quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ácido Linoléico Conjugado e Perda de Peso


O tratamento e a prevenção da obesidade têm sido considerados uma enorme batalha para os profissionais da área de saúde. As indústrias de alimentos e de fármacos, por sua vez, têm oferecido cada vez mais uma vasta gama de novos produtos que preconizam a perda de peso. O ácido linoléico conjugado, encontrado em maiores concentrações na gordura de animais ruminantes, parece apresentar efeitos favoráveis quanto à manutenção do peso corporal. Esta revisão apresenta uma análise crítica dos dados disponíveis na literatura, que relacionam o ácido linoléico conjugado com o metabolismo energético e a composição corporal. Os estudos realizados com humanos ainda não são conclusivos, embora alguns apontem um possível aumento da lipólise e/ou redução da lipogênese, que reflete em alterações apenas na composição corporal, especialmente no tecido adiposo abdominal, mas não na perda de peso. Entretanto, as altas doses usadas nesses estudos podem implicar efeitos colaterais indesejáveis. Portanto, mais estudos são necessários para uma indicação desse ácido graxo como um agente para a melhora da composição corporal e/ou como um agente anti-obesidade.
Termos de indexação: ácido linoléico, composição corporal, obesidade, perda de peso.

INTRODUÇÃO
Muito tem sido falado sobre alimentos funcionais e seus efeitos benéficos para a saúde humana1, de forma a incentivar fortemente o uso de produtos e/ou alimentos que contenham propriedades com alegação funcional. Entretanto, muitas pesquisas ainda não são conclusivas em muitos pontos, especialmente quanto aos reais efeitos "protetores" preconizados, quanto às doses indicadas para que esses efeitos possam ser alcançados, e quanto aos possíveis efeitos adversos provenientes do uso prolongado desses produtos.
O Comitê de Alimentos e Nutrição dos EUA2 definiu alimentos funcionais como "qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contém". Ainda segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a alegação de propriedade funcional é relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, maturação e outras funções normais do organismo humano3.
O crescente aumento da prevalência de pessoas com sobrepeso tem preocupado os órgãos federais em todo o mundo, pois a obesidade já é considerada um problema de saúde pública mundial4. Assim, as novas gerações, cada vez mais preocupadas com a saúde, têm feito dos alimentos funcionais o carro mestre da indústria alimentícia1. A demanda de produtos para perda de peso é um potente estímulo para essa indústria. Em 1999, os consumidores americanos gastaram mais de 35 bilhões de dólares em produtos que preconizavam eficiência para perda de peso. Entretanto, em 2002, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos verificou que 55% de uma amostra de 300 produtos com rótulos relacionados à perda de peso eram falsos ou não apresentavam evidências científicas com relação a sua eficiência5. Assim, é necessário que mais pesquisas sejam feitas para comprovar a eficiência desses produtos de forma a garantir ao consumidor que seu uso realmente seja eficaz no combate à obesidade. O ácido linoléico conjugado (CLA), que representa um conjunto de isômeros do ácido linoléico (18:2 n-6), tem sido considerado um potente agente anti-obesidade, pelas suas possíveis propriedades moduladoras no metabolismo lipídico. Entretanto, seu efeito quanto à perda de peso ainda é controverso. Este trabalho teve como objetivo fazer uma análise crítica sobre os dados disponíveis na literatura que relacionam o CLA com o metabolismo energético, a fim de delinear as deficiências existentes nos estudos e esclarecer suas reais e/ou possíveis ações na composição corporal.
