O tratamento e a prevenção da obesidade
têm sido considerados uma enorme batalha para
os profissionais da área de saúde.
As indústrias de alimentos e de fármacos,
por sua vez, têm oferecido cada vez mais uma
vasta gama de novos produtos que preconizam a perda
de peso. O ácido linoléico conjugado,
encontrado em maiores concentrações
na gordura de animais ruminantes, parece apresentar
efeitos favoráveis quanto à manutenção
do peso corporal. Esta revisão apresenta
uma análise crítica dos dados disponíveis
na literatura, que relacionam o ácido linoléico
conjugado com o metabolismo energético e
a composição corporal. Os estudos
realizados com humanos ainda não são
conclusivos, embora alguns apontem um possível
aumento da lipólise e/ou redução
da lipogênese, que reflete em alterações
apenas na composição corporal, especialmente
no tecido adiposo abdominal, mas não na perda
de peso. Entretanto, as altas doses usadas nesses
estudos podem implicar efeitos colaterais indesejáveis.
Portanto, mais estudos são necessários
para uma indicação desse ácido
graxo como um agente para a melhora da composição
corporal e/ou como um agente anti-obesidade.
Termos de indexação: ácido
linoléico, composição corporal,
obesidade, perda de peso.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Muito tem sido falado sobre alimentos funcionais
e seus efeitos benéficos para a saúde
humana1, de forma a incentivar fortemente o uso
de produtos e/ou alimentos que contenham propriedades
com alegação funcional. Entretanto,
muitas pesquisas ainda não são conclusivas
em muitos pontos, especialmente quanto aos reais
efeitos "protetores" preconizados, quanto
às doses indicadas para que esses efeitos
possam ser alcançados, e quanto aos possíveis
efeitos adversos provenientes do uso prolongado
desses produtos.
O Comitê de Alimentos e Nutrição dos EUA2 definiu alimentos funcionais como "qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contém". Ainda segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a alegação de propriedade funcional é relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, maturação e outras funções normais do organismo humano3.
O Comitê de Alimentos e Nutrição dos EUA2 definiu alimentos funcionais como "qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contém". Ainda segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a alegação de propriedade funcional é relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, maturação e outras funções normais do organismo humano3.
O crescente aumento da prevalência de pessoas
com sobrepeso tem preocupado os órgãos
federais em todo o mundo, pois a obesidade já
é considerada um problema de saúde
pública mundial4. Assim, as novas gerações,
cada vez mais preocupadas com a saúde, têm
feito dos alimentos funcionais o carro mestre da
indústria alimentícia1. A demanda
de produtos para perda de peso é um potente
estímulo para essa indústria. Em 1999,
os consumidores americanos gastaram mais de 35 bilhões
de dólares em produtos que preconizavam eficiência
para perda de peso. Entretanto, em 2002, a Comissão
Federal de Comércio dos Estados Unidos verificou
que 55% de uma amostra de 300 produtos com rótulos
relacionados à perda de peso eram falsos
ou não apresentavam evidências científicas
com relação a sua eficiência5.
Assim, é necessário que mais pesquisas
sejam feitas para comprovar a eficiência desses
produtos de forma a garantir ao consumidor que seu
uso realmente seja eficaz no combate à obesidade. O ácido linoléico conjugado (CLA),
que representa um conjunto de isômeros do
ácido linoléico (18:2 n-6), tem sido
considerado um potente agente anti-obesidade, pelas
suas possíveis propriedades moduladoras no
metabolismo lipídico. Entretanto, seu efeito
quanto à perda de peso ainda é controverso. Este trabalho teve como objetivo fazer uma análise
crítica sobre os dados disponíveis
na literatura que relacionam o CLA com o metabolismo
energético, a fim de delinear as deficiências
existentes nos estudos e esclarecer suas reais e/ou
possíveis ações na composição
corporal.
Considerações gerais sobre
o ácido linoléico conjugado
O CLA se refere a uma mistura de isômeros
do ácido linoléico (18:2 n-6) em que
as duplas ligações são conjugadas
em vez de existirem na configuração
interrompida metilênica típica. É
produzido no rúmen de animais pelo processo
de fermentação, envolvendo a bactéria
Butyrovibrio fibrisolvens, ou pela síntese
via a9-dessaturase do ácido 11-trans octadecanóico.
