terça-feira, 11 de março de 2014

Distensão e Contratura ou estiramento muscular

Uma distensão ou estiramento muscular, caracteriza-se por um rompimento parcial ou completo de fibras ou feixes musculares, resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo em questão. Junto com os feixes, são rompidos também capilares sanguíneos, resultando numa infiltração de sangue no local da lesão, formando posteriormente um coágulo. Em casos graves, onde muitos feixes são rompidos, o músculo pode sofrer uma ruptura muscular. As distensões são mais facilmente reconhecidas que as contraturas musculares, uma vez que a dor causada pela ruptura dos feixes é imediata, impossibilitando a continuidade do exercício.

 2010-10-02 pulled hamstring.jpg 

Diagnóstico

O diagnóstico imediato é simples devido aos sintomas singulares, porém o nível da lesão só pode ser mensurado com exatidão através de uma ultrassom de partes moles, onde os coágulos serão identificados. Outra forma de diagnóstico é o exame sanguíneo, onde os níveis da enzima CPK (creatinofosfoquinase) indicarão se há ou não uma lesão não identificada pelos outros métodos.

Tratamento

No caso de distensões musculares, recomenda-se procurar um ortopedista ou médico do esporte imediatamente após o ocorrido. Porém, como medida emergencial depois da lesão, gelo deve ser aplicado por cerca de 15 minutos, a fim de se evitar que a lesão tome maiores proporções com uma maior infiltração de sangue no músculo afetado.
O tratamento será inicialmente feito com medicamentos para dissolver os coágulos no músculo e cicatrizar suas fibras. O mesmo segue com fisioterapia, onde terapêuticas com ultrassom e laser são combinadas com alongamentos específicos visando recuperar as funções do músculo machucado. Yoga, pilates ou musculação são utilizados posteriormente para promover o fortalecimento do músculo afetado, evitando novas lesões.
O retorno à prática esportiva é mais lento que nos casos de contratura, variando amplamente com o nível da lesão, e deve ser feito com bastante cautela.

 Contratura muscular
Uma contratura muscular ocorre quando o músculo se contrai de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento, em resposta a uma sobrecarga de esforço continuado exercido sobre um músculo ou tendão, e ao qual os mesmos não estão acostumados. Na prática, esse encurtamento se dá pelo acúmulo de ácido lático, decorrente da respiração anaeróbia realizada pelas células musculares em esforço intenso.

Tratamento

Recomenda-se aplicar, logo após a lesão e nas primeiras 72 horas, gelo por cerca de 20 minutos e três vezes ao dia. Após as 72 horas iniciais, iniciar a aplicação de compressas quentes de maneira similar às de gelo só que por cerca de cinco dias, ou até desaparecerem os sintomas.
Concomitantemente às compressas quentes, pode-se aplicar antinflamatórios tópicos e realizar alongamentos cuidadosos e de baixa intensidade na musculatura afetada de acordo com orientações médicas. Atividades físicas só devem ser retomadas cerca de duas semanas após o desaparecimento dos sintomas, ou conforme critério médico.



Estiramentos Grau I,II e III

Resultado de imagem para estiramento de grau 1


Estiramento de grau I
Algumas fibras musculares ou tendíneas são estiradas ou rompidas. O movimento ativo produz certa sensibilidade e dor. O movimento é doloroso, mas, em geral, é possível a amplitude de movimento total (poucas fibras são estiradas ou rompidas).O paciente queixa-se de sensibilidade dolorosa nos músculos posteriores da coxa, mínimo de edema e dor à palpação são previstos. Este paciente apresenta ciclo normal da marcha. A amplitude na flexão do quadril é normal. A flexão resistida do joelho e a extensão do quadril com o joelho estendido são, em geral indolores ou produzem sensação de tensão razoável.

Estiramento de grau II
Resultado de imagem para estiramento de grau 1

Um número moderado de fibras são estiradas ou rompidas. A contração ativa do músculo é extremamente dolorosa. Em geral, há uma depressão palpável no ventre muscular. Pode-se ouvir um “estalido”. Presença de edema devido à hemorragia capilar. A palpação produz dor de moderada à forte. Observa ciclo anormal da marcha e o paciente não consegue tocar o calcanhar no solo. Limitação funcional pra flexionar o quadril e o joelho. O paciente tende a deambular com os joelhos flexionados. Apresenta também enfraquecimento para flexão e extensão resistida.

