- Encurtamento do trapézio

CINTURA PÉLVICA

- Desvio de quadril
- Assimetria de quadril
- Protusão abdominal

MEMBROS INFERIORES

- Joelhos genu flexo
- Joelhos genu recurvato
- Joelhos genu valgo
- Joelhos genu varo
- Pé abduto
- Pé aduto
- Pé valgo
- Pé varo
- Pé plano
- Pé cavo
- Pé calcâneo
- Pé equino

Causas

Se você nunca se preocupou com a saúde das suas costas, adotando posturas erradas e movimentos inadequados, saiba que essas são as principais causas da dor nas costas. Com o passar do tempo, vai ocorrendo um desgaste das articulações da coluna, podendo levar à degeneração dos discos intervertebrais (hérnia de disco) e à osteofitose (bico de papagaio). Em um grande número de casos de dor nas costas, não se chega a um diagnóstico claro. Geralmente, no decorrer do tempo, vários fatores de risco atuam em conjunto ocasionando a dor: condicionamento físico deficiente, má postura, mecânica anormal dos movimentos, pequenos traumas, esforço repetitivo, etc..
Várias estruturas da coluna podem causar dor, incluindo os ligamentos que conectam as vértebras, fibras externas do disco intervertebral, músculos, vasos sanguíneos e raízes nervosas.

BIBLIOGRAFIAwww.magnaspine.com.br/escoliose
www.abdim.com.br
www.doresnascostas.com.br/desvios_posturais

  

contato: 
email:lucianofisiol@gmail.com
        facebook: luciano sousa lucianosousa