Atualmente, podemos citar duas formas mais utilizadas para mensurar a força muscular e consequentemente indicar desequilíbrio muscular, são eles: Teste de 1 repetição máxima (1RM) e a Dinamômetria Isocinética.
Uma possível alternativa para avaliação
de forca e o teste de uma repetição máxima (1-RM), que e o mais
utilizado para avaliação da forca dinâmica, uma vez que e um método
pratico, de baixo custo e aparentemente seguro para a maioria das
populações (DIAS et al., 2005; VERDIJK et al., 2009). Uma repetição
máxima refere-se a carga máxima levantada uma única vez e de forma
correta, durante a realização de um exercício padronizado de
levantamento de peso (McARDLEet al., 1996; QUEIROGA, 2005).
Para identificar o pico de
torque por meio do teste de 1 RM se faz o calculo por: Levando em
consideração que a perna pesa 6,1% da massa corporal total, é calculada.
Para realizar a correção da gravidade, o valor do peso da perna é subtraído no banco flexor e adicionado no banco extensor. Logo após, os
valores encontrados foram multiplicados por 9,8m/s2 (valor
correspondente a aceleração da gravidade), transformando assim a carga
do exercício em peso. Esse peso, por sua vez, foi multiplicado pelo
comprimento da tibia, fornecendo assim a informação do torque. O torque
encontrado foi dividido pelo peso do indivíduo, a fim de se encontrar
valores comparáveis entre os participantes. A razão agônista/antagonista
foi calculada dividindo o torque flexor pelo torque extensor, sendo o
resultado multiplicado por 100 (WINTER, 1990).
A comparação bilateral precisa é
provavelmente uma das facetas que mais distingue a dinamômetria
isocinética das demais avaliações, esta, tem como função, avaliar por
meio de um Dinamômetro Isocinético a força muscular a
uma velocidade angular continua, e tem um papel médico-legal
especifico. Isso deriva da sensibilidade do aparelho, que é muito
superior á habilidade humana. Utilizando o torque máximo mensurado por
tal avaliação, podemos identificar o desequilíbrio muscular da articulação envolvida (DVIR, 2002).
Para mensurar o desequilíbrio muscular
no joelho, é necessário a divisão do torque máximo de flexores pelos
extensores e multiplicado por 100.
FORMULA: EXTENSORES : FLEXORES
100
EX: 40kg : 60kg = 66,66 %
100
Para ser considerado um equilíbrio
muscular em relação à força, o resultado deve estar entre 60 a 70%,
sendo que valores abaixo de 60% significarão um desequilíbrio de
flexores mais fracos e caso o valor fique acima de 70% demonstra um
desequilíbrio de extensores (PAIXÃO, et al. 2004).
Atleta: Landu (2007- Clube de Regatas Vasco da Gama)Fisiologista Luciano Sousa 2007.
Em estudo feito por Sapega (1990), foi estabelecido parâmetros para identificar desequilíbrio muscular entre os membros, onde foram divididos em indivíduos saudáveis em três pontos:
Em estudo feito por Sapega (1990), foi estabelecido parâmetros para identificar desequilíbrio muscular entre os membros, onde foram divididos em indivíduos saudáveis em três pontos:
- Diferença em até 10% pode ser considerado normal;
- O desequilíbrio entre 11 e 20% é possivelmente anormal;
- Desequilíbrio em mais de 20% é provavelmente anormal.
Segundo o autor referido
acima , quando desequilíbrios superam os 20%, é indicado que o indivíduo
seja afastado das atividades físicas, a fim, de prevenção de lesão. Já
em casos de ocorrência de lesão, após tratamento, sendo cirúrgico ou
não, o retorno a atividades leves pode ser liberado a partir do déficit
de 30% ou inferior, e de atividades extenuantes de 20% ou inferior.
FONTE:http://cienciadotreinamento.com.br/mensurar-desequilibrio-muscular/
Abaixo vejam o video da dinamômetria isocinética feita por Danilo Luiz
Fambrini em um dos voluntarios de seu artigo de pós graduação.
PRIORIZAR UM GRUPAMENTO MUSCULAR DURANTE O GESTO BIOMECÂNICO,LEVA AO DESEQUILÍBRIO MUSCULAR
Os desequilíbrios musculares tornaram-se grande alvo de estudos e
discussões dentro da Medicina Desportiva, como prováveis responsáveis
pelo alto índice de lesões entre os atletas. Porém, boa parte dos
estudos que se propõem a discutir o assunto não apresentam fundamentação
científica (Klee et al, 2004).
Sabe-se que a estabilidade corporal, responsável pelo alinhamento do
corpo, é diretamente ligada ao controle do Sistema Nervoso Central
(SNC), pelo feedback sensorial das estruturas osteo ligamentares e pelo
controle da musculatura ativa. Logo, qualquer disfunção em um desses
fatores vai promover instabilidade, a qual será compensada pelo corpo de
alguma forma. Uma dessas formas é causando um desequilíbrio entre
músculos (Liebenson & Lardner, 1999). De modo que os músculos que
são mais utilizados, seja em tarefas do dia-a-dia, seja por práticas
esportivas, tornam-se mais fortes e mais encurtados. Por conseqüência,
ocorre um enfraquecimento e estiramento dos músculos antagonistas
(Christensen, 2000)
.