Estiramento de grau III
Estiramento grau III: Rompimento total das fibras musculares. Perda total de movimento. A dor é intensa no início, mas diminui com rapidez, devido à completa separação das fibras nervosas. Paciente relata ter ouvido um “estalido”. Este paciente é incapaz de deambular sem muletas. Apresenta força moderada na extensão resistida do quadril com o joelho flexionado, devido ao glúteo máximo. A resistência geralmente provoca dor.
MECANISMO DE LESÃO
Algumas teorias indicam a possibilidade de os isquiotibiais virem a sofrer estiramento, dentre os quais, destaco: Desequilíbrio com o quadríceps, fadiga, postura na corrida, discrepância de comprimento de membros inferiores, diminuição da amplitude de movimento, desequilíbrio entre os músculos isquiotibiais medial e lateral, porém é a contração rápida e explosiva, que fundamentalmente, proporciona o surgimento da lesão. Estudos apontam ainda, para o fato de que o semitendinoso, o semimembranoso e a cabeça longa do bíceps femoral serem inervados pelo ramo tibial do nervo ciático, enquanto a cabeça curta do bíceps da coxa é inervada pelo ramo fibular do nervo ciático. Isto é de fundamental importância e faz da cabeça curta do bíceps um músculo completamente distinto dos demais.
Vemos também que os estiramentos do semimembranoso e do semitendinoso podem ocorrer durante a desaceleração da corrida, enquanto os estiramentos da parte lateral inferior do bíceps da coxa ocorrem no desprendimento do pé ou de impulso da corrida.
TRATAMENTO
Após tratamento inicial na fase aguda da lesão, com gelo, repouso, elevação, uso de antiinflamatórios, ultra-som pulsátil, TENS e laser, inicia-se a recuperação do movimento ativo, com carga que não produza dor. Alternar exercício em cadeia cinética aberta para exercício multiarticular em cadeia fechada, com 30s de repouso mostrou facilitar a rápida recuperação e retorno antecipado à atividade. Observar, a inclusão dos exercícios de alongamentos, fundamentais na recuperação da lesão. O alongamento deve ser seguido pelos exercícios indolores de fortalecimento, na seguinte seqüência: joelho de estendido para flexionado para os estiramentos médios ou altos do semimembranoso e do semitendinoso, e de flexionado para estendido, para os estiramentos do bíceps inferior e lateral. Após a fase inicial, utilizamos, calor para aumentar a vasodilatação na área lesionada, facilitando o aporte de nutrientes, células de defesa e fibroblastos (para o processo de cicatrização). Com isso, pode-se usar: ultra-som contínuo, compressas quentes e até mesmo Ondas curtas (se a área for muito extensa), associando sempre aos exercícios de fortalecimento e condicionamento.
A evolução do tratamento deve obedecer a uma avaliação diária da dor, amplitude do movimento, força muscular e a sensação subjetiva do paciente. Procura-se sempre que possível intercalar as sessões de fortalecimento com as de condicionamento aeróbico, seguidos pelas atividades de alongamentos. Lembrar-se de incluir também os exercícios isométricos (sem movimento, só a contração do músculo), do quadríceps e dos isquiotibiais (posteriores de coxa), utilizando carga adequada ao paciente e à fase da lesão. Pode-se utilizar também, modalidades elétricas que produza contrações musculares, para estimular a amplitude do movimento e, conseqüentemente, diminuir a dor e o espasmo muscular. Sobre os exercícios de fortalecimento, entendo que estes devem priorizar os músculos envolvidos na lesão: isquiotibiais, sem deixar de se preocupar com os antagonistas: quadríceps, e os estabilizadores laterais e mediais: adutores, abdutores e rotadores.
À medida que o tratamento avança, incluir os exercícios de propriocepção: refere-se à percepção consciente e inconsciente do posicionamento articular. Dentre os proprioceptores destacamos: os mecanorreceptores articulares: corpúsculo de Pacini, corpúsculos de Meissner e terminações nervosas livres. Estes estão localizados nas articulações e são responsáveis por fornecerem informações proprioceptivas quanto ao posicionamento articular. Verifica-se, também, os mecanorreceptores tenomusculares: os fusos musculares, presentes nos músculos que detectam alterações no comprimento e na velocidade do músculo. Os órgãos tendinosos de Golgi (OTG), localizados no tendão e na junção tendão-músculo, detectam o nível de tensão muscular. Ao menor sinal, protegem a unidade músculo-tendão quanto ao excesso de tensão que podem provocar danos. Estes proprioceptores é que levam informação da periferia para o córtex cerebral, produzindo resposta eferente motora de: alívio da dor, controle de movimento, resposta funcional eficaz, etc. Incluir exercícios de: estabilização dinâmica, requer a antecipação e a reação às cargas articulares, obtém-se colocando a articulação em situações vulneráveis, nas quais o equilíbrio dinâmico é estabelecido em situações controladas. Os exercícios de equilíbrio (giroplano, cama elástica, pedalinho, balancinho, caixa de areia etc.) e os exercícios pliométricos (saltos com obstáculos e em profundidade), são bastante adequados.
Após esta seqüência, utilizar os exercícios de recuperação funcional que têm como objetivo retornar o atleta ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de nova lesão. Devem induzir “perturbações” articulares inesperadas, deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc. O paciente com estiramento grau I pode continuar suas atividades normais, mas sendo observado para não agravar a lesão e adotando procedimentos fisioterapeuticos. O paciente com estiramento grau II requer 5 a 21 dias de recuperação e nas lesões grau III de 3 a 12 semanas. Em todos os casos, a alta do paciente será determinada se os exercícios pliométricos e as atividades funcionais forem realizadas sem dor.
fonte: Wikipédia
fotos: Google imagens


