sábado, 14 de janeiro de 2012

Core training: análise da eficácia na prevenção de lesões no futebol Core training: análisis de su eficacia en la prevención de lesiones en el fútbol


   Objetivos: Este estudo visa analisar as lesões sofridas pelos atletas de futebol profissional do Sport Club do Recife em 2007, relacionando com as de 2008, após a implementação do core training.Métodos: O estudo foi realizado a partir das análises dos prontuários dos atletas de futebol profissional do Sport Club do Recife admitidos no departamento médico nos anos de 2007 e 2008, juntamente com as informações dos treinos, jogos e competições, fornecidas pela comissão técnica. As lesões foram relacionadas de acordo com as temporadas para identificar a atuação do core training na prevenção destas. O core training foi implementado na preparação dos atletas na temporada de 2008, sendo realizado 2 vezes por semana, em média. Após a obtenção dos dados, as informações foram distribuídas em tabelas e gráfico confeccionados nos programas Microsoft Word 2007 e Microsoft Excel 2007, sendo estudados por análise descritiva. Resultados: Durante as temporadas, encontramos 49 lesões em cada ano, com um tempo de exposição a lesões de 595,5 horas e 688,5 horas, respectivamente, incluindo o total de treinos e jogos realizados. Obtivemos uma média de 0,0822 lesões por hora em 2007 e 0,0711 lesões por hora, em 2008, diferindo entre si em 13,50%, com tais dados mostrando um decréscimo nos índices lesionais entre os anos.Discussão e conclusão: As análises dos dados sugerem a eficácia do core training na prevenção de lesões no futebol, uma vez que os índices de lesões decresceram entre as temporadas. Por ser um dos primeiros estudos relacionando as lesões no futebol com a aplicação do core training, novas pesquisas observando amostras maiores, parâmetros diferentes e diversas intensidades dos exercícios são imprescindíveis para ratificar este tipo de intervenção.

          Unitermos: Core training. Controle neuromuscular. Futebol. Prevenção


O Core training foi incorporado nas atividades de preparação da equipe durante o ano de 2008, com uma freqüência de 2 sessões semanais, em média, com cada exercício sendo mantido numa postura estática, exceto os saltos unipodais em direções variadas, e os atletas orientados a manter um padrão respiratório normal durante o treinamento, podendo a carga de trabalho sofrer alterações dependendo do calendário dos campeonatos disputados.
    As sessões do Core training foram compostas por um circuito de 10 exercícios diferentes, com cada exercício sendo realizados por 2 vezes seguidas, ou seja, por 2 séries, com duração de 30 segundos por série, com um tempo de recuperação entre elas de 30 segundos, totalizando 1 minuto de execução por exercício antes de seguir para o próximo,. O circuito era composto de posturas de ponte com bola a ser sustentada entre os joelhos em decúbito dorsal; prancha em prono com apoio nos cotovelos, antebraços e ponta dos dedos dos pés; prancha lateral com apoio no cotovelo, antebraço e face lateral do pé; balancinho com apoio unipodal e com joelho semi-fletido; disco de propriocepção com apoio unipodal com joelho semi-fletido; agachamento em 90° de flexão de quadril e joelhos; saltos unipodais em direções variadas; sentado numa bola suíça com um membro inferior em flexão de 90° de joelho e quadril e o outro em extensão de joelho e flexão de quadril, com os braços em flexão de 90° com cotovelos estendidos segurando um bastão e mantendo a coluna ereta; apoio unipodal em cama elástica com joelho semi-fletido e tábua de propriocepção com joelho semi-fletido, sendo tais exercícios mantidos em uma postura ótima. Este estudo teve como objetivo principal a análise da eficácia do Core training na prevenção de lesões em atletas de futebol, baseando-se nas incidências das lesões em duas temporadas consecutivas (2007/2008), em que apenas em 2008, foi implementado o programa de exercícios do Core training. Um programa de exercícios focado na melhora do controle neuromuscular e dos estímulos proprioceptivos a fim de diminuir o número das afecções e melhorar a performance dos jogadores (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005).
    Os dados referentes a cada temporada foram agrupados adequadamente a fim de homogeneizar as incidências das lesões de acordo com a exposição dos atletas. Assim, a análise sugere a eficácia do Core training. Encontramos um número de lesões semelhantes (49) em ambas as temporadas, porém diferindo no número de horas de exposição, uma vez que tivemos 93 horas a mais de exposição em 2008. Esta evidência nos leva a correlacioná-la com as afirmações de alguns estudiosos (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005), os quais defendem os treinamentos de equilíbrio e de propriocepção para prevenção de afecções.
    Após avaliarmos as quantidades de patologias por hora encontradas em cada ano, confirmamos a diminuição dos índices de lesões em relação às regiões do corpo, e, por conseguinte, a sugestão da eficácia do Core training, pois encontramos menores índices lesivos em 2008.