Considerações gerais sobre o ácido linoléico conjugado
O CLA se refere a uma mistura de isômeros do ácido linoléico (18:2 n-6) em que as duplas ligações são conjugadas em vez de existirem na configuração interrompida metilênica típica. É produzido no rúmen de animais pelo processo de fermentação, envolvendo a bactéria Butyrovibrio fibrisolvens, ou pela síntese via a9-dessaturase do ácido 11-trans octadecanóico. Nove isômeros diferentes do CLA foram relatados como de ocorrência natural nos alimentos, sendo que o 9-cis, 11-trans é o de maior ocorrência e é incorporado à membrana plasmática. Já o isômero 10-trans, 12-cis não é incorporado às membranas, parecendo estar mais relacionado ao metabolismo energético. O CLA é encontrado em maiores concentrações na gordura de ruminantes, como, por exemplo, carne de gado, laticínios, entre outros. Em produtos lácteos, a concentração de CLA varia de 2,9 a 8,92mg CLA/g de gordura, sendo que o isômero 9-cis, 11-trans contribui com cerca de 73% a 93% do total de isômeros do CLA nesses produtos. A gordura da carne de gado contém cerca de 3,1 a 8,5mg de CLA/g de gordura, com os isômeros 9-cis, 11-trans contribuindo com cerca de 57% a 85% do CLA total6.

CLA E COMPOSIÇÃO CORPORAL
Experimentos com animais
Vários modelos experimentais têm demonstrado que animais alimentados com CLA reduzem a gordura corporal. Evidências também sugerem que os diferentes isômeros do CLA possam apresentar efeitos variados na perda de peso e composição corporal em animais. O primeiro estudo a investigar tais efeitos foi o de Park et al.7, no qual camundongos suplementados com 0,5% de CLA (com predominância dos isômeros 9-cis, 11-trans e 10-trans, 12-cis, 1:1) exibiram diminuição de 60% da gordura corporal e aumento de 14% na massa magra, quando comparados com os controles. Verificou-se, ainda, nesse trabalho, redução na atividade da lipase lipoprotéica (LPL) em cultura de adipócitos 3T3-L1, também tratados com 0,0029% de CLA, e maior liberação de ácidos graxos (AG), possivelmente pela redução da deposição de lipídios e aumento da lipólise.
Em outro estudo, camundongos AKR/J (com forte suscetibilidade à obesidade) foram alimentados com dieta rica em lipídios com ou sem CLA a 1% (também com predominância dos isômeros 9-cis, 11-trans e 10-trans, 12-cis), por cinco semanas. Verificou-se uma redução de 50% no peso do tecido adiposo dos animais alimentados com CLA, quando comparados aos controles. Entretanto, o peso corporal final foi semelhante, sugerindo tanto aumento da massa magra, quanto redução do tecido adiposo nos animais suplementados com CLA8. Diferentes doses de CLA (0,00%, 0,25%; 0,50%; 0,75%; e 1,00%) foram testadas em camundongos por doze semanas. Verificou-se redução de tecido adiposo dos animais tratados com doses acima de 0,50% e aumento da massa magra no grupo tratado com 1,00% de CLA9.
Outros experimentos com camundongos de variedades genéticas específicas mostraram mudanças similares e positivas na composição corporal após tratamento com doses de 0,5% a 1,0% de CLA7,10,11. A redução de tecido adiposo subseqüente à alimentação com CLA em camundongos tem sido verificada em dietas com diferentes níveis de lipídios, 45,0%8,9,12 e 15,0%12 das calorias totais. Enquanto alguns trabalhos verificaram não haver mudança na quantidade total da dieta consumida por camundongos alimentados com CLA8,9, outros verificaram uma redução significativa no total de calorias consumidas após a utilização do mesmo10. O CLA parece não produzir resultados idênticos em todos os modelos animais. Ratos suplementados com 0,5% de CLA apresentaram redução modesta (15,0% a 25,0%), porém mais rápida (sete dias), do tecido adiposo13, ao passo que em camundongos essa redução pareceu ser maior (50,0% a 80,0%) porém mais lenta13,14. Ainda não é claro por que ratos são menos responsivos do que camundongos aos efeitos do CLA no tecido adiposo. Entretanto, postula-se que o decréscimo no tecido adiposo de animais tratados com CLA seja devido à redução no tamanho das células, e não no número7,10,15. De qualquer forma, já se sabe que dentre os diferentes isômeros do CLA, o 10-trans, 12-cis é o que tem maior influência sobre as mudanças na composição corporal em animais15.
