domingo, 2 de junho de 2019

Enzimas Cardíacas e Infarto do Miocárdio(IAM)

Enzimas Cardíacas e Infarto do
Miocárdio(IAM)

Uma doença  cardíaca que esta entre as que mais assolam a população em geral. Os exames de perfil cardíaco (como as enzimas cardíacas), é de fundamental importância para o diagnóstico da lesão cardíaca.
Doenças de ordem cardíaca estão entre as que mais assolam a população em geral. Assim, a interpretação laboratorial dos exames de perfil cardíaco (como as enzimas cardíacas), é fundamental para os profissionais da saúde. Existe, dentro do perfil cardíaco, uma série de situações que precisam estar muito claras para o profissional da saúde. Somente assim será possível verificar o melhor cenário para cada tipo de tratamento ou acompanhamento.
Dentro do perfil cardíaco, existem diferentes proteínas e enzimas cardíacas que pode ser usadas. Dessa forma precisamos compreender o papel e o funcionamento de cada uma delas. Estes marcadores cardíacos são substâncias que, quando presentes na circulação, em determinadas quantidades, são indicadores de lesões no coração.
Por isso, dentro do perfil cardíaco, entender a função destas enzimas cardíacas como marcadores de lesão cardíaca, é fundamental!
Vamos agora, conhecer um pouco mais sobre cada um destes marcadores do perfil cardíaco!

Coleta de Sangue: Enzimas Cardíacas Presentes nos Testes do Perfil Cardíaco
Dentro do perfil cardíaco, existem algumas enzimas que atuam como marcadores de função cardíaca e são usadas em exames laboratoriais.

Enzimas Cardíacas – Creatinofosfoquinase (CPK)

O exame laboratorial de creatinofosfoquinase traz com maior precisão, a incidência de lesões no músculo cardíaco. A creatinofosfoquinase (CPK) é uma enzima cardíaca. Ela tem uma função fundamental dentro do metabolismo dos tecidos contráteis, como o músculo cardíaco.
Ela se encontra em maior proporção nos músculos, tecido cardíaco e no cérebro.
Em exames de eletroforese (que visa definir a concentração de proteínas), é possível ver com clareza e identificar três isoenzimas:
1°– CPK-BB, que é a enzima encontrada no cérebro;
2°– CPK-MB, que é a enzima presente no miocárdio;
3°– CPK-MM, que é a enzima presente no músculo estriado.
Dessa maneira, em exames que visam avaliar o perfil cardíaco, é a enzima CPK-MB que tem importância real.
A CPK-MB, apresenta uma elevação bastante acentuada (na corrente sanguínea) entre 3 e 6 horas após o princípio dos primeiros sintomas de infarto do miocárdio. Seu pico de elevação se dá entre 16 e 24 horas e ela se normaliza entre 48 e 72 horas.
Em casos de emergência, esta normalização que é um critério para a alta do paciente nas unidades de terapia intensiva. A CPK-MB, tem uma sensibilidade diagnóstica de cerca de 50% em três horas. Sensibilidade diagnóstica é a capacidade que ela apresenta em identificar o infarto do miocárdio logo após os sintomas se iniciarem. Este índice sobre para 80% cerca de 6 horas após o início do infarto.

% ck no coração

A CK que se concentra no tecido miocárdio é constituída por fração MM por volta de 75 a 80%, entretanto tendo uma porção maior de fração MB, 15 a 20%.

CPK E INFARTO DO MIOCÁRDIO

Este é um exame feito, na grande maioria dos casos, em pacientes com suspeita de infarto do miocárdio. A amostragem é obtida através de coleta de sangue. Nos casos de valores séricos normais, a concentração da creatinofosfoquinase é de até 130 UI/ml para homens e nas mulheres, de até 110 UI/ml.
No infarto agudo do miocárdio, a CPK estará aumentada consideravelmente nas primeiras 2 a 6 horas, logo após o início do episódio. E pode alcançar valores máximos nas 18 a 24 horas que seguem o ocorrido.

Qual o valor normal do CPK?

O exame de CPK serve para diagnosticar lesões e doenças da musculatura esquelética e também infarto agudo do miocárdio. Osvalores de referência de CPK podem variar de acordo com a idade, gênero e laboratório coletado, variando entre: Mulheres: 22,0 a 199,0 U/L; Homens: 22,0 a 334,0 U/L.
Os valores de referência de CPK podem variar de acordo com a idade, gênero e laboratório coletado, variando entre:
•Mulheres: 22,0 a 199,0 U/L;
•Homens: 22,0 a 334,0 U/L.

MIOGLOBINA

Assim como acontece com a enzima anterior, a mioglobina tem valores aumentados consideravelmente quando há lesão no músculo cardíaco. Dessa maneira, dentro do perfil cardíaco, este é um importante exame laboratorial para detectar maiores problemas.
A mioglobina é uma proteína de baixo peso molecular, apresentando uma estrutura muito próxima à da hemoglobina. Além disso, da mesma forma que na hemoglobina, a mioglobina também apresenta a capacidade de se ligar ao oxigênio.
Sua concentração aumenta consideravelmente quando temos uma destruição muscular. Após uma lesão isquêmica de qualquer fibra, por exemplo, a mioglobina é liberada de forma precoce na circulação sanguínea. Isso faz com que esta dosagem possa ser mensurada e ofereça ao médico, um quadro específico de diagnóstico de infarto do miocárdio.

