SISTEMA MUSCULAR
Fonte: correionet.br.inter.net
Os músculos são órgãos constituídos principalmente por
tecido muscular, especializado em contrair e realizar movimentos, geralmente em
resposta a um estímulo nervoso.
Os músculos podem ser formados por três tipos básicos de tecido muscular:
Tecido Muscular Estriado Esquelético
Apresenta, sob observação microscópica, faixas alternadas
transversais, claras e escuras. Essa estriação resulta do arranjo regular de
microfilamentos formados pelas proteínas actina e miosina, responsáveis pela
contração muscular. A célula muscular estriada chamada fibra muscular, possui
inúmeros núcleos e pode atingir comprimentos que vão de 1mm a 60 cm.As fibras musculares esqueléticas tem o citoplasma repleto de filamentos longitudinais muito finos, (as miofibrilas) constituídas por microfilamentos das proteínas actina e miosina. A disposição regular dessas proteínas ao longo da fibra produz o padrão de faixas claras e escuras alternadas, típicas do músculo estriado.
Tecido Muscular Liso
O músculo liso está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo,
bexiga, útero etc) e também na parede dos vasos sanguíneos. As células
musculares lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se
dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido
muscular esquelético.
A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos.
A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos.
Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Funções dos Músculos:
a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar).
Exemplo: Platisma. |
b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial.
Exemplo: Pronador quadrado. |
Quanto à Forma:
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b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.
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Sarcômeros
Sarcômero designado miômero, é um dos componentes básicos do músculo estriado que permite a contração muscular. Cada sarcômero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quais actina e miosina, alinhados em série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior dascélulas musculares.
As proteínas dos sarcómeros organizam-se em bandas com características particulares, que ao microscópio dão um aspecto estriado ao músculo esquelético e ao músculo cardíaco, visível na imagem ao lado. O músculo lisoorganiza-se de uma forma diferente, e não possui sarcómeros.
As unidades de actina e miosina que se repetem ao longo da
miofibrila são chamadas sarcômeros. As faixas mais extremas do sarcômero,
claras, são denominadas banda I e contém filamentos de actina. A faixa central
mais escura é a banda A, as extremidades desta são formadas por filamentos de
actina e miosina sobrepostos, enquanto sua região mediana mais clara, (a banda
H), contém miosina.
Teoria do deslizamento dos filamentos
Quando o músculo se contrai, as bandas I e H diminuem de
largura. A contração muscular se dá pelo deslizamento dos filamentos de actina
sobre os de miosina. Essa idéia é conhecida como teoria do deslizamento dos
filamentos.
Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções,
capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina quando o
músculo é estimulado. As projeções da miosina puxam os filamentos de actina
como dentes de uma engrenagem, forçando-os a deslizar sobre os filamentos de
miosina, o que leva ao encurtamento das miofibrilas e à conseqüente contração
da fibra muscular.
Contração Muscular
O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se propaga pela membrana das fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático (um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas onde há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contração muscular.
Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o
interior do retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular.
A energia para contração muscular é suprida por moléculas de ATP
(produzidas durante a respiração celular). O ATP atua na ligação de miosina à
actina, o que resulta na contração muscular. Mas a principal reserva de energia
nas células musculares é a fosfocreatina, onde grupos de fosfatos, ricos em energia,
são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho
muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de
fosfocreatina, intensificando a respiração celular, utilizando o glicogênio
como combustível.
- FADIGA MUSCULAR
- A fadiga muscular representa um problema complexo em nosso meio, causada por fatores ainda não totalmente esclarecidos. A literatura científica atual aponta possíveis causas provenientes de alterações deletérias no próprio músculo (fadiga periférica) ou mudanças na comunicação neural para o músculo (fadiga central). A fadiga central é caracterizada por mecanismos biológicos que alteram o esforço subjetivo, motivação, comportamento e tolerância à dor, bem como aqueles que diretamente inibem a ativação motora nos centros superiores do cérebro e nos neurônios (células nervosas) que transmitem os impulsos nervosos.
- O grau e a causa da fadiga muscular são dependentes da duração, intensidade e natureza dos exercícios, composição do tipo de fibra muscular, nível de condicionamento físico e fatores ambientais como altitude, umidade e temperatura.