Nove isômeros diferentes do CLA foram relatados
como de ocorrência natural nos alimentos,
sendo que o 9-cis, 11-trans é o de maior
ocorrência e é incorporado à
membrana plasmática. Já o isômero
10-trans, 12-cis não é incorporado
às membranas, parecendo estar mais relacionado
ao metabolismo energético. O CLA é encontrado em maiores concentrações
na gordura de ruminantes, como, por exemplo, carne
de gado, laticínios, entre outros. Em produtos
lácteos, a concentração de
CLA varia de 2,9 a 8,92mg CLA/g de gordura, sendo
que o isômero 9-cis, 11-trans contribui com
cerca de 73% a 93% do total de isômeros do
CLA nesses produtos. A gordura da carne de gado
contém cerca de 3,1 a 8,5mg de CLA/g de gordura,
com os isômeros 9-cis, 11-trans contribuindo
com cerca de 57% a 85% do CLA total6.
CLA E COMPOSIÇÃO CORPORAL
Experimentos com animais
Vários modelos experimentais têm demonstrado
que animais alimentados com CLA reduzem a gordura
corporal. Evidências também sugerem
que os diferentes isômeros do CLA possam apresentar
efeitos variados na perda de peso e composição
corporal em animais. O primeiro estudo a investigar
tais efeitos foi o de Park et al.7, no qual camundongos
suplementados com 0,5% de CLA (com predominância
dos isômeros 9-cis, 11-trans e 10-trans, 12-cis,
1:1) exibiram diminuição de 60% da
gordura corporal e aumento de 14% na massa magra,
quando comparados com os controles. Verificou-se,
ainda, nesse trabalho, redução na
atividade da lipase lipoprotéica (LPL) em
cultura de adipócitos 3T3-L1, também
tratados com 0,0029% de CLA, e maior liberação
de ácidos graxos (AG), possivelmente pela
redução da deposição
de lipídios e aumento da lipólise.
Em outro estudo, camundongos AKR/J (com forte suscetibilidade
à obesidade) foram alimentados com dieta
rica em lipídios com ou sem CLA a 1% (também
com predominância dos isômeros 9-cis,
11-trans e 10-trans, 12-cis), por cinco semanas.
Verificou-se uma redução de 50% no
peso do tecido adiposo dos animais alimentados com
CLA, quando comparados aos controles. Entretanto,
o peso corporal final foi semelhante, sugerindo
tanto aumento da massa magra, quanto redução
do tecido adiposo nos animais suplementados com
CLA8. Diferentes doses de CLA (0,00%, 0,25%; 0,50%; 0,75%;
e 1,00%) foram testadas em camundongos por doze
semanas. Verificou-se redução de tecido
adiposo dos animais tratados com doses acima de
0,50% e aumento da massa magra no grupo tratado
com 1,00% de CLA9.
Outros experimentos com camundongos de variedades
genéticas específicas mostraram mudanças
similares e positivas na composição
corporal após tratamento com doses de 0,5%
a 1,0% de CLA7,10,11. A redução de tecido adiposo subseqüente
à alimentação com CLA em camundongos
tem sido verificada em dietas com diferentes níveis
de lipídios, 45,0%8,9,12 e 15,0%12 das calorias
totais. Enquanto alguns trabalhos verificaram não
haver mudança na quantidade total da dieta
consumida por camundongos alimentados com CLA8,9,
outros verificaram uma redução significativa
no total de calorias consumidas após a utilização
do mesmo10. O CLA parece não produzir resultados idênticos
em todos os modelos animais. Ratos suplementados
com 0,5% de CLA apresentaram redução
modesta (15,0% a 25,0%), porém mais rápida
(sete dias), do tecido adiposo13, ao passo que em
camundongos essa redução pareceu ser
maior (50,0% a 80,0%) porém mais lenta13,14.
Ainda não é claro por que ratos são
menos responsivos do que camundongos aos efeitos
do CLA no tecido adiposo. Entretanto, postula-se
que o decréscimo no tecido adiposo de animais
tratados com CLA seja devido à redução
no tamanho das células, e não no número7,10,15.
De qualquer forma, já se sabe que dentre
os diferentes isômeros do CLA, o 10-trans,
12-cis é o que tem maior influência
sobre as mudanças na composição
corporal em animais15.
