Whey protein hidrolisada na prática esportiva é uma proteína do soro do leite de vaca, muito utilizada no meio esportivo com intuito de ganho de massa muscular e definição. Mas estamos indo além: a proteína também vem sendo utilizada como complemento importante na dieta de idosos e doentes.
A proteína de mais alto valor biológico (BV de 154) disponível atualmente é a
proteína isolada do soro do leite, também conhecida como Whey Protein Isolado
(WPI). Suas cadeias curtas e peptídeos fazem com que ela fique disponível para
absorção quase que imediatamente – cerca de 10 minutos após sua ingestão. Whey Protein Isolado tem a característica de ser um suplemento de recuperação
pós-exercícios por excelência. É nessa hora crítica, depois de um estresse
físico intenso, que as células se transformam em esponjas para absorver os
nutrientes. O apetite das
células nesse momento e as propriedades da rápida bio-disponibilidade da Whey
Protein Isolado (WPI) fazem com que a recuperação e os ganhos musculares sejam
completos.
Os momentos ideais para você tomar o WPI são: logo após malhar e logo após
acordar, quando seu corpo está precisando de proteína de rápida absorção.
Ao Acordar:
Procure fazer o
seu café-da-manhã logo ao acordar. Beba um shake com WPI e sua fonte preferida
de carboidratos, o que para muitos é o pão. Carboidratos de baixo índice
glicêmico são indicados nesse momento, portanto dê uma atenção maior às fibras e
dê preferência ao pão integral.
Após Malhar:
Logo após
malhar faça um shake com WPI e carboidratos simples de rápida absorção. Boas
alternativas de carboidratos são as frutas, o mel e a
dextrose. Os carboidratos simples vão ajudar seu corpo a absorver o máximo
de WPI e melhorar ainda mais seus resultados. Assim você terá a melhor nutrição
pós-treino possível e estará transformando cada gota de suor em resultados.
Porém, o que
você precisa saber é que da mesma forma que o WPI é rapidamente absorvido, suas
concentrações na corrente sanguínea caem mais rápido do que as das outras
proteínas.
Então, outra
dica importante é fazer uma nova refeição protéica 2 horas após a ingestão do
WPI que você fez logo depois dos treinos. Nessa nova refeição, escolha proteínas
completas e carboidratos complexos. Nesses momentos, boas fontes de proteína são
WPC (whey protein concentrade – o Whey normal que você está acostumado),
albumina, frango e carnes em geral.
A proteína hidrolisada do soro do leite fornece aminoácidos importantes, sob forma de di- e tri-peptídeos, que são mais rapidamente absorvidos do que proteínas intactas, como as do próprio leite, por exemplo. Trabalhos mostram que essa proteína alcança uma concentração plasmática de insulina 28% maior, quando comparada com ingestão de proteína intacta. Lembrando que a insulina é um hormônio liberado pelo pâncreas que possui efeito anabólico, que contribui pra o ganho massa muscular associado com pratica de atividade contra resistência, especialmente no pós-exercício. Porém, alguns trabalhos mostram que essa hiperinsulinemia é mais permissiva ao ganho de massa muscular do que propriamente estimulatória, sendo o perfil de aminoácidos no sangue o efeito mais poderoso para se alcançar tal objetivo. E o que poucos livros de nutrição esportiva relatam é que a ingestão acelerada da proteína hidrolisada e/ou suplementos de aminoácidos resulta em uma menor eficiência do sistema esplânico, que abrange baço, intestino, fígado, pâncreas, etc., em sequestrar esses aminoácidos, deixando-os mais disponíveis para a musculatura. O sistema esplânico contribui com 20 à 35% do turnover de proteínas de todo o corpo. Portanto, dizer que aminoácido é aminoácido, independente da maneira como ela é administrada e do tipo, é mentira. Em relação à síntese de glicogênio muscular, trabalhos mostram que a ingestão de whey protein hidrolisado melhora a eficiência do carboidrato (ambos ingeridos juntos) após a prática esportiva, melhorando muito a recuperação do esportista ou atleta.