- Exercícios de alta intensidade - A fadiga muscular pode ser definida como uma perda de força que acarreta na redução do desempenho em uma determinada tarefa. A fadiga após exercícios de alta intensidade e curta duração pode resultar a partir de falhas na ativação do sistema nervoso central (SNC), assim como a falta de manutenção da freqüência adequada de ativação dos neurônios motores transmitindo os impulsos nervosos.
- Este tipo de exercício envolve uma demanda energética que ultrapassa a potência aeróbica máxima do indivíduo, solicitando um alto grau de metabolismo anaeróbico. Conseqüentemente diminuem os fosfatos de alta energia do músculo, trifosfato de adenosina (ATP) e fosfocreatina (CP), enquanto que fosfato inorgânico (Pi), difosfato de adenosina (ADP), lactato e íons hidrogênio (H+) aumentam na medida em que a fadiga se instala.O acúmulo desses metabólitos tem sido apontado como um fator importante na gênese da fadiga muscular e na predisposição às câimbras. Para evitá-las, concentrações adequadas de ATP devem ser mantidas pelo organismo, pois esse substrato é um dos responsáveis pela fonte imediata de energia para as contrações musculares. A fosfocreatina também diminui com a atividade contrátil do músculo, e alguns estudos têm sugerido que concentrações baixas de CP podem também induzir à fadiga muscular. O hidrogênio é particularmente interessante como agente causal, pois pode atuar de várias formas na célula: inibição da atividade de enzimas das vias produtoras de energia, inibição da utilização do cálcio (Ca+) pelas células musculares, e alteração do perfil iônico intracelular. Uma fonte importante dos íons de hidrogênio durante a atividade muscular intensa é a produção anaeróbica de ácido lático, que em sua maior parte se dissocia em íons lactato e H+. Atualmente, já está bem estabelecido que a fadiga ocorra pela elevada concentração de H+ (íons hidrogênio) e não pelo aumento de lactato ou ácido lático não dissociado, devido à inibição das vias metabólicas produtoras de energia.
- Exercícios de endurance - Inúmeros fatores têm sido apontados como causadores de fadiga resultante de atividades físicas de longa duração. Entre eles estão incluídos a depleção de glicogênio muscular e hepático (do fígado), a diminuição da glicose sanguínea, a desidratação, e o aumento da temperatura corpórea. O ritmo de utilização de carboidratos (CHO) é dependente não somente da intensidade do trabalho físico, mas também da condição física do indivíduo. O fato que esportistas treinados metabolizam carboidratos mais lentamente do que os não treinados corrobora a hipótese de que a depleção dos estoques de CHO seja uma das causas de fadiga muscular durante a atividade física prolongada. No entanto, outros agentes causadores de fadiga muscular também estão envolvidos, pois a depleção de glicogênio pode ocorrer em sua ausência, possivelmente envolvendo a destruição da microestrutura de componentes celulares responsáveis pela produção de energia.
- Referência: Fitts, R. H.; Metzger, J. M., Mechanisms of muscular fatigue. In: Poortmans, J. R. Principles of exercise biochemistry. 2º edição, 1993, vol. 38, p. 248-268.
- FADIGA MUSCULARAntagonismo muscular
- A movimentação de uma parte do corpo depende da ação de músculos que atuam antagonicamente. Por exemplo, a contração do músculo bíceps e o relaxamento do tríceps.Os músculos que realizam um movimento desejado são chamadas de agonistas e os que executam o movimento contrário são chamados de antagonistas ou opositores.Para que ocorra um movimento é necessário uma ação conjunta de músculos se relaxando enquanto outros se contraem.Por exemplo: o bíceps, quando se contrai, faz a flexão do ante-braço sobre o braço. Mas para isso, o tríceps (antagonista) deve se relaxar. Para a extensão, o tríceps se contrai, enquanto o bíceps se relaxa.
Fibras musculares lentas e rápidas
As fibras musculares esqueléticas diferem quanto ao tempo que
levam para se contrair, podendo levar um tempo de até 5 vezes maior do que as
rápidas para se contrair.
As fibras musculares lentas estão adaptadas à realização de
trabalho contínuo, possuem maior quantidade de mitocôndrias, maior irrigação
sanguínea e grande quantidade de mioglobina, capaz de estocar gás oxigênio. As
fibras rápidas, pobres em mioglobina, estão presentes em músculos adaptados à
contrações rápidas e fortes.
s:
.