  

Contato: 
Email: lucianofisiol@gmail.com
        Facebook: luciano sousa lucianosousa

A importancia da Biomecânica correta na musculação

                                 
É importante  e essencial para o organismo, que os músculos devem ser  trabalhados e estimulados para que se fortaleçam, cresçam e regenerem. Afinal, ao  passar dos 30 anos principalmente ha uma perca de massa muscular naturalmente, a fase de sarco penia (perda de massa muscular), os exercícios diários retarda essa perda que em muitos casos é gritante, ''treinamento é uma fonte de alimento para o nosso corpo''. descreve o fisiologista Luciano Sousa.


BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE

Na musculação você apresenta diversos benefícios aos seus alunos, justamente por trabalhar com os músculos e estimular seu crescimento e força. Além dos benefícios estéticos buscados pelos praticantes de musculação, a modalidade apresenta um ganho na saúde. “controle da pressão arterial, queda de glicose nos diabéticos, melhora autoestima, previne certas doenças da obesidade, além da melhora do perfil lipídico, da percepção da qualidade de vida, dos aspectos emocionais, da força muscular, entre outros são apresentados em estudos que envolvem o treino de força muscular”.

Para auxiliar ainda mais no seu programa  de  treino correto e eficaz, o professor  de Educação Física deve ter conhecimentos de anatomia, fisiologias humana e do exercício, biomecânica e primeiros socorros, o aluno não é exclusivamente biológico, é influenciado por aspectos psicológico, sociais, culturais, espirituais...., '' um treino de qualidade não deve ser comparado como uma receita de bolo" o professor não deve ser  um mero reprodutor de “receitas”.

BIOMECÂNICA 

Os conhecimentos em biomecânica, ou seja, noções de física (mecânica) aplicadas no funcionamento do corpo humano, são inclusive bastante úteis para criar treinamentos que sejam benéficos ao corpo e que consigam trabalhar suas estruturas de forma mais apropriada a alcançar os objetivos desejados sem correr riscos de criar lesões.

o conhecimentos de biomecânica ajudam no entendimento da mecânica articular, na participação dos músculos no exercício, nos mecanismos de lesão relacionados à prática de atividade física, nos procedimentos de reabilitação e no sequenciamento dos exercícios. 




O MELHOR TREINAMENTO


Na hora de prescrever um treinamento de musculação, deve prestar atenção que os biomateriais preservados são considerados por sobrecarga, assim, a ordem dos exercícios faz pouca diferença, sendo o ponto crucial o conjunto de movimentos selecionados para cada aluno. “O conjunto pode ter maior ou menor carga e, se o aluno for bem treinado, suporta bem; mas se ele estiver mal treinado ou lesionado, pode ser fatal e a preservação da articulação e do tecido biológico, a escolha do exerci cicio biomecânica mente adequado do exercício é ponto crucial para um bom treino.