    Em relação às afecções observadas entre os anos, obtivemos uma diferença de 13,50% de lesões totais por hora a mais em 2007, levando-nos a concordar com outros estudos, os quais verificaram a eficácia do core training na melhora do desempenho e na diminuição dos índices lesivos (CLARK, 1998 e LEETUN,2004).
    O aumento do equilíbrio, da estabilidade, do controle neuromuscular e da propriocepção em relação às diversas regiões do corpo são relatadas em diversos estudos, nos quais as relacionam separadamente (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005 e ENGENRETSEN; MYKLEBUST; HOLME et al, 2008). Treinamentos de estabilidade e controle neuromuscular têm se mostrado benéficos para a melhora da estrutura corpórea, principalmente relacionadas com o tronco e membros inferiores (MYER; FORD; BRENT et al, 2006 e MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005).
    Considerando os tipos de lesões e as posições dos atletas, os nossos dados também se mostraram positivos para a prevenção, confirmando a diminuição das afecções entre os anos. Tais informações foram favoráveis ao uso do Core training em atletas de futebol para o incremento do controle neuromuscular e do equilíbrio lombopélvico.
    A análise da prevalência e dos fatores de risco das lesões esportivas e o desenvolvimento de programas preventivos podem ser de extrema importância para reduzir a incidência de lesões durante a prática do esporte (RIBEIRO; COSTA, 2006).
    A freqüência marcadamente alta das lesões esportivas relatadas na literatura nos mostra a necessidade de programas de prevenção de lesões em futebol profissional (RAYMUNDO; RECKERS; LOCKS et al, 2005).
    Um programa específico de core training para prevenção de lesões para membros inferiores tem sido pouco estudado, pesquisas mais controladas e randomizadas, com uma elevada população seriam importantes para a confirmação deste tipo de trabalho em atletas (AKUTHOTA; NADLER, 2004).
    A maioria das atividades esportivas possui atuações nos três planos de movimentos, com isso os músculos do Core devem ser treinados e avaliados utilizando-se destes três planos, o que poderia melhorar ainda mais os nossos achados, uma vez que no nosso estudo pouco se utilizou exercícios multiplanares.
                                                      Resultados 

    Durante as temporadas de 2007 e 2008, o time de futebol profissional do Sport Club do Recife disputou 61 e 72 partidas, respectivamente, totalizando 91,5 e 108 de horas jogadas sem acréscimos em campeonatos pernambucanos, brasileiros (série A) e Copa do Brasil. Para tanto, tivemos um número de 504 e 580,5 horas de treinos para a disputa das competições para o primeiro e segundo ano, sendo nesta análise das 2 temporadas encontradas um total de 49 lesões entre os atletas em cada ano, totalizando 98 lesões (tabela 1).
Tabela 1. Dados referentes às análises das lesões em cada temporada

   

2007

2008

Número de lesões

49

49

Treinos (hora)

504

580,5

Jogos (hora)

91,5

108

Atletas (média)

35

35

Número de lesões\hora

0,0822

0,0711


 Na tabela 2, as médias das lesões por hora de exposição foram distribuídas de acordo com as regiões do corpo, as posições dos atletas e os tipos de lesões, em cada ano. Nesta análise podemos observar a maior incidência de lesões em todas as subdivisões em 2007, ano sem intervenção preventiva, em detrimento de 2008, no qual tivemos o Core training.
Tabela 2. Comparação entre as lesões por hora de exposição por temporada relacionando com as regiões do corpo, as posições dos atletas e os tipos de lesões.