MIOGLOBINA E LESÃO CARDÍACA

É possível observar concentrações elevadas dessa proteína, em cerca de uma a duas horas após o início da precordialgia (dor localizada do lado esquerdo do tórax). Seu pico é atingido em 12 horas e, na grande maioria dos casos, se normaliza em 24 horas, quando há um único episódio de isquemia.
É importante salientar novamente, que esta curva, aliás, ajuda a detectar um novo infarto, quando o paciente apresenta dor precordial recorrente. Porém, o simples aumento da mioglobina circulante não é algo que seja único da lesão cardíaca. Até mesmo a insuficiência renal pode causar tal aumento. Por isso, no geral, a elevação da mioglobina não é um fator determinante para diagnosticar o infarto do miocárdio, por causa de seu elevado valor preditivo negativo (varia de 83% a 98%).
Em concentrações consideradas normais, os níveis de mioglobina são um importante indicador de saúde cardíaca e de risco altamente reduzido de infarto do miocárdio. Por isso, este é um exame de grande importância dentro do perfil cardíaco. A mioglobina pode ser medida tanto pelo sangue, quanto pela urina, dependendo de cada caso.

TROPONINA

A troponina apresenta 3 formas diferentes: troponina I ou TnI, troponina C ou TnC e  troponina T ou TnT.
Essas enzimas apresentam uma elevação considerável em um período de 4 a 8 horas, após o início dos sintomas de infarto. O pico máximo de elevação acontece no período de 36 e 72 horas e tende a se normalizar entre 5 e 14 dias.
As enzimas da troponina apresentam a mesma sensibilidade diagnóstica da CK-MB, que varia entre 12 e 48 horas após o início dos sintomas. Porém, na presença de portadores de doenças que causam a redução da especificidade da CPK-MB, os exames com base na troponina são fundamentais.
Pensando exclusivamente em exames que se baseiam em análise de enzimas, estes que foram apresentados aqui, são os mais utilizados e efetivos. Porém, temos ainda os exames não laboratoriais, como é o caso do ecocardiograma, prova de esforço e muitos outros.
Se você quer saber mais sobre interpretação de exames laboratoriais, em especial os exames cardíacos, clique na imagem abaixo para conhecer nossos cursos na área de análises clínicas.

Os níveis sanguíneos de creatina quinase (CK) se elevam quando há lesão de músculos esqueléticos ou do músculo cardíaco. O médico pode pedir o exame para pessoas com dor torácica ou com outros sinais e sintomas de infarto do miocárdio. ... Os níveis de CK no sangue também se elevam quando há lesão de músculos esqueléticos.

O QUE É CK NO SANGUE 

É uma isoenzima da creatina fosfoquinase (CPK) que corresponde à enzima liberada pelo músculo cardíaco. Esta enzima eleva-se quando ocorre isquemia em uma determinada região do músculo cardíaco. No infarto agudo do miocárdio os valores de CK-MB podem estar superiores a 16 U/L e entre 4% a 25% do valor de CPK total.
Ck alto
Os níveis sanguíneos de creatina quinase (CK) se elevam quando há lesão de músculos esqueléticos ou do músculo cardíaco. O médico pode pedir o exame para pessoas com dor torácica ou com outros sinais e sintomas de infarto do miocárdio. ... Os níveis de CK no sangue também se elevam quando há lesão de músculos esqueléticos.

O que significa Creatina-quinase alta?

A creatina quinase é uma enzima que se encontra em pequenas quantidades em todos os tecidos musculares e que intervém no processo de produção de energia a nível muscular. Ela é libertada sempre que o corpo está sujeito a grande stress físico (por exemplo, quando fazemos musculação).

O que significa Creatinoquinase alta?

Como interpretar as elevações decreatinoquinase (CK) associadas à prática de exercício físico. A creatinoquinase (CK) é uma enzima que desempenha importante papel na geração de energia para o metabolismo muscular. Está presente, predominantemente no tecido muscular, mas é também encontrada no tecido cerebral.

O que é enzima no sangue?

As enzimas cardíacas sinalizam a morte de células do músculo cardíaco e são fundamentais para o diagnóstico definitivo do infarto do miocárdio. ... Segundo a publicação, quando um paciente tem sintomas de infarto o médico cardiologista pede a realização de um exame laboratorial que mede a elevação das enzimas cardíacas.
Que Exame de sangue detecta infarto?
Quando células musculares cardíacas morrem, liberam substâncias na circulação que podem ser medidas. Os exames incluem a fração MB da creatina quinase (CK-MB), amioglobina e a troponina. A medida desses marcadores cardíacos pode detectar um infarto do miocárdio e avaliar grosseiramente a extensão da lesão.

Como eu faço para descobrir se o que eu tive foi infarto?

Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco, esse problema pode ser fatal.
...
Muitos sintomas são ignorados, mas podem ajudar a detectar um infarto antes mesmo de acontecer
1.Dor na região torácica. ...
2.Falta de ar. ...
3.Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal. ...
4.Tontura. ...
5.Suor frio. ...
6.Fraqueza.

Fonte:Dr. Victor Proença, 2019
Referências: JUNIOR, AULER; COSTA, JOSÉ OTÁVIO; YU, LUÍS. A Série Manual do Médico-Residente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), em parceria .. [Apresentação]. Medicina de família e comunidade [S.l: s.n.], 2017.
GUSSO, GUSTAVO; LOPES, JOSÉ MAURO CERATTI; DIAS, LÊDA CHAVES. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. 2ª.edição. Artmed, 2018.

Fotos/imagens:Google fotos
Postagem: Prof° Luciano Sousa
Formação Acadêmica em Educação física e fisiologia do esforço pela UCB
CBF Academy:Analista de desempenho no futebol
Fisiologista do América Futebol profissional 2019
Email:lucianofisiol@gmail.com

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