Tônus muscular
Os músculos mantêm-se normalmente em um estado
de contração parcial, o tônus muscular, que é causado pela estimulação nervosa,
e é um processo inconsciente que mantém os músculos preparados para entrar em ação. Quando o nervo
que estimula um músculo é cortado, este perde tônus e se torna flácido. Estados
de tensão emocional podem aumentar o tônus muscular, causando a sensação física
de tensão muscular. Nesta condição, gasta mais energia
Observações importantes
1- Os músculos estriados
dos mamíferos (e, com freqüência, das aves) são vermelhos devido à presença
abundante de um pigmento respiratório chamado mioglobina, bastante semelhante à
hemoglobina e também transportador de oxigênio [ara a intimidade das fibras
musculares. A carne branca do peito das aves não voadoras é formada de
musculatura estriada pobre em mioglobina. Mas os músculos da coxa (que são
muito solicitados nestas aves) são vermelhos e ricos em mioglobina. Compreende-se ,
portanto, que a quantidade desse pigmento (nas espécies que o possuem) é
proporcional ao grau de atividade de cada músculo. Assim, você distingue a
carne branca (peito) da carne escura (coxa), nas aves.
2- Diafragma -
principal músculo respiratório, entre o tórax e abdome.
3- Intercostais -
auxiliam na respiração, entre as costelas.
4- Músculos adutores - são os
que aproximam segmentos do eixo corporal médio. Exemplo: grande peitoral,
desenvolvido em halterofilistas; nas aves é importante no vôo (fechar as asas).
5- Músculos abdutores - são os
que afastam segmentos do eixo corporal médio. Exemplo: músculo deltóide,
utilizado para injeção.
6- Esternocleidomastoideo - músculo rotador da cabeça.
7- Masseter - músculo mastigador, desenvolvido em roedores.
8- Orbicular dos lábios - músculo do assovio.
6- Esternocleidomastoideo - músculo rotador da cabeça.
7- Masseter - músculo mastigador, desenvolvido em roedores.
8- Orbicular dos lábios - músculo do assovio.
9- Bucinador -
músculo do sopro.
Fonte: www.universitario.com.br
A química da contração muscular
O estímulo para a contração muscular é geralmente um impulso
nervoso, que chega à fibra muscular através de um nervo. O impulso nervoso
propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o retículo
sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali armazenado seja liberado no
hialoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os
sítios de ligação da actina e permite que esta se ligue à miosina, iniciando a
contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente
rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, o que faz cessar a
contração.
A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de
ATP produzidas durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da
miosina à actina quanto em sua separação, que ocorre durante o relaxamento
muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina, causando
enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado
de rigidez cadavérica (rigor mortis).
A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente
para suprir apenas alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal
reserva de energia nas células musculares é uma substância denominada fosfato
de creatina (fosfocreatina ou creatina-fosfato). Dessa forma, podemos resumir
que a energia é inicialmente fornecida pela respiração celular é armazenada
como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP. Quando a fibra muscular
necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos em energia
são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho
muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de
fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o
glicogênio armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustível.
Uma teoria simplificada admite que, ao
receber um estímulo nervoso, a fibra muscular mostra, em seqüência, os
seguintes eventos:
1. O retículo
sarcoplasmático e o sistema T liberam íons Ca++ e Mg++ para o citoplasma.
2. Em presença desses dois
íons, a miosina adquire uma propriedade ATP ásica, isto é, desdobra o ATP,
liberando a energia de um radical fosfato:
3. A energia liberada
provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina, caracterizando
o encurtamento das miofibrilas.
Fonte: www.afh.bio.br
ESTRUTURAS DO TECIDO MUSCULAR
O tecido muscular é formado por conjuntos de fibras musculares.
Na maioria dos músculos, se estendem por todo o comprimento do músculo, e cada
uma é inervada por apenas uma junção neuro-muscular, localizada no meio da
fibra. As fibras são formadas por milhares de miofibrilas, agrupadas em
unidades funcionais denominadas sarcômeros.
PROCESSO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
Após a descoberta dos filamentos protéicos (actina e miosina),
alguns pesquisadores passaram a acreditar que a contração muscular se daria por
encurtamento desses filamentos. Mais tarde surgiu a teoria dos filamentos
deslizantes.