Estudos com humanos
Comparados à quantidade de estudos conduzidos em modelos animais que investigaram mudanças na composição corporal, trabalhos em humanos ainda são limitados e discordantes. Porém, algumas evidências sugerem que a suplementação de CLA talvez possa gerar mudanças favoráveis na composição corporal de algumas pessoas14.
Em um estudo randomizado e duplo-cego, 80 indivíduos obesos participaram de um programa para perda de peso, com dieta hipocalórica contendo ou não CLA (2,7g/dia) e exercício físico, por seis meses. Não houve diferença na perda de peso e tecido adiposo entre os grupos, apesar de ter sido detectada uma tendência de maior ganho de massa magra e perda de tecido adiposo em alguns indivíduos no grupo tratado com CLA16. Entretanto, por estarem os indivíduos utilizando dieta hipocalórica e fazendo atividade física, torna-se difícil a interpretação dos resultados, já que tanto a dieta quanto a atividade física interferem no metabolismo energético e na composição corporal. Zambell et al.17 não verificaram mudanças na composição corporal, gasto energético, quociente respiratório e taxa de oxidação de lipídios em mulheres obesas (n=10), com gordura corporal total de 31±1,5% que receberam 3g de CLA, mistura dos vários isômeros, por 64 dias.
No estudo de Blankson et al.18, também randomizado e duplo-cego, 60 voluntários com sobrepeso ou obesidade (IMC entre 25 e 35kg/m2) receberam uma dieta com 9g/dia de óleo de oliva (grupo placebo), ou uma dieta com 1,7; 3,4; 5,1 ou 6,8g de CLA/dia, por doze semanas, sendo os isômeros predominantes o 9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis, 1:1. Verificou-se uma redução significativa no tecido adiposo dos indivíduos que receberam as doses de 3,4 (n=7) e 6,8 (n=10); e aumento da massa magra somente no grupo que recebeu 6,8g de CLA. Entretanto, como um treinamento físico foi realizado conjuntamente com o uso do CLA, e os níveis de atividade diferiram entre os grupos, também não foi possível avaliar se o efeito da modificação na composição corporal foi devido ao uso do CLA, do exercício, ou da combinação dos dois fatores.
Todavia, em homens de meia idade (n=14) que apresentavam obesidade andróide, a suplementação de 4,2g de CLA/dia (9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis) reduziu a gordura sagital abdominal após quatro semanas19. Porém, seria necessária a utilização de um método mais sensível, como a tomografia, que permite discriminar os diferentes tecidos, especialmente a gordura abdominal visceral da subcutânea, para melhor avaliação do resultado. No estudo mais recente sobre o efeito do CLA na composição corporal, o metabolismo de 54 indivíduos obesos foi investigado em processo de novo ganho de peso. Os autores acreditavam que pelo fato de o CLA reduzir indiretamente a captação de AG pelos adipócitos, pela redução da atividade da LPL, assim como da dessaturase esteroil-CoA (SCD), o que na verdade pode ocorrer é um efeito bloqueador no ganho de tecido adiposo, e não a sua redução pelo aumento da lipólise, como se pensava até então. Assim, primeiramente, os indivíduos (n=54) foram submetidos a uma dieta restrita em caloria (+900kcal) por três semanas, para que houvesse perda de peso significativa. Posteriormente, foram submetidos à suplementação com CLA (1,8 ou 3,6g/dia) 9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis predominantemente, por treze semanas, verificando-se então diminuição na recuperação da gordura corporal pelo aumento da massa magra, e conseqüentemente aumento no gasto energético de repouso20.
A Tabela 1 resume os principais trabalhos com humanos que relacionam a composição corporal e efeitos do CLA.

Possíveis mecanismos de ação do CLA relacionados à composição corporal
Dentre as várias possibilidades de mecanismos de ação do CLA, Park et al.7 verificaram um aumento na atividade da lipase hormônio-sensível, e conseqüentemente da lipólise em adipócitos, acompanhado por uma maior oxidação de AG tanto no músculo esquelético quanto no tecido adiposo, pelo aumento também da atividade da carnitina palmitoil-transferase (CPT).