Estudos com humanos
Comparados à quantidade de estudos conduzidos
em modelos animais que investigaram mudanças
na composição corporal, trabalhos
em humanos ainda são limitados e discordantes.
Porém, algumas evidências sugerem que
a suplementação de CLA talvez possa
gerar mudanças favoráveis na composição
corporal de algumas pessoas14.
Em um estudo randomizado e duplo-cego, 80 indivíduos
obesos participaram de um programa para perda de
peso, com dieta hipocalórica contendo ou
não CLA (2,7g/dia) e exercício físico,
por seis meses. Não houve diferença
na perda de peso e tecido adiposo entre os grupos,
apesar de ter sido detectada uma tendência
de maior ganho de massa magra e perda de tecido
adiposo em alguns indivíduos no grupo tratado
com CLA16. Entretanto, por estarem os indivíduos
utilizando dieta hipocalórica e fazendo atividade
física, torna-se difícil a interpretação
dos resultados, já que tanto a dieta quanto
a atividade física interferem no metabolismo
energético e na composição
corporal. Zambell et al.17 não verificaram mudanças
na composição corporal, gasto energético,
quociente respiratório e taxa de oxidação
de lipídios em mulheres obesas (n=10), com
gordura corporal total de 31±1,5% que receberam
3g de CLA, mistura dos vários isômeros,
por 64 dias.
No estudo de Blankson et al.18, também randomizado
e duplo-cego, 60 voluntários com sobrepeso
ou obesidade (IMC entre 25 e 35kg/m2) receberam
uma dieta com 9g/dia de óleo de oliva (grupo
placebo), ou uma dieta com 1,7; 3,4; 5,1 ou 6,8g
de CLA/dia, por doze semanas, sendo os isômeros
predominantes o 9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis,
1:1. Verificou-se uma redução significativa
no tecido adiposo dos indivíduos que receberam
as doses de 3,4 (n=7) e 6,8 (n=10); e aumento da
massa magra somente no grupo que recebeu 6,8g de
CLA. Entretanto, como um treinamento físico
foi realizado conjuntamente com o uso do CLA, e
os níveis de atividade diferiram entre os
grupos, também não foi possível
avaliar se o efeito da modificação
na composição corporal foi devido
ao uso do CLA, do exercício, ou da combinação
dos dois fatores.
Todavia, em homens de meia idade (n=14) que apresentavam
obesidade andróide, a suplementação
de 4,2g de CLA/dia (9-cis, 11-trans e o 10-trans,
12-cis) reduziu a gordura sagital abdominal após
quatro semanas19. Porém, seria necessária
a utilização de um método mais
sensível, como a tomografia, que permite
discriminar os diferentes tecidos, especialmente
a gordura abdominal visceral da subcutânea,
para melhor avaliação do resultado. No estudo mais recente sobre o efeito do CLA na
composição corporal, o metabolismo
de 54 indivíduos obesos foi investigado em
processo de novo ganho de peso. Os autores acreditavam
que pelo fato de o CLA reduzir indiretamente a captação
de AG pelos adipócitos, pela redução
da atividade da LPL, assim como da dessaturase esteroil-CoA
(SCD), o que na verdade pode ocorrer é um
efeito bloqueador no ganho de tecido adiposo, e
não a sua redução pelo aumento
da lipólise, como se pensava até então.
Assim, primeiramente, os indivíduos (n=54)
foram submetidos a uma dieta restrita em caloria
(+900kcal) por três semanas, para que houvesse
perda de peso significativa. Posteriormente, foram
submetidos à suplementação
com CLA (1,8 ou 3,6g/dia) 9-cis, 11-trans e o 10-trans,
12-cis predominantemente, por treze semanas, verificando-se
então diminuição na recuperação
da gordura corporal pelo aumento da massa magra,
e conseqüentemente aumento no gasto energético
de repouso20.
A Tabela 1 resume os principais trabalhos com humanos
que relacionam a composição corporal
e efeitos do CLA.
Possíveis mecanismos de ação
do CLA relacionados à composição
corporal
Dentre as várias possibilidades de mecanismos
de ação do CLA, Park et al.7 verificaram
um aumento na atividade da lipase hormônio-sensível,
e conseqüentemente da lipólise em adipócitos,
acompanhado por uma maior oxidação
de AG tanto no músculo esquelético
quanto no tecido adiposo, pelo aumento também
da atividade da carnitina palmitoil-transferase
(CPT).