Segundo essa teoria, os filamentos não se encurtam, mas deslizam
uns sobre os outros. Após receber um estímulo químico – gerado anteriormente
por um impulso nervoso, os filamentos mais finos ligam-se à extremidade dos
mais grossos (denominada cabeça). Assim, os filamentos grossos sofrem uma
deformação – com gasto de energia, que resulta no deslocamento horizontal do
conjunto. Após esse deslocamento, há o desligamento dos filamentos. O processo
se repete entre vários filamentos, até quando persistir a ação química
proporcionada pelo estímulo elétrico, o que garante a contração muscular. O
tempo de resposta de uma fibra muscular gira em torno de 3 ms.
A substância que proporciona a deformação protéica necessária
para o ligamento dos filamentos finos e grossos é o cátion de cálcio (Ca 2+).
Ele se encontra estocado dentro dos retículos sarcoplasmáticos, nos túbulos longitudinais.
O potencial de ação age diretamente sobre as paredes do túbulo longitudinal,
fazendo com que liberem cálcio. Entretanto, o cálcio não permanece no interior
das miofibrilas por muito tempo: tão logo a corrente elétrica causadas pelo
potencial de ação tenha passado, os túbulos longitudinais reabsorvem quase que
imediatamente os íons de cálcio. No fim desse pulso, o cálcio é bombeado de
volta, com conseqüente gasto de energia, e o músculo relaxa imediatamente.
O impulso elétrico, além de controlar o início e o término do
processo, também faz uma modulação na amplitude da contração: quanto maior a
sua freqüência, mais intensa será a contração das fibras musculares. Quando o
músculo é estimulado a altas freqüências, ele não é mais capaz de relaxar entre
contrações sucessivas: isso causa fusão das contrações; com estímulos a 100 Hz,
por exemplo, ocorre uma única contração sustentada, que é chamada de
"tétano fundido". Gerado no cérebro ou na medula, o estímulo nervoso
percorre um caminho pré-determinado na rede de neurônios até atingir o alvo: a
placa motora, onde ele age. A interface nervo/músculo é denominada junção
neuro-muscular. Aqui o potencial elétrico é denominado potencial de ação.
Esse potencial de ação é propagado rapidamente pela superfície
da fibra e conduzido para o seu interior pelos túbulos "T". Eles
recebem essa denominação devido ao seu formato, ideal para penetrar nas regiões
mais profundas da fibra muscular.
Uma Unidade Motora é o conjunto formado por um motoneurônio –
neurônio que se liga à placa motora, com as fibras musculares por ele
inervadas. Já foi demonstrado que durante o aumento progressivo de força de uma
contração muscular, unidades motoras progressivamente maiores vão sendo
recrutadas.
Há uma relação entre tempo de resposta e resistência à fadiga:
quanto mais rápida a resposta, mais suscetível à fadiga é o músculo, e
vice-versa. A panturrilha, por exemplo, tem contração lenta, embora resista
mais. Os músculos extra-oculares, por outro lado, são mais rápidos, e mais
fatigáveis também.
Os músculos não são capazes de se contrair e relaxar de modo
suficientemente rápido para acompanhar variações grandes na freqüência de
disparo de estímulos aplicados ao nervo motor. É como se houvesse, na entrada
do sistema muscular, um filtro passa-baixas, permitindo somente as respostas a
estímulos de baixas freqüências. Quando há a necessidade de realização de
movimentos bruscos, ocorre uma engenhosa alternância na contração de músculos
antagonistas.
A contração muscular envolve as seguintes reações químicas:
1) Trifosfato de adenosina = fosfato inorgânico + difosfato de adenosina + energia (empregada para a contração propriamente dita).
2) fosfocreatina + ADP <> creatina + ATP.
3) glucogênio <> intermediários <> ácido láctico + energia (~p, empregada para a resíntese dos fosfatos orgânicos).
ARCO REFLEXO
O arco reflexo medular representa o nível mais simples, na
hierarquia dos mecanismos de controle motor. A medula espinhal recebe estímulos
sensoriais do músculo, e envia impulsos motores para ele. Um exemplo de arco
reflexo é o "reflexo patelar", no qual há uma súbita contração do músculo
mediante um estímulo direcionado ao tendão do joelho.
Alguns músculos possuem, em suas entranhas, o fuso
neuro-muscular. A ele são ligadas fibras nervosas que se dirigem à medula
espinhal.