Os efeitos do CLA in vitro, de aumentar a lipólise e reduzir a atividade da LPL7,21, foram posteriormente confirmados também em camundongos6,12,15,21, estando em concordância com aumento no gasto energético e oxidação de lipídios em animais. Essa ainda é a teoria predominante quanto aos possíveis mecanismos de ação do CLA sobre a composição corporal.
Outras teorias também têm sido propostas. Segundo Bjorntorp22, os adipócitos da gordura abdominal visceral de homens obesos parecem ter maior habilidade de mobilização do que os adipócitos da gordura subcutânea, em resposta às catecolaminas. Assim, uma hipótese das ações do CLA na composição corporal seria a indução da lipólise pelas catecolaminas, como demonstrado por Park et al.7 in vitro, o que poderia causar redução seletiva de gordura visceral, e indiretamente da gordura abdominal sagital, como verificado por Riserus et al.19. Essa teoria também poderia, em parte, explicar um efeito diferenciado do CLA, sendo mais pronunciado em homens obesos (predominância de obesidade andróide) do que em mulheres obesas (preferencialmente obesidade ginóide). Tem sido postulado ainda que a inibição do crescimento de células epiteliais de mamíferos pelo CLA está associada à apoptose (morte celular programada)23, e à redução do número de células em culturas de pré-adipócitos24,25. Foi também verificado aumento de cerca de quatro vezes na incidência de apoptose na gordura retroperitoneal em camundongos tratados com 2% de CLA após cinco ou catorze dias26. O possível efeito termogênico do CLA tem sido relacionado à indução na expressão gênica de proteínas desacopladoras (UCPs), verificada no tecido adiposo marrom de ratos diabéticos (ZDF)27,28. Entretanto, ao contrário do observado em ratos, esse efeito é pouco expressivo em humanos29. Adicionalmente, algumas evidências mostraram que vários isômeros do CLA têm afinidade de ligação aos receptores de ativação e proliferação peroxissomal (PPARs), fatores de transcrição que controlam a betaoxidação, as vias de transporte dos AGs, e diferenciação de adipócitos30. Tal afinidade parece ocorrer especialmente com o PPARa31, que está envolvido diretamente com a manutenção da homeostase lipídica, e possivelmente, também com o PPARy32, que induz a expressão gênica das isoformas das UCPs-2 tanto no músculo esquelético quanto no tecido adiposo marrom33.
A Tabela 2 apresenta alguns mecanismos de ação do CLA propostos em estudos de cultura de células ou em animais, relacionados à composição corporal. Os possíveis mecanismos de ação do CLA relacionados à composição corporal estão também apresentados nas Figuras 1 e 2.




Considerações sobre o uso do CLA e seus efeitos na composição corporal
Em animais, já foi demonstrado que o isômero 10-trans, 12-cis, dentre os vários isômeros do CLA, é o que tem maior influência em modular ações relacionadas a mudanças na composição corporal15. Entretanto, em humanos, ainda é cedo para afirmar que exista um isômero com maior efeito específico, pois, na maioria dos estudos já conduzidos, utilizou-se uma mistura de isômeros17 ou os dois isômeros predominantes (9-cis, 11-trans e o 10-trans, 12-cis) na mesma proporção18-20.
Especialmente em camundongos, o CLA parece afetar substancialmente a composição corporal pela redução de tecido adiposo, porém de forma mais lenta do que em ratos13,14.
Ainda não existem comprovações científicas de que a suplementação com CLA reduza o peso corporal ou o índice de massa corporal em humanos, porém algum efeito relacionado à redução do tecido adiposo parece ocorrer com doses acima de 3g de CLA por dia, especialmente na região abdominal de homens obesos, e no tecido muscular esquelético19.