Consulte sempre seu Nutricionista esportivo para lhe ajudar na
escolha da whey protein, melhores horários de utilização, o que associar
com o suplemento, e claro, para ajudar a equilibrar sua dieta e obter
resultados mais consistentes.
fonte:Priscila Di Ciero-Nutricionista especialista em Nutrição Esportiva
A musculação estimula o crescimento dos músculos, mas para que isso ocorra, devemos fornecer ao organismo o “material” para esse desenvolvimento. Por um sistema chamado METABOLISMO, o organismo usa carboidratos, proteínas e gorduras para gerar energia necessária para o crescimento e manutenção da vida (catabolismo). No metabolismo, as proteínas são degradadas em aminoácidos e as células os utilizam para reparar músculos e tecidos, resultando no crescimento muscular.
Baseado nessa idéia, a lógica seria: quanto mais proteínas você
ingerisse, mais músculos seu corpo iria desenvolver. Mas não é bem assim
que acontece… O excesso de proteínas é convertido em calorias a mais que serão usadas com fonte de energia ou depósito de gordura. As pessoas que fazem um treino de força e desejam hipertrofia,
realmente necessitam de maiores quantidades de proteínas e aminoácidos,
porém necessitam também do aumento da quantidade de calorias vindas de carboidratos e lipídios,
o que geralmente não é feito. Indivíduos iniciantes nos treinos de
musculação e adolescentes também necessitam de uma maior quantidade de
proteínas.
As proteínas são peças-chave no reparo e na construção de tecido
muscular. Ao levantar pesos, você causa pequenas rupturas nas fibras
musculares e em função disso, o organismo irá buscar energia e aminoácidos para reparar essas lesões. Porém, o excesso de aminoácidos não trará benefícios,
afinal, as células musculares absorvem a quantidade exata de nutrientes
que necessitam e o que for ingerido em excesso terá outro destino.
Então, o ideal é uma dieta rica em carboidratos bons e razoável em proteínas e gorduras boas,
pois dessa forma você terá energia e força para treinar e irá
disponibilizar proteína o suficiente para os músculos serem reparados no
período de repouso.
Lembrando que as melhores fontes de proteína são as de origem animal:
carnes, aves, peixes, leite e derivados, ovos, whey protein, etc. E os
aminoácidos com benefício comprovado são: glutamina, BCAA’s, arginina e
leucina.
Consulte um nutricionista esportivo para que ele calcule suas necessidades energéticas de proteínas e suplementação.
Fonte:
ANutricionista.Com - Giovana Guido - CRN3 21630 - Nutricionista em Campo Limpo Paulista.
Referências Bibliográficas:
KLEINER, Susan M.; GREENWOOD-ROBINSON, Maggie. Nutrição para o treinamento de força. São Paulo. Editora Manole, 2002.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
LEMON, Peter W.R. Influência da Proteína Alimentar e do total de energia ingerida no aumento da força muscular. Sports Science Exchange, 1997.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
LEMON, Peter W.R. Influência da Proteína Alimentar e do total de energia ingerida no aumento da força muscular. Sports Science Exchange, 1997.
Sistema Imunológico
O sistema imunológico protege nosso corpo dos organismos invasores
que podem causar doenças e outros problemas de saúde. O organismo sem
proteção adequada torna-se muito suscetível a depressões imunológicas,
prejudicando a evolução do atleta e obtenção de resultados.
As defesas naturais de nosso organismo ficam debilitadas após
exercícios intensos que durem mais do que uma hora. Após os treinos, o
número de linfócitos (células brancas) cai, tornando o corpo humano mais
suscetível a vírus e outros parasitas. Essa debilitação temporária
chama-se “janela aberta” do sistema imune. Esse nome sugere que os
micro-organismos podem invadir o corpo e provocar infecções nas próximas
quatro horas até três dias, de acordo com a intensidade e duração do
exercício e o tipo de nutrição que o atleta faz. Se você tem um programa
de treinos pesado e intenso, com certeza já teve aquela sensação de
“estou me sentindo meio fraco hoje” ou “meu corpo está meio estranho,
deu uma moleza” ou a garganta raspar, o nariz escorrer, como se o início
de um resfriado estivesse aparecendo. É normal sentir esses sintomas
nas horas subsequentes aos treinos, é sinal de que seu organismo pode
estar sendo invadido por micro-organismos do ambiente. Se o indivíduo realiza dois ou mais períodos de exercícios no mesmo
dia, o estresse induzido pelo segundo é muito maior do que o causado
pelo primeiro. O ideal é que os atletas aumentem o máximo possível o
tempo de intervalo entre os dois treinos. Mas, melhor ainda, seria ter 1
período de treino ao dia, para que o corpo possa ter mais do que 20
horas para se recuperar.