Ao receber os impulsos elétricos provenientes de um fuso neuro-muscular,
a medula gera potenciais de ação nos axônios motores, e o músculo irá se
contrair, retornando ao comprimento inicial. As fibras intra-fusais são capazes
de gerar potenciais de ação com freqüências que refletem fielmente tanto o
comprimento inicial e final do músculo que se alonga (aspectos estáticos do
alongamento), quanto a velocidade com que se processa tal alongamento (aspectos
dinâmicos do alongamento).
Como vemos, o arco reflexo simples visa fornecer um mecanismo de
manutenção do comprimento do músculo dentro de parâmetros constantes. O arco
reflexo simples, é, pois, um exemplo de mecanismo servo, com realimentação.
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
Contração Muscular Isométrica
Nesse tipo de contração, o comprimento do músculo não se altera
–não ocorre deslizamento das miofibrilas nem realização de trabalho. O gasto de
energia é menor.
Contração Muscular Isotônica
Aqui há o encurtamento do músculo, mas a tensão sobre ele
permanece constante. Acontece na movimentação de uma carga, o que envolve princípios
de inércia: o peso deve ser primeiramente acelerado – o movimento continua
mesmo após o término da contração. Sua duração é maior que a contração
isométrica. Os músculos podem contrair-se tanto isométrica quanto
isotonicamente. Mas a maioria das contrações é uma mistura dos dois tipos.
FADIGA MUSCULAR
Fadiga
O músculo que se contraiu repetidamente e por isso esgotou suas reservas de glucogênio e fosfatos orgânicos e acumulou ácido láctico, perdeu seu poder de contração, por isso diz-se que está fatigado. A fatiga tem por causa principal a acumulação de ácido láctico. A contração forte e prolongada de um músculo leva-o ao estado de
fadiga muscular. Isso decorre da incapacidade dos processos metabólicos e
contráteis das fibras musculares em continuarem proporcionando o mesmo
trabalho. O nervo continua a funcionar adequadamente, os impulsos nervosos
passam normalmente através da junção neuro-muscular, mas a contração vai se
tornando cada vez mais débil por causa do decaimento do fornecimento de energia
pelas mitocôndrias das fibras musculares. A interrupção do fluxo sangüíneo para
um músculo leva-o rapidamente à fadiga em aproximadamente um minuto, devido à
evidente perda de suprimento nutritivo.
O músculo que se contraiu repetidamente e por isso esgotou suas reservas de glucogênio e fosfatos orgânicos e acumulou ácido láctico, perdeu seu poder de contração, por isso diz-se que está fatigado. A fatiga tem por causa principal a acumulação de ácido láctico. A contração forte e prolongada de um músculo leva-o ao estado de
fadiga muscular. Isso decorre da incapacidade dos processos metabólicos e
contráteis das fibras musculares em continuarem proporcionando o mesmo
trabalho. O nervo continua a funcionar adequadamente, os impulsos nervosos
passam normalmente através da junção neuro-muscular, mas a contração vai se
tornando cada vez mais débil por causa do decaimento do fornecimento de energia
pelas mitocôndrias das fibras musculares. A interrupção do fluxo sangüíneo para
um músculo leva-o rapidamente à fadiga em aproximadamente um minuto, devido à
evidente perda de suprimento nutritivo.
HIPERTROFIA E ATROFIA MUSCULARES
Hipertrofia
Ocorre quando há atividade muscular excessiva ou forçada,
culminando, a médio ou a longo prazo, num aumento do tamanho do músculo.
Nos animais esse procedimento não é diferente, onde seus criadores buscam uma hipertrofia muscular gritante.
Atrofia
Ocorre sempre que um músculo não é usado, ou quando o é apenas
para contrações muito fracas. Assim, quando um membro é imobilizado por muito
tempo, como acontece em fraturas e paralisias, o músculo em questão se atrofia.
Uma maneira de realizar hipertrofia ou evitar a atrofia de
músculos é a utilização da ginástica passiva. Ela é realizada através de
aparelhos que geram pulsos elétricos sincronizados e com a intensidade certa –
sinais devem chegar com amplitudes maiores que 80mV na membrana da fibra
muscular, para causar despolarização da membrana e conseqüente disparo do
processo de contração muscular. Esses pulsos são aplicados diretamente sobre o
músculo, através de eletrodos ligados à superfície da pele. Porém, o efeito não
é o mesmo. Além da atenuação do sinal devido à passagem pela pele – o que pode
ser corrigido através de um aumento da amplitude do sinal aplicado, o sinal não
atinge de modo satisfatório o interior das fibras. Como resultado, o músculo
não é exercitado por igual.