O desequilíbrio muscular pode ser explicado pela diferença de força e
flexibilidade entre grupos musculares que atuam sobre uma mesma
articulação, isto é, ocorre quando determinado grupo muscular
apresenta-se mais forte e/ou mais tensionado do que seu respectivo
antagonista (Kollmitzer et al, 2000; Klee et al, 2004; Liebenson & Lardner, 1999).
O desequilíbrio pode ser fator causador ou estar associado a diversos
fatores, como: uso inadequado, repetição excessiva, má postura, postura
antálgica, patologias articulares, patologias musculares, contraturas
ou aderências, déficits neurológicos, desuso ou atrofia, prática
indiscriminada de atividades esportivas, dentre outras (Stokes, 2000).
Como fator causador, os desequilíbrios ocorrem, basicamente, pela
promoção de um desalinhamento postural por alterar o posicionamento das
estruturas ósseas ao aproximar origem e inserção (encurtamentos); ou
promover sobrecargas excessivas em determinadas articulações ou parte
delas, ligamentos e outras estruturas, podendo causar lesões agudas ou
crônico-degenerativas (Kendall, 1995).
Como fator secundário, pode ocorrer como conseqüência de uma lesão
inicial. Nesse caso, destacam-se as lesões traumáticas e as neurológicas
que podem facilitar ou inibir as contrações musculares de determinados
músculos, como, por exemplo, é o caso da espasticidade que atinge grupos
musculares predominantes, inibindo a reação de seus antagonistas
(Stokes, 2000)
.
Alguns grupos musculares apresentam uma predisposição natural ao
encurtamento. Embora não exista uma explicação para isso, acredita-se
que exista correlação com a posição fetal. Dentre os músculos que
sabidamente tendem ao encurtamento, destaca-se: eretores espinhais,
quadrado lombar, tensor da fáscia lata, piriforme, retofemural,
gastrocnêmio e sóleo, peitoral maior, trapézio superior, elevador da
escápula, esternocleidomastóideos, e escalenos; enquanto seus
antagonistas diretos tendem ao estiramento (Stokes, 2000).
O processo de instalação de um desequilíbrio muscular, normalmente, não é perceptível ao indivíduo até que suas conseqüências comecem a se manifestar, normalmente em forma de quadros álgicos e/ou deformidades. E, levando-se em consideração o complexo de cadeias musculares que compõem o corpo humano, o processo será seguido de uma série de compensações locais e a distância, transformando o problema inicial em complexo processo de reabilitação postural (Moraes, 2002).
O processo de instalação de um desequilíbrio muscular, normalmente, não é perceptível ao indivíduo até que suas conseqüências comecem a se manifestar, normalmente em forma de quadros álgicos e/ou deformidades. E, levando-se em consideração o complexo de cadeias musculares que compõem o corpo humano, o processo será seguido de uma série de compensações locais e a distância, transformando o problema inicial em complexo processo de reabilitação postural (Moraes, 2002).
De forma simplificada, pode-se dizer que o tratamento dos
desequilíbrios consiste em promover um reequilíbrio das cadeias
musculares alongando o que está encurtado e fortalecendo o que está
fraco. Vale ressaltar, porém, que o equilíbrio fisiológico de forças não
é necessariamente o mesmo valor entre os grupos musculares. Por
exemplo, é considerado um sistema em equilíbrio quando os isquiotibiais
apresentam cerca de 70% da força do quadríceps (Kollmitzer et al, 2000; Kolyniak et al, 2004).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. CHRISTENSEN, Kim. Manual Muscule Testin and Postural Imbalance. Dynamic Chiropratic. v.18. issue 24, 15 nov 2000;
2. KENDALL, PF; McCREARY, EK; PROVANCE, PG. Músculos: Provas e Funções. 4ª ed. São Paulo: Manole, 1995;
3. KLEE, A; JOLLENBECK, T; WIEMANN, K. Correlation Between Muscular Function and Posture – Lowering The Degree of Pelvic Inclination with Exercise. International Society of Biomechanics in Sports. Oct, 2004
4. LIEBENSON, Craig; LARDNER, Robert. Identification and Treatment of Muscular Chains. Dynamic Chiropratic. V.17, issue 18. 23 aug 1999;
5. MORAES, Luci Fabiane Scheffer. Os Princípios das Cadeias
Musculares na Avaliação dos Desconfortos Corporais e Constrangimentos
Posturais em Motoristas do Transporte Coletivo. Universidade Federal de Santa Catarina [dissertação de Mestrado]. Florianópolis, 2002;
6. STOKES, Maria. Neurologia Para Fisioterapeutas. São Paulo: Editora Premier, 2000;
FONTE:
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