Os estudos tem mostrado que muitos nutrientes aceleram o processo de
fechamento da “janela aberta” que expõe o organismo à contaminação. São
eles:
1- CARBOIDRATOS:
A suplementação de
carboidratos durante exercícios muito intensos e que durem mais que 1
hora e meia ajuda a bloquear as alterações no sistema imune. Quanto
maior a depleção de glicogênio nos músculos, maiores serão os desgastes
ao corpo, então, para evitar depletar seu glicogênio ao extremo, use
suplementação de carboidrato em forma de gel ou líquido em treinos mais
longos. Se o treino for menor que 1 hora e ½, consuma fontes de carbo de
digestão rápida logo após o término do exercício;
2- PROTEÍNAS:
Uma dieta rica em proteínas ao
longo do dia e uma suplementação desse nutriente pré e pós-treino irá
garantir o bom funcionamento do sistema imune com produção adequada de
anticorpos e outras substâncias de defesa. Quem tem ingestão inadequada
de proteínas ao longo do tempo, irá adquirir uma desnutrição proteica,
podendo ser leve, moderada ou grave, o que irá debilitar o corpo como um
todo, retardando a recuperação e favorecendo doenças. O consumo
adequado de proteína também acelera o processo de recuperação das fibras
musculares, cortando efeitos nocivos à saúde;
3- GLUTAMINA:
Esse aminoácido é um combustível
importante para o crescimento dos linfócitos. Como os níveis de
glutamina no sangue diminuem durante o exercício, é importante sua
reposição durante o repouso. O ideal é o consumo de 10g diários
(quantidades menores não tem tanto efeito) e pode ser consumida no
pós-treino ou antes de dormir. Não compre glutamina em cápsulas, afinal,
a quantidade de 10g diários dificilmente serão atingidas, pois somente
com essa dose, você conseguirá reposição muscular e de células do
sistema imune;
4- ANTIOXIDANTES:
Morango
kiwi
Romã
Atletas que recebem vitamina
C, zinco, selênio e vitamina E apresentam menos episódios de infecções e
se por acaso estes ocorrem, não são gripes e/ou dor de garganta tão
fortes. Esses antioxidantes podem ser consumidos em cápsulas ou em pó
com sabor (manipulado) no pré ou pós-treino. Pós-treino seria a melhor
indicação, afinal, a absorção e aproveitamento é melhor. Consumir
diariamente. A dosagem de vitamina C deverá ser dividida em 2 períodos
do dia, afinal, o corpo não consegue metabolizar mais do que 500mg por
vez;
5- ÓLEO DE PEIXE: As gorduras ricas em ômega 3,
como por exemplo o óleo de peixe, inibem a produção de prostaglandina
(uma substância inflamatória) durante o exercício, diminuindo assim, os
efeitos nocivos dos treinos intensos ao sistema imune. O ômega 3 também
irá auxiliar a diminuir a inflamação causada às fibras musculares
originadas durante os treinos. Isso acontece devido às propriedades
anti-inflamatórias do ômega 3.
Então, o recomendado é que você inclua todos esses itens em seu
cardápio diariamente, pois assim, além de treinar pesado à vontade, seu
corpo estará protegido e blindado contra organismos nocivos à sua saúde,
afinal, sem saúde, ninguém treina!
Referências Bibliográficas:
MAUGHAN, Ronald J.; BURKE, Louise M. Nutrição esportiva. Editora Artmed, 2004.
KLEINER, Susan M.; GREENWOOD-ROBINSON, Maggie. Nutrição para o treinamento de força. São Paulo. Editora Manole, 2002.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
Fonte:
ANutricionista.Com - Giovana Guido - CRN3 21630 - Nutricionista em Campo Limpo Paulista.KLEINER, Susan M.; GREENWOOD-ROBINSON, Maggie. Nutrição para o treinamento de força. São Paulo. Editora Manole, 2002.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
postado: luciano sousa
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