Trabalhar com exercícios com amplitude máxima é desejável na musculação, uma vez que alguns quadrantes musculares só trabalham em funções extremas. Mais  que sejam aplicados em alunos treinados e avançados. Alunos novos durante a execução não saia do arco natural da articulação, colocando em hiper extensão ou em meio arco, porque este ângulo nem sempre protege o indivíduo de forma efetiva. Essa pressão articular forte, pode futuramente vir acompanhada de de dores locais, primeiro trabalha se a resistência muscular, o alinhamento de fibra muscular e coordenação motora é um bom começo, após 6 semanas  esse programa já pode ser alterado, dentro das condições individuais de seu aluno. Com o ganho de força, naturalmente a performance é adquirida e as cargas, forma de executar  e treinamentos são alterados. Sempre buscando o perfil escolhido  do seu aluno. A escolha do treino de musculação variam conforme o sexo, a idade e, principalmente, as características de cada indivíduo. O sedentarismo torna o sua características individuais,cruel e  um  riscos de adquirir lesões. Os seres humanos têm concentrações distintas de hormônios que facilitam o aumento de força e massa muscular, gordura corporal e alteram o comportamento e eles sofrem com a influência da idade. Dessa forma, os exercícios, a intensidade, o volume, os métodos e a periodização devem ser adequados a essas características.

INTENSIDADE


Indica a carga média absoluta movimentada em cada repetição du­rante a sessão de treino. Para melhor quantificar a carga, ela deverá ser expressa como a percentagem da carga máxima que um indivíduo pode levantar uma vez mas que já não consegue levantar na vez seguinte ­uma repetição máxima (lRM). E é assim que, por exemplo, o maior peso que o indivíduo consegue movimentar 5 vezes mas que já não con­segue movimentar pela sexta vez é chamado (5RM).
Vejamos um exemplo: RM = 100 Kg
O atleta executa 3 séries com apenas 5 repetições e com uma carga igual a 80 Kg
Intensidade = 80 / 100 = 80% RM ou Intensidade = 80 Kg.

Volume do exercício

Indica a quantidade de trabalho realizado durante os exercícios de levantamento. O trabalho realizado depende da força aplicada e da dis­tância a que a carga é movimentada.
Trabalho = força x distância
O volume pode ser calculado ou pelo número de repetições efectuadas durante um período de treino (uma sessão de treino, uma semana, etc.) ou através do produto resultante do número de repetições efectua­das pela carga usada em cada uma delas. O volume depende então de:
  • Carga usada em cada repetição
  • Número de repetições por série
  • Número de séries e
  • Número de sessões de treino por semana.
Continuando o exemplo anterior, teremos:
3 série x (5 repetições/série) x (80Kg/repetição) = 1200Kg/sessão 1200Kg x (3 sessões/semana) = 3600Kg/semana.
Um grande volume do exercício, utilizando intensidades moderadas, (70%-80% de 1RM) ou elevadas (85%-90% de 1RM), origina hipertrofia muscular e é um esquema utilizado pelos atletas de culturismo, por exemplo.

Número de séries

Geralmente varia entre 3 e 6 séries por cada sessão de treino, mas inicialmente e durante as primeiras 6 a 10 semanas, 1 a 2 séries será provavelmente o mais adequado para aqueles que se iniciam nesta acti­vidade, pois permite não só melhorar progressivamente o estado de treino como também evitar o aparecimento das tão desagradáveis dores mus­culares. Posteriormente será mais adequado utilizar várias séries na mes­ma sessão, já que são mais eficazes para o desenvolvimento de força, de endurance e de potência muscular.

Número de repetições por série

O número de repetições máximas efetuadas por série irá influenciar o tipo de desenvolvimento muscular. Sabe-se que poucas repetições e série (2 a 6) origina ganhos principalmente na força muscular máxima. A medida que se eleva o número de repetições vai havendo um aumento progressivo no desenvolvimento da endurance muscular, com diminuição progressiva no ganho em força. Um atleta que realize 10 ou mais repetições por série estará a privilegiar o treino de resistência muscular. Parece, no entanto, que um treino contínuo com cargas extremamente elevadas (IRM, por exemplo) induz um menor ganho em força do que um treino com 4 a 6 repetições máximas por série.