O estímulo a contração muscular
- Os receptores sensitivos da pele detectam as sensações e transmitem um sinal ao cérebro.
- O sinal é transmitido ao longo de um nervo sensitivo até a medula espinhal.
- Uma sinapse na medula espinhal conecta o nervo sensitivo a um nervo da medula espinhal.
- O nervo cruza para o lado oposto da medula espinhal.
- O sinal é transmitido e ascende pela medula espinhal.
- Uma sinapse no tálamo conecta a medula espinhal às fibras nervosas que transmitem o sinal até o córtex sensitivo.
- O córtex sensitivo detecta o sinal e faz com que o córtex motor gere um sinal de movimento.
- O nervo que transmite o sinal cruza para o outro lado, na base do cérebro.
- O sinal é transmitido para baixo pela medula espinhal.
- Uma sinapse conecta a medula espinhal a um nervo motor.
- O sinal prossegue ao longo do nervo motor.
- O sinal atinge a placa motora, onde ele estimula o movimento muscular.
MÚSCULOS X MALHAS DE CONTROLE
O sistema muscular apresenta diversas malhas de controle cujo
controlador é o sistema nervoso central – quer seja a medula, em movimentos
involuntários, quer seja o cérebro, quando abordados movimentos voluntários. Os
atuadores, para todas as malhas de controle dentro do sistema, sempre serão as
fibras musculares. As "medições" – informações sobre o estado atual
da "máquina", são feitas periodicamente, no caso de malhas
realimentadas. Os elementos responsáveis por esta etapa do processo são o
aparelho tendinoso de Golgi e o fuso neuro-muscular, se considerarmos elementos
apenas do sistema muscular. Sua ação limita-se a malhas de controle para
movimentos involuntários. Para movimentos voluntários, observam-se órgãos não
pertencentes ao sistema, como olhos e pele. Em controle de arco reflexo de dor
(movimento involuntário), os sensores de dor sob a pele fazem o papel dos
medidores.
Fonte: www.icb.ufmg.br
O mecanismo da contração muscular
Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina, graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois filamentos, levando á formação da actomiosina. Para esse deslizamento acontecer, há a participação de grande quantidade de dois elementos importantes : íons Ca ++ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a ocorrência de contração.
Resumidamente, a atividade de contração muscular pode ser representada por:
O estímulo a contração muscular
- Os receptores sensitivos da pele detectam as sensações e transmitem um sinal ao cérebro.
- O sinal é transmitido ao longo de um nervo sensitivo até a medula espinhal.
- Uma sinapse na medula espinhal conecta o nervo sensitivo a um nervo da medula espinhal.
- O nervo cruza para o lado oposto da medula espinhal.
- O sinal é transmitido e ascende pela medula espinhal.
- Uma sinapse no tálamo conecta a medula espinhal às fibras nervosas que transmitem o sinal até o córtex sensitivo.
- O córtex sensitivo detecta o sinal e faz com que o córtex motor gere um sinal de movimento.
- O nervo que transmite o sinal cruza para o outro lado, na base do cérebro.
- O sinal é transmitido para baixo pela medula espinhal.
- Uma sinapse conecta a medula espinhal a um nervo motor.
- O sinal prossegue ao longo do nervo motor.
- O sinal atinge a placa motora, onde ele estimula o movimento muscular.
A contração muscular envolve as seguintes
reações químicas:
1) Trifosfato de adenosina = fosfato inorgânico + difosfato de
adenosina + energia (empregada para a contração propriamente dita).
2) fosfocreatina + ADP <> creatina + ATP.
3) glucogênio <> intermediários <> ácido láctico +
energia (~p, empregada para a resíntese dos fosfatos orgânicos).
4) Parte do ácido láctico + O2 > CO2 + H2 + energia (~p,
empregada para sintetizar o resto do ácido, glucogênio e na resíntese de ATP e
fosfocreatina).
Dívida de oxigênio
São exigidos, com muita freqüência, ao nosso sistema muscular
esforços imediatos e embora os mesmos aumentem as respirações e as pulsações
cardíacas, o oxigênio não poderia ser subministrado em quantidade suficiente
para permitir o gasto que suporia.
Durante os breves momentos de violenta atividade os músculos
utilizam a energia que não necessita oxigênio, ao cessar o movimento, o sistema
muscular e outros tecidos pagam a "divida" por meio de uma tomada
extraordinária deste elemento, com o fim de restaurar os compostos fosfóricos
energéticos e o glucogênio a seu estado original .