Lesões por hora de exposição

Grupo sem intervenção/2007
(n – 35)

Grupo com intervenção/2008
(n – 35)


Média

Média

Regiões do corpo

0,01028

0,00889

Posições dos atletas

0,01645

0,01423

Tipos de lesões

0,01645

0,01423

Fonte: Departamento médico do Sport Club do Recife
 Já no Gráfico 1, através da comparação das afecções em cada temporada evidenciamos a prevalência do número total de lesões por hora no ano de 2007, superando em 13,50%, enquanto que, como demonstrado na tabela 2, o grupo submetido a intervenção do Core training em 2008, obteve um menor número de lesões por hora de exposição.
Gráfico 1. Comparação entre os números de lesões por hora em cada temporada (2007/2008)


4.     Discussão
    Este estudo teve como objetivo principal a análise da eficácia do Core training na prevenção de lesões em atletas de futebol, baseando-se nas incidências das lesões em duas temporadas consecutivas (2007/2008), em que apenas em 2008, foi implementado o programa de exercícios do Core training. Um programa de exercícios focado na melhora do controle neuromuscular e dos estímulos proprioceptivos a fim de diminuir o número das afecções e melhorar a performance dos jogadores (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005).
    Os dados referentes a cada temporada foram agrupados adequadamente a fim de homogeneizar as incidências das lesões de acordo com a exposição dos atletas. Assim, a análise sugere a eficácia do Core training. Encontramos um número de lesões semelhantes (49) em ambas as temporadas, porém diferindo no número de horas de exposição, uma vez que tivemos 93 horas a mais de exposição em 2008. Esta evidência nos leva a correlacioná-la com as afirmações de alguns estudiosos (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005), os quais defendem os treinamentos de equilíbrio e de propriocepção para prevenção de afecções.
    Após avaliarmos as quantidades de patologias por hora encontradas em cada ano, confirmamos a diminuição dos índices de lesões em relação às regiões do corpo, e, por conseguinte, a sugestão da eficácia do Core training, pois encontramos menores índices lesivos em 2008.

    Em relação às afecções observadas entre os anos, obtivemos uma diferença de 13,50% de lesões totais por hora a mais em 2007, levando-nos a concordar com outros estudos, os quais verificaram a eficácia do core training na melhora do desempenho e na diminuição dos índices lesivos (CLARK, 1998 e LEETUN,2004).
    O aumento do equilíbrio, da estabilidade, do controle neuromuscular e da propriocepção em relação às diversas regiões do corpo são relatadas em diversos estudos, nos quais as relacionam separadamente (MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005 e ENGENRETSEN; MYKLEBUST; HOLME et al, 2008). Treinamentos de estabilidade e controle neuromuscular têm se mostrado benéficos para a melhora da estrutura corpórea, principalmente relacionadas com o tronco e membros inferiores (MYER; FORD; BRENT et al, 2006 e MYER; FORD; PALUMBO et al, 2005).
    Considerando os tipos de lesões e as posições dos atletas, os nossos dados também se mostraram positivos para a prevenção, confirmando a diminuição das afecções entre os anos. Tais informações foram favoráveis ao uso do Core training em atletas de futebol para o incremento do controle neuromuscular e do equilíbrio lombopélvico.
    A análise da prevalência e dos fatores de risco das lesões esportivas e o desenvolvimento de programas preventivos podem ser de extrema importância para reduzir a incidência de lesões durante a prática do esporte (RIBEIRO; COSTA, 2006).
    A freqüência marcadamente alta das lesões esportivas relatadas na literatura nos mostra a necessidade de programas de prevenção de lesões em futebol profissional (RAYMUNDO; RECKERS; LOCKS et al, 2005).
    Um programa específico de core training para prevenção de lesões para membros inferiores tem sido pouco estudado, pesquisas mais controladas e randomizadas, com uma elevada população seriam importantes para a confirmação deste tipo de trabalho em atletas (AKUTHOTA; NADLER, 2004).
    A maioria das atividades esportivas possui atuações nos três planos de movimentos, com isso os músculos do Core devem ser treinados e avaliados utilizando-se destes três planos, o que poderia melhorar ainda mais os nossos achados, uma vez que no nosso estudo pouco se utilizou exercícios multiplanares.

5.     Conclusão

    O presente estudo observou que o Core training foi eficaz para a prevenção de lesões em atletas de futebol profissional, tanto do ponto de vista geral, como das variáveis analisadas, uma vez que a mesma quantidade de lesões foi encontrada entre as temporadas, enquanto que a carga de exposição sofrida pelos atletas em 2008 foi superior que a de 2007, o que tenderia a elevar o índice de lesão.
    Relatos dos atletas nos mostraram a melhora na consciência corporal, de equilíbrio e de força durante a realização das suas atividades profissionais.
    Porém, novos estudos incorporando uma maior população de atletas, com mais exercícios multiplanares no Core training, com cargas de treinos variáveis e análises de parâmetros mais específicos, tais como a relação entre cada região do corpo, posições dos atletas, tipos de lesões, idade, peso, altura, antecedentes lesivos, entre outros, seriam significantes para ratificar a implementação deste treinamento em esportistas.

Referências
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