Frequência

Refere-se ao número de sessões por semana e depende em alguma medida da experiência prévia do indivíduo, bem como da leitura que ele faz do seu corpo. Considera-se que 3 sessões semanais para cada grupo muscular são suficientes, intercaladas por períodos adequados de repouso. Todavia, este valor poderá ser exagerado por aqueles que se iniciam nesta prática, o que faz com que haja dores musculares e fadiga aquando da nova sessão de treino. Nestes casos é aconselhável diminuir o número de sessões, principalmente nas primeiras semanas. Por outro lado, atletas bem treinados e experimentados, como por exemplo os hal­terofilistas, os atletas do culturismo, poderão suportar 6 sessões por se­mana. O que eles habitualmente fazem é adoptar exercícios diferentes para o mesmo grupo muscular ou, então, treinar diferentes grupos mus­culares em cada dia de treino.

Períodos de repouso

Os períodos de repouso dependem do esforço efetuado, mas no ca­so concreto do treino muscular a duração do período de repouso depende da finalidade a atingir. Se se pretende um treino cardiovascular, de características aeróbicas, para além de se adoptarem várias repetições com cargas baixas (40%-60% de IRM), os períodos de repouso deve­rão ser sempre inferiores a 30 segundos, para que durante os mesmos a frequência cardíaca não baixe demasiado. Mas se o treino se destina a desenvolverendurance muscular dever-se-á usar cargas moderadas, 70%-80% de IRM, várias repetições por série e períodos de repouso entre as séries inferiores a um minuto. Neste tipo de exercício, de ca­racterísticas anaeróbicas, formam-se grandes quantidades de ácido lác­tico. Finalmente, se se pretende desenvolver uma força máxima, para além de se utilizar cargas elevadas, 85%-90% de IRM, em séries com poucas repetições, dever-se-á adoptar períodos de repouso com dura­ção igual a 2-3 minutos, pois os estudos referem ser o tempo necessário para a reposição dos stocks fosforados.

Exercício de resistência progressiva

Este conceito é de primordial importância, porquanto permite uma adaptação progressiva ao esforço, ao mesmo tempo que previne o aparecimento de situações incapacitantes. Ele adopta um aumento progres­sivo na intensidade e no volume do exercício e baseia-se no princípio da sobrecarga, o qual refere que para haver ganhos na força e potência o músculo deverá ser sobrecarregado de modo a realizar trabalho pró­ximo das suas capacidades máximas. Se a intensidade é prescrita como uma percentagem de IRM dever-se-á, periodicamente, determinar o valor deste RM, para que haja uma permanente actualização das cargas a uti­lizar durante o exercício, porquanto à medida que a força/potência au­menta também a RM aumenta. Como seria de esperar, os iniciadores nesta prática desportiva deverão começar com programas que incluam intensidades e volumes mais baixos e, progressivamente, ir aumentan­do aquelas variáveis, à medida que a sua força também aumenta.

Amplitude do movimento

Os exercícios de tonificação muscular deverão ser efetuados ao longo de toda a amplitude do movimento permitido pelas articulações e pela posição do corpo envolvida no exercício. Deste modo assegura-se que os ganhos em força/potência aconteçam em todos os ângulos articulares e evita-se que a flexibilidade seja afetada de um modo negativo. Em relação à flexibilidade há autores que referem que o treino de força não tem influência sobre a mesma desde que o treino seja efetuado ao longo de toda a amplitude articular e desde que o treino incida quer nos músculos agonistas quer nos antagonistas da articulação em causa. Se eventualmente o treino é efectuado estaticamente num determi­nado ângulo articular, o ganho em força apenas acontecerá numa am­plitude angular muito próxima do ângulo de treino, o que não é de modo algum correcto.

Forma adequada

A realização incorrecta dos exercícios poderá ter três causas:
  • desconhecimento da técnica de execução;
  • existência de fadiga e dores musculares;
  • uso das cargas superiores às capacidades do indivíduo.
A realização correcta dos exercícios tem duas finalidades:
a) Isolamento do músculo, ou grupo muscular, que se pretende esti­mular durante o exercício. Se tal não acontecer outros músculos irão entrar em funcionamento, o músculo em causa não será devidamente estimulado e a adaptação ao exercício será inevitavelmente deficiente. Um exemplo que se pode apontar é o que acontece com a realização dos chamados «abdominais». Se aquando da elevação do tronco não hou­ver concomitantemente flexão das ancas, parte do movimento é efec­tuado pelos músculos flexores das ancas, diminuindo assim o estímulo sobre os músculos abdominais e, consequentemente, a tonificação dos mesmos. Deste modo impõe-se que os «abdominais» sejam efectuados com a elevação do tronco e flexão simultânea das ancas, para que os músculos flexores da anca sejam neutralizados.
b) Prevenção de lesões. O exemplo mais esclarecedor acontece com o levantamento dos pesos, em que o movimento deverá ser efectuado com as costas direitas, ou seja, com a coluna vertebral em posição vertical, pois se for efectuado com a coluna arqueada irá sobrecarregar a coluna lombar, dando origem a lombalgias e a hérnias discais.