Existem alguns indícios de que indivíduos pós-obesos, em novo ganho de peso, sejam mais suscetíveis aos efeitos do CLA do que os de peso estável20; assim como homens obesos em relação a mulheres obesas. Contudo, essas suposições ainda são inconsistentes devido à grande variabilidade nos delineamentos experimentais, especialmente quanto à dose, ao tipo de isômero(s) usado(s), e ao tempo de intervenção. Também o uso de diferentes métodos para a avaliação da composição corporal pode contribuir negativamente para a comparação entre estudos. Entretanto, segundo Riserus et al.34, a ausência de resultados positivos do CLA em reduzir tecido adiposo pode estar mais associada ao número reduzido de participantes em estudos com humanos do que a erros relacionados aos métodos de avaliação da composição corporal.
É importante ressaltar ainda que alguns efeitos indesejáveis relacionados ao uso do CLA foram encontrados tanto em estudos com humanos quanto em animais, como aumento da resistência à insulina11,35, aumento da glicose e insulina de jejum35; elevação da peroxidação lipídica34, redução da HDL-colesterol em indivíduos com síndrome metabólica (dislipidemia, hiper-tensão) tratados com o isômero 10-trans, 12-cis36.
CONCLUSÃO
Muitas dúvidas ainda permanecem com relação aos reais efeitos do CLA na modificação da composição corporal em humanos. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de mais pesquisas que, entre outras coisas, avaliem separadamente os efeitos dos dois principais isômeros do CLA em humanos, e também estudos incluindo medidas de atividade enzimática, como, por exemplo, carnitina palmitoiltransferase, lipase lipoprotéica e lipase hormônio sensível, a fim de esclarecer os reais mecanismos de ação do CLA, e para uma melhor avaliação da hipótese de aumento da lipólise e/ou redução da lipogênese. Assim será possível avaliar melhor os efeitos desses AGs no metabolismo energético em humanos, para que então possam ser usados com segurança e eficiência nas prescrições relacionadas à melhoria da composição corporal e como agente anti-obesidade.
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 Fonte: Publicado na Revista de Nutrição v.18 n.3 Campinas maio/jun. 2005
Durante muito tempo as pessoas discutiram a chamada “zona queima-gordura” para se referir a um umbral de intensidades no qual a taxa de perda de gordura é prioridade e a mais alta possível. Mas isso existe ou é um mito? Revelamos o melhor segredo para perder peso. 
O ritmo para queimar gordura é muito suave ainda que a contribuição dos carboidratos como forma de produzir energia é muito elevada. Portanto, você primeiro queima o estoque de carboidratos para depois atingir as gorduras. Na medida que você aumenta a intensidade a gordura queimada do total de calorias passa de 85% para 60% quando você se move a cerca de 65% de seu VO2 Máximo e baixa ainda mais, para 30% de gordura queimada do total quando você atinge um ritmo de 85% de seu VO2 máximo (mais ou menos o ritmo de competição de uma prova de 10 km).
Mas o que você prefere: ter 85% dos bens de um homem sem posses ou 30% dos bens do homem mais rico do mundo? É essa relação de custo benefício que você deve ter em conta. Tenha em mente também que esses números variam de pessoa para pessoa. Cada organismo reage de uma maneira.
Veja o exemplo e como a queima de gordura pode ser mais efetiva, sob o ponto de vista do maior consumo calórico, ou seja correr a 85% de seu VO2 máximo, mais rápido. Esse valor supõe que você perca 0.3 Kcal por kg e por minuto, como pode ver na tabela (esquerda).
Exemplo
Uma pessoa de 80 kg, em 45 minutos de exercício, na intensidade de 85%, consumirá: 0.3 x 80 x 45 = 1.080 Kcal
Já uma pessoa, do mesmo padrão físico, a 65% de intensidade, consumirá cerca de 0.23 kcal/kg/minuto. Portanto temos a fórmula: 45’, 0.23 x 80 x 45 = 828 Kcal totais. Em uma intensidade baixa de 25% do VO2 máximo, por exemplo, você consumirá muito mais gordura, porém, só isso: 0.1 Kcal por kg e minuto, ou seja, em 45’ gastará 0.1 x 80 x 45 = 360 Kcal. 
 Fonte: http://www.runners.es/

  

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