Os efeitos do CLA in vitro, de aumentar a lipólise
e reduzir a atividade da LPL7,21, foram posteriormente
confirmados também em camundongos6,12,15,21,
estando em concordância com aumento no gasto
energético e oxidação de lipídios
em animais. Essa ainda é a teoria predominante
quanto aos possíveis mecanismos de ação
do CLA sobre a composição corporal.
Outras teorias também têm sido propostas.
Segundo Bjorntorp22, os adipócitos da gordura
abdominal visceral de homens obesos parecem ter
maior habilidade de mobilização do
que os adipócitos da gordura subcutânea,
em resposta às catecolaminas. Assim, uma
hipótese das ações do CLA na
composição corporal seria a indução
da lipólise pelas catecolaminas, como demonstrado
por Park et al.7 in vitro, o que poderia causar
redução seletiva de gordura visceral,
e indiretamente da gordura abdominal sagital, como
verificado por Riserus et al.19. Essa teoria também
poderia, em parte, explicar um efeito diferenciado
do CLA, sendo mais pronunciado em homens obesos
(predominância de obesidade andróide)
do que em mulheres obesas (preferencialmente obesidade
ginóide). Tem sido postulado ainda que a inibição
do crescimento de células epiteliais de mamíferos
pelo CLA está associada à apoptose
(morte celular programada)23, e à redução
do número de células em culturas de
pré-adipócitos24,25. Foi também
verificado aumento de cerca de quatro vezes na incidência
de apoptose na gordura retroperitoneal em camundongos
tratados com 2% de CLA após cinco ou catorze
dias26. O possível efeito termogênico do CLA
tem sido relacionado à indução
na expressão gênica de proteínas
desacopladoras (UCPs), verificada no tecido adiposo
marrom de ratos diabéticos (ZDF)27,28. Entretanto,
ao contrário do observado em ratos, esse
efeito é pouco expressivo em humanos29. Adicionalmente, algumas evidências mostraram
que vários isômeros do CLA têm
afinidade de ligação aos receptores
de ativação e proliferação
peroxissomal (PPARs), fatores de transcrição
que controlam a betaoxidação, as vias
de transporte dos AGs, e diferenciação
de adipócitos30. Tal afinidade parece ocorrer
especialmente com o PPARa31, que está envolvido
diretamente com a manutenção da homeostase
lipídica, e possivelmente, também
com o PPARy32, que induz a expressão gênica
das isoformas das UCPs-2 tanto no músculo
esquelético quanto no tecido adiposo marrom33.
A Tabela 2 apresenta alguns mecanismos de ação
do CLA propostos em estudos de cultura de células
ou em animais, relacionados à composição
corporal. Os possíveis mecanismos de ação
do CLA relacionados à composição
corporal estão também apresentados
nas Figuras 1 e 2.
Considerações
sobre o uso do CLA e seus efeitos na composição
corporal
Em animais, já foi demonstrado
que o isômero 10-trans, 12-cis, dentre os
vários isômeros do CLA, é o
que tem maior influência em modular ações
relacionadas a mudanças na composição
corporal15. Entretanto, em humanos, ainda é
cedo para afirmar que exista um isômero com
maior efeito específico, pois, na maioria
dos estudos já conduzidos, utilizou-se uma
mistura de isômeros17 ou os dois isômeros
predominantes (9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis)
na mesma proporção18-20.
Especialmente em camundongos, o
CLA parece afetar substancialmente a composição
corporal pela redução de tecido adiposo,
porém de forma mais lenta do que em ratos13,14.
Ainda não existem comprovações
científicas de que a suplementação
com CLA reduza o peso corporal ou o índice
de massa corporal em humanos, porém algum
efeito relacionado à redução
do tecido adiposo parece ocorrer com doses acima
de 3g de CLA por dia, especialmente na região
abdominal de homens obesos, e no tecido muscular
esquelético19.