Respiração

A suspensão da ventilação pulmonar com o aumento concomitante da pressão intra-abdominal (manobra de Valsalva) aquando da realização do exercício de força não é aconselhável, pois esta atitude leva a um aumento da tensão arterial, sistólica e diastólica, e a uma diminuição do retorno venoso ao coração. A hipertensão arterial temporariamente induzida por este tipo de es­forço vai constituir uma sobrecarga de pressão sobre o ventrículo es­querdo, podendo haver alguns ventrículos que não suportem esta situação, acontecendo consequências desagradáveis. Esta é a principal razão que leva ao aconselhamento da norma de expirar durante a elevação do peso e de inspirar durante a descida do mesmo, a ser adoptada principalmen­te pelos atletas de recreação.

Spotter

O treino de força muscular envolve cargas progressivamente maiores atingindo valores bastante elevados. Os pormenores técnicos da execução dos movimentos deverão ser respeitados. Estes dois juízos constituem duas boas razões para a presença permanente de um segundo elemento junto do atleta executante. Como é de esperar, o treino muscular em aparelhos/máquinas de musculação elimina esta necessidade, sendo a sua presença mais importante quando os exercicios são realizados com pesos ou halteres.
Este segundo elemento é de primordial importância pois ajuda o executante a realizar correctamente os exercícios, a completar uma repetição terminal, e será o primeiro a socorrer o atleta em caso de acidente. Ele tem de ser forte, ou seja, suficientemente forte para suportar as cargas que estão em jogo, ser conhecedor das várias técnicas de execução, do número de repetições que o atleta está a executar, de noções elementares de socorrismo e estar permanentemente atento aos exercícios.

PERIODIZAÇÃO

A periodização dos exercícios é de extrema importância. 

1º O planejamento das atividades otimiza o tempo, além de estabelecer metas e objetivos parciais que se fundem em objetivos maiores, relacionados às necessidades do cliente e esse tipo de determinação de metas é fundamental para alcançar objetivos reais;
2º A periodização mostra organização e controle do treino, o que faz toda a diferença no dia a dia do praticante;
3º Permite visualizar erros no treino, assim como reorganizar metas não atingidas pelos clientes ou redimensionar objetivos não atingidos; 
4º Favorece a análise das necessidades do cliente, desta forma o professor precisa dedicar um tempo ao estudo e planejamento dos treinos e rotinas;
5º A lógica da periodização auxilia na inclusão de métodos e sistemas de treino de forma sequenciada e premeditada.
Os treinos de choque, aplicados apenas a alunos quem já está habituado a treinar pode passar por esse tipo de procedimento. Treinos de choque são aplicados em sujeitos mais bem treinados e em fases bem distintas da periodização. São treinos altamente intensos, e forte nos quais podem oferecer um maior risco ao praticante não tão bem adaptado aos treinamentos.

ALONGAMENTOS DEVE SER EXECUTADO ANTES E APÓS O TREINO?

O alongamento após um breve aquecimento ajuda  a  proteger contra lesões,mas as literaturas informam que, quando ele é feito antes do exercício, pode até ser perigoso porque a pessoa alonga intensamente e perde força na muscular na hora em que precisa da força. Creio que um breve alongamento, prepara a execução e não compromete a  musculatura para um bom treino. DEVE DIFERENCIAR ALONGAMENTOS E FLEXIVIDADES, QUE SÃO DUAS VALÊNCIAS TOTALMENTE DISTINTAS, abrir mão de um alongamento pode ser crucial na execução de seu movimento.

 A flexibilidade,  pode ser conquistada também por meio do treino de força,“é um erro pensar que só alongamento dá flexibilidade''. Com treino de força organizado também é possível conquistá-la”.





postado: luciano sousa
email: lucianofisiol@gmail.com
facebook: lucianosousa lucianosousa