Uma distensão ou estiramento muscular, caracteriza-se por
um rompimento parcial ou completo de fibras ou feixes musculares,
resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo em questão. Junto com os feixes, são rompidos também capilares sanguíneos, resultando numa infiltração de sangue
no local da lesão, formando posteriormente um coágulo. Em casos graves,
onde muitos feixes são rompidos, o músculo pode sofrer uma ruptura muscular. As distensões são mais facilmente reconhecidas que as contraturas musculares, uma vez que a dor causada pela ruptura dos feixes é imediata, impossibilitando a continuidade do exercício.
O tratamento será inicialmente feito com medicamentos para dissolver os coágulos no músculo e cicatrizar suas fibras. O mesmo segue com fisioterapia, onde terapêuticas com ultrassom e laser são combinadas com alongamentos específicos visando recuperar as funções do músculo machucado. Yoga, pilates ou musculação são utilizados posteriormente para promover o fortalecimento do músculo afetado, evitando novas lesões.
O retorno à prática esportiva é mais lento que nos casos de contratura, variando amplamente com o nível da lesão, e deve ser feito com bastante cautela.
Concomitantemente às compressas quentes, pode-se aplicar antinflamatórios tópicos e realizar alongamentos cuidadosos e de baixa intensidade na musculatura afetada de acordo com orientações médicas. Atividades físicas só devem ser retomadas cerca de duas semanas após o desaparecimento dos sintomas, ou conforme critério médico.
Diagnóstico
O diagnóstico imediato é simples devido aos sintomas singulares, porém o nível da lesão só pode ser mensurado com exatidão através de uma ultrassom de partes moles, onde os coágulos serão identificados. Outra forma de diagnóstico é o exame sanguíneo, onde os níveis da enzima CPK (creatinofosfoquinase) indicarão se há ou não uma lesão não identificada pelos outros métodos.Tratamento
No caso de distensões musculares, recomenda-se procurar um ortopedista ou médico do esporte imediatamente após o ocorrido. Porém, como medida emergencial depois da lesão, gelo deve ser aplicado por cerca de 15 minutos, a fim de se evitar que a lesão tome maiores proporções com uma maior infiltração de sangue no músculo afetado.O tratamento será inicialmente feito com medicamentos para dissolver os coágulos no músculo e cicatrizar suas fibras. O mesmo segue com fisioterapia, onde terapêuticas com ultrassom e laser são combinadas com alongamentos específicos visando recuperar as funções do músculo machucado. Yoga, pilates ou musculação são utilizados posteriormente para promover o fortalecimento do músculo afetado, evitando novas lesões.
O retorno à prática esportiva é mais lento que nos casos de contratura, variando amplamente com o nível da lesão, e deve ser feito com bastante cautela.
Contratura muscular
Uma contratura muscular ocorre quando o músculo se contrai de
maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento, em
resposta a uma sobrecarga de esforço continuado exercido sobre um músculo ou tendão, e ao qual os mesmos não estão acostumados. Na prática, esse encurtamento se dá pelo acúmulo de ácido lático, decorrente da respiração anaeróbia realizada pelas células musculares em esforço intenso.Tratamento
Recomenda-se aplicar, logo após a lesão e nas primeiras 72 horas, gelo por cerca de 20 minutos e três vezes ao dia. Após as 72 horas iniciais, iniciar a aplicação de compressas quentes de maneira similar às de gelo só que por cerca de cinco dias, ou até desaparecerem os sintomas.Concomitantemente às compressas quentes, pode-se aplicar antinflamatórios tópicos e realizar alongamentos cuidadosos e de baixa intensidade na musculatura afetada de acordo com orientações médicas. Atividades físicas só devem ser retomadas cerca de duas semanas após o desaparecimento dos sintomas, ou conforme critério médico.
Estiramentos Grau I,II e III
Estiramento de grau I
Algumas fibras
musculares ou tendíneas são estiradas ou rompidas. O movimento ativo
produz certa sensibilidade e dor. O movimento é doloroso, mas, em geral,
é possível a amplitude de movimento total (poucas fibras são estiradas
ou rompidas).O paciente queixa-se de sensibilidade dolorosa nos músculos
posteriores da coxa, mínimo de edema e dor à palpação são previstos.
Este paciente apresenta ciclo normal da marcha. A amplitude na flexão do
quadril é normal. A flexão resistida do joelho e a extensão do quadril
com o joelho estendido são, em geral indolores ou produzem sensação de
tensão razoável.
Estiramento de grau II
Um número moderado
de fibras são estiradas ou rompidas. A contração ativa do músculo é
extremamente dolorosa. Em geral, há uma depressão palpável no ventre
muscular. Pode-se ouvir um “estalido”. Presença de edema devido à
hemorragia capilar. A palpação produz dor de moderada à forte. Observa
ciclo anormal da marcha e o paciente não consegue tocar o calcanhar no
solo. Limitação funcional pra flexionar o quadril e o joelho. O paciente
tende a deambular com os joelhos flexionados. Apresenta também
enfraquecimento para flexão e extensão resistida.
Estiramento de grau III
Estiramento grau
III: Rompimento total das fibras musculares. Perda total de movimento. A
dor é intensa no início, mas diminui com rapidez, devido à completa
separação das fibras nervosas. Paciente relata ter ouvido um “estalido”.
Este paciente é incapaz de deambular sem muletas. Apresenta força
moderada na extensão resistida do quadril com o joelho flexionado,
devido ao glúteo máximo. A resistência geralmente provoca dor.