Fadiga
O músculo que se contraiu repetidamente e por isso esgotou suas
reservas de glucogênio e fosfatos orgânicos e acumulou ácido láctico, perdeu
seu poder de contração, por isso diz-se que está fatigado.
A fatiga tem por causa principal a acumulação de ácido láctico.
Músculos do copo humano
Os músculos mais importantes que se encontram na face anterior
de cada uma das regiões do nosso corpo são: na cabeça o frontal, que contrai a
pele da testa; temporal, inserto no osso com seu nome, determina com sua
contração a elevação do maxilar inferior. Na face está o orbicular das
pálpebras e o orbicular dos lábios, cuja função é fechar as aberturas
correspondentes.
No pescoço, além do cutâneo, está o esternocleidomastóideo , que
permite inclinar a cabeça para frente e para os lados em que se encontra o
músculo. No tronco, formando o peito, encontramos o grande peitoral, que eleva
as costelas. O deltóide levanta o braço.
O reto maior (é um dos principais músculos que permitem a
contração dos abdominais) pode baixar as costelas, flexiona o tórax e comprime
as vísceras medias até o púbis.
O oblíquo maior tem funções parecidas às do reto maior e une as
oito últimas costelas ântero-laterais do abdômen.
Os músculos mais importantes das extremidades superiores são:
bíceps branquial, que dobra o antebraço sobre o braço, e o pronador que dirige a mão para dentro (pronação), assim como seu antagônico, o supinador (supinação).
bíceps branquial, que dobra o antebraço sobre o braço, e o pronador que dirige a mão para dentro (pronação), assim como seu antagônico, o supinador (supinação).
Também existe o supinador longo, cuja função consiste em dirigir
a palma da mão para fora, assim como os radiais, que fazem estender a mão, inclinando-a
para o radio.
Entre os músculos das extremidades inferiores está o abdutor da
coxa, que permite aproximá-la para dentro; o quadríceps crural (é um dos grupos
musculares mais importantes e potentes), situado na face anterior da coxa e
formado pelo reto anterior, os dois vastos (interno e externo) e outro colocado
debaixo, que permite a extensão da perna, e o tibial anterior que, unindo a
parte superior da tíbia ao bordo interior do pé, faz com que este se levante,
podendo também flexioná-lo e determinar sua rotação para dentro.
O sartório nos permite cruzar a perna sobre a coxa, e o solhar é um músculo que, ajudando a ação própria dos gêmeos, se encontra debaixo deles.
Os músculos mais importantes que se encontram em cada uma das
regiões posteriores do corpo são os seguintes: Na cabeça: o occipital, contrai
a pele do couro cabeludo, e o esplênico, que conduz a cabeça para trás ou
melhor a faz girar em direção ao lado por onde atua.
No pescoço encontramos o trapézio, que se estende no tronco,
unindo o omoplata occipital aproximando as omoplatas entre si.
O grande dorsal é outro músculo que vai desde a região lombar
até o braço, e se insere, por um lado, nos ossos ilíacos e, pelo outro, na
extremidade superior do úmero; estica o braço para baixo e para trás e pode
levantar o corpo e elevar as costelas; é o músculo que permite, estando
pendurado numa barra, elevar o corpo por cima da mesma.
O rombóide leva a omoplata para dentro. Na região do tronco
também está o obliquo maior. Nas extremidades superiores: o tricípite braquial,
antagônico do bíceps braquial.Também estão os palmares, que dobram a mão sobre o antebraço, e
o cubital, ao mesmo tempo extensor e flexor da mão.
Os músculos das extremidades inferiores começam com os glúteos, que servem para estender o fêmur, mantendo a posição bípedal. O tricípite femoral dobra a perna sobre a coxa, e o psoasilíaco permite à coxa dobrar-se sobre o joelho.
Além disto, o vasto extensor do tricípite femoral estende as
pernas, e os gêmeos, que formam o saliente posterior das panturrilhas (barriga
da perna), servem para puxar o calcanhar (ou talão) para cima; ao unir-se com o
plantar delgado, formam o tendão de Aquiles, o qual levanta o corpo sobre a
ponta dos pés, cujos quatro primeiros dedos são movidos por outro músculo, o
pédio, pouco desenvolvido.
Fonte: biologiageral.com.br