Existem alguns indícios
de que indivíduos pós-obesos, em novo
ganho de peso, sejam mais suscetíveis aos
efeitos do CLA do que os de peso estável20;
assim como homens obesos em relação
a mulheres obesas. Contudo, essas suposições
ainda são inconsistentes devido à
grande variabilidade nos delineamentos experimentais,
especialmente quanto à dose, ao tipo de isômero(s)
usado(s), e ao tempo de intervenção. Também o uso de diferentes
métodos para a avaliação da
composição corporal pode contribuir
negativamente para a comparação entre
estudos. Entretanto, segundo Riserus et al.34, a
ausência de resultados positivos do CLA em
reduzir tecido adiposo pode estar mais associada
ao número reduzido de participantes em estudos
com humanos do que a erros relacionados aos métodos
de avaliação da composição
corporal.
É importante ressaltar
ainda que alguns efeitos indesejáveis relacionados
ao uso do CLA foram encontrados tanto em estudos
com humanos quanto em animais, como aumento da resistência
à insulina11,35, aumento da glicose e insulina
de jejum35; elevação da peroxidação
lipídica34, redução da HDL-colesterol
em indivíduos com síndrome metabólica
(dislipidemia, hiper-tensão) tratados com
o isômero 10-trans, 12-cis36.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Muitas dúvidas ainda permanecem
com relação aos reais efeitos do CLA
na modificação da composição
corporal em humanos. Assim, faz-se necessário
o desenvolvimento de mais pesquisas que, entre outras
coisas, avaliem separadamente os efeitos dos dois
principais isômeros do CLA em humanos, e também
estudos incluindo medidas de atividade enzimática,
como, por exemplo, carnitina palmitoiltransferase,
lipase lipoprotéica e lipase hormônio
sensível, a fim de esclarecer os reais mecanismos
de ação do CLA, e para uma melhor
avaliação da hipótese de aumento
da lipólise e/ou redução da
lipogênese. Assim será possível
avaliar melhor os efeitos desses AGs no metabolismo
energético em humanos, para que então
possam ser usados com segurança e eficiência
nas prescrições relacionadas à
melhoria da composição corporal e
como agente anti-obesidade.
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Durante muito tempo as pessoas discutiram a chamada “zona
queima-gordura” para se referir a um umbral de intensidades no qual a
taxa de perda de gordura é prioridade e a mais alta possível. Mas isso
existe ou é um mito? Revelamos o melhor segredo para perder peso.
O ritmo
para queimar gordura é muito suave ainda que a contribuição dos
carboidratos como forma de produzir energia é muito elevada. Portanto,
você primeiro queima o estoque de carboidratos para depois atingir as
gorduras. Na medida que você aumenta a intensidade a gordura queimada do
total de calorias passa de 85% para 60% quando você se move a cerca de
65% de seu VO2 Máximo e baixa ainda mais, para 30% de gordura queimada
do total quando você atinge um ritmo de 85% de seu VO2 máximo (mais ou
menos o ritmo de competição de uma prova de 10 km).
Mas o que você
prefere: ter 85% dos bens de um homem sem posses ou 30% dos bens do
homem mais rico do mundo? É essa relação de custo benefício que você
deve ter em conta. Tenha em mente também que esses números variam de
pessoa para pessoa. Cada organismo reage de uma maneira.
Veja o
exemplo e como a queima de gordura pode ser mais efetiva, sob o ponto de
vista do maior consumo calórico, ou seja correr a 85% de seu VO2
máximo, mais rápido. Esse valor supõe que você perca 0.3 Kcal por kg e
por minuto, como pode ver na tabela (esquerda).
Exemplo
Uma pessoa de 80 kg, em 45 minutos de exercício, na intensidade de 85%, consumirá: 0.3 x 80 x 45 = 1.080 Kcal
Uma pessoa de 80 kg, em 45 minutos de exercício, na intensidade de 85%, consumirá: 0.3 x 80 x 45 = 1.080 Kcal
Já
uma pessoa, do mesmo padrão físico, a 65% de intensidade, consumirá
cerca de 0.23 kcal/kg/minuto. Portanto temos a fórmula: 45’, 0.23 x 80 x
45 = 828 Kcal totais. Em uma intensidade baixa de 25% do VO2 máximo,
por exemplo, você consumirá muito mais gordura, porém, só isso: 0.1 Kcal
por kg e minuto, ou seja, em 45’ gastará 0.1 x 80 x 45 = 360 Kcal.
Fonte: http://www.runners.es/
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