MECANISMO DE LESÃO
Algumas teorias indicam a possibilidade de os
isquiotibiais virem a sofrer estiramento, dentre os quais, destaco:
Desequilíbrio com o quadríceps, fadiga, postura na corrida, discrepância
de comprimento de membros inferiores, diminuição da amplitude de
movimento, desequilíbrio entre os músculos isquiotibiais medial e
lateral, porém é a contração rápida e explosiva, que fundamentalmente,
proporciona o surgimento da lesão. Estudos apontam ainda, para o fato de
que o semitendinoso, o semimembranoso e a cabeça longa do bíceps
femoral serem inervados pelo ramo tibial do nervo ciático, enquanto a
cabeça curta do bíceps da coxa é inervada pelo ramo fibular do nervo
ciático. Isto é de fundamental importância e faz da cabeça curta do
bíceps um músculo completamente distinto dos demais.
Vemos também que os estiramentos do semimembranoso e
do semitendinoso podem ocorrer durante a desaceleração da corrida,
enquanto os estiramentos da parte lateral inferior do bíceps da coxa
ocorrem no desprendimento do pé ou de impulso da corrida.
TRATAMENTO
Após tratamento inicial na fase aguda da lesão, com
gelo, repouso, elevação, uso de antiinflamatórios, ultra-som pulsátil,
TENS e laser, inicia-se a recuperação do movimento ativo, com carga que
não produza dor. Alternar exercício em cadeia cinética aberta para
exercício multiarticular em cadeia fechada, com 30s de repouso mostrou
facilitar a rápida recuperação e retorno antecipado à atividade.
Observar, a inclusão dos exercícios de alongamentos, fundamentais na
recuperação da lesão. O alongamento deve ser seguido pelos exercícios
indolores de fortalecimento, na seguinte seqüência: joelho de estendido
para flexionado para os estiramentos médios ou altos do semimembranoso e
do semitendinoso, e de flexionado para estendido, para os estiramentos
do bíceps inferior e lateral. Após a fase inicial, utilizamos, calor
para aumentar a vasodilatação na área lesionada, facilitando o aporte de
nutrientes, células de defesa e fibroblastos (para o processo de
cicatrização). Com isso, pode-se usar: ultra-som contínuo, compressas
quentes e até mesmo Ondas curtas (se a área for muito extensa),
associando sempre aos exercícios de fortalecimento e condicionamento.
A evolução do tratamento deve obedecer a uma
avaliação diária da dor, amplitude do movimento, força muscular e a
sensação subjetiva do paciente. Procura-se sempre que possível
intercalar as sessões de fortalecimento com as de condicionamento
aeróbico, seguidos pelas atividades de alongamentos. Lembrar-se de
incluir também os exercícios isométricos (sem movimento, só a contração
do músculo), do quadríceps e dos isquiotibiais (posteriores de coxa),
utilizando carga adequada ao paciente e à fase da lesão. Pode-se
utilizar também, modalidades elétricas que produza contrações
musculares, para estimular a amplitude do movimento e, conseqüentemente,
diminuir a dor e o espasmo muscular. Sobre os exercícios de
fortalecimento, entendo que estes devem priorizar os músculos envolvidos
na lesão: isquiotibiais, sem deixar de se preocupar com os
antagonistas: quadríceps, e os estabilizadores laterais e mediais:
adutores, abdutores e rotadores.
À medida que o tratamento avança, incluir os
exercícios de propriocepção: refere-se à percepção consciente e
inconsciente do posicionamento articular. Dentre os proprioceptores
destacamos: os mecanorreceptores articulares: corpúsculo de Pacini,
corpúsculos de Meissner e terminações nervosas livres. Estes estão
localizados nas articulações e são responsáveis por fornecerem
informações proprioceptivas quanto ao posicionamento articular.
Verifica-se, também, os mecanorreceptores tenomusculares: os fusos
musculares, presentes nos músculos que detectam alterações no
comprimento e na velocidade do músculo. Os órgãos tendinosos de Golgi
(OTG), localizados no tendão e na junção tendão-músculo, detectam o
nível de tensão muscular. Ao menor sinal, protegem a unidade
músculo-tendão quanto ao excesso de tensão que podem provocar danos.
Estes proprioceptores é que levam informação da periferia para o córtex
cerebral, produzindo resposta eferente motora de: alívio da dor,
controle de movimento, resposta funcional eficaz, etc. Incluir
exercícios de: estabilização dinâmica, requer a antecipação e a reação
às cargas articulares, obtém-se colocando a articulação em situações
vulneráveis, nas quais o equilíbrio dinâmico é estabelecido em situações
controladas. Os exercícios de equilíbrio (giroplano, cama elástica,
pedalinho, balancinho, caixa de areia etc.) e os exercícios pliométricos
(saltos com obstáculos e em profundidade), são bastante adequados.
Após esta seqüência, utilizar os exercícios de
recuperação funcional que têm como objetivo retornar o atleta ao nível
de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos
padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de
nova lesão. Devem induzir “perturbações” articulares inesperadas,
deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de
costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc. O paciente com
estiramento grau I pode continuar suas atividades normais, mas sendo
observado para não agravar a lesão e adotando procedimentos
fisioterapeuticos. O paciente com estiramento grau II requer 5 a 21 dias
de recuperação e nas lesões grau III de 3 a 12 semanas. Em todos os
casos, a alta do paciente será determinada se os exercícios pliométricos
e as atividades funcionais forem realizadas sem dor.
fonte: Wikipédia
fotos: Google imagens
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