Cientistas da Universidade de Brunel, na Inglaterra, descobriram por que os grandes jogadores de futebol, como Lionel Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, são tão bons em "roubar" a bola.
A pesquisa, publicada na última edição da revista científica "Journal of Sport and Exercise Psychology", revela que os craques ativam mais áreas do cérebro que os atletas menos habilidosos ao verem um adversário vindo em sua direção. Isso os torna capazes de antecipar os movimentos dos rivais.
De acordo com os cientistas, os jogadores altamente qualificados desenvolvem uma espécie de "sistema de verificação" que impede o impulso de reagir instintivamente, tornando-os menos propensos a serem driblados ou enganados pelos adversários.
Para encontrar a base neural da "superioridade cognitiva" dos jogadores mais experientes, os pesquisadores equiparam 39 participantes – entre jogadores de futebol semiprofissionais e principiantes – com um scanner de ressonância magnética. A atividade cerebral de cada um deles foi analisada ao assistirem a vídeos de um jogador de nível internacional correndo com a bola na direção deles.
Em algumas ocasiões, o rival que se aproximava fazia uma manobra, e os participantes tinham que decidir em qual direção se mover para não cair no drible. Os resultados revelam que os jogadores mais qualificados estavam mais em sintonia com os dribles de seus adversários que os menos experientes.
Segundo os cientistas, esse sistema não é ativado apenas quando executamos uma ação com nosso repertório pessoal, mas também ao vermos o mesmo ato sendo feito por outras pessoas. Por isso, há uma clara evidência de "reconhecimento" dos movimentos dos adversários nos jogadores mais experientes.
"Os dados mostram claramente uma maior ativação de estruturas no cérebro de jogadores profissionais em comparação com os novatos, ao antecipar os dribles dos adversários", disse Danel Bishop, um dos autores do estudo.
Bishop acredita que a descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de técnicas de treinamento que favoreçam o desenvolvimento de estrelas do esporte. "Acreditamos que esse maior nível de atividade neural é algo que possa ser desenvolvido por meio de treinamento de alta qualidade, de modo que o próximo passo será olhar para a forma como o cérebro pode ser treinado ao longo do tempo para antecipar os movimentos do adversário", destacou.
FONTE: EDUCAÇÃO FISICA-2013
"Os profissionais parecem sofrer de uma espécie de transtorno compulsivo", diz Williams. "Por que motivo alguém treinaria um esporte entre 20 e 30 horas por semana, durante mais de dez anos? Por definição, os experts não são normais: são fora de série".
Se o treinamento é tão importante, como explicar que
alguns jogadores cheguem à Copa do Mundo e outros não? Por mais que
treine milhares de horas, desde a infância, e esteja rodeada de
referências ao esporte, a maioria ficará pelo caminho: barrada na
peneira de um grande clube, deixada de lado no time adulto ou fora da
lista final de Dunga. Muitos especialistas já aceitam que parte da
essência do talento é genética. Os cientistas começam a identificar
genes que parecem contribuir para o desenvolvimento de características
importantes para a prática esportiva, como a rápida contração muscular.
Não é difícil encontrar famílias de esportistas. O
levantador da seleção brasileira de vôlei Bruninho é filho do técnico
Bernardinho e da ex-jogadora Vera Mossa. O jogador de basquete Helinho
faz parte da terceira geração da família na modalidade. Seu avô atuou
como armador, seu pai, Hélio Rubens, é técnico. Seus tios são os
ex-jogadores Fransérgio e Totó. No futebol, os irmãos Sócrates e Raí são
os exemplos mais lembrados. Sócrates brilhou no Corinthians dos anos
1980. Raí, no São Paulo dos 1990. "Somos seis homens na família, e cinco
são acima da média no futebol. É quase uma comprovação científica", diz
Raí. "Mas meu pai não era bom. Se minha mãe tivesse jogado, bateria um
bolão."
A hipótese de que a genética esteja por trás do
sucesso de grandes ídolos do esporte é controversa. Primeiro, porque os
cientistas já sabem que a expressão dos genes sofre grande influência de
fatores como alimentação e tipo de treinamento. Se já é difícil
comprovar a ligação de variações genéticas com características físicas,
estabelecer uma influência direta entre um gene e as habilidades
mentais, como as exigidas no futebol, é praticamente impossível. "O
jogador tem de reunir características diversas", diz o fisiologista
Stephen Roth, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "É
improvável que um jogador se saia bem por causa de um único gene, como
acontece em esportes que exigem apenas velocidade ou resistência."
A prática e os aspectos psicológicos ainda parecem
mais importantes que os genes para fazer um craque. Quanto mais alto o
nível da competição, mais o preparo mental faz diferença. Sob a pressão
de um estádio lotado, o jogador precisa de equilíbrio para permitir que
seu cérebro privilegiado faça sua mágica. Às vezes, um traço de
comportamento ou a dificuldade de lidar com a tensão podem decidir uma
partida. O ex-atacante italiano Roberto Baggio, lembrado com carinho
pelos brasileiros, diz ter pesadelos até hoje com o pênalti
desperdiçado por ele na final da Copa dos Estados Unidos. O chute alto,
para fora do gol, deu o tetracampeonato ao Brasil em 1994. Um estudo da
Escola Norueguesa de Ciências do Esporte analisou amareladas como a de
Baggio em 366 cobranças de pênalti, em campeonatos como Liga dos
Campeões, Copa da Uefa e Copa do Mundo. Os jogadores costumam fazer o
gol em 92% delas. Quando se veem na situação de Baggio, em que errar
significa perder um título, acertam menos de 60% dos chutes. ''A
maneira como o jogador encara o significado da cobrança de pênalti
representa 40% mais ou menos de acerto", diz o norueguês Geir Jordet,
autor do estudo.
Os pesquisadores afirmam que, entendendo como os
jogadores pensam, será possível desenvolver treinamentos mais eficazes e
craques mais completos. Mais fortes,
rápidos, inteligentes e preparados para a pressão das decisões. Nas categorias de base do Santos, os garotos treinam a memória, além da pontaria no chute. Em alguns exercícios, os meninos têm de memorizar a sequência de cores dos cones no campo antes de chutar ao gol. "Não adianta ser grande e dar chutão para cima", diz Bebeto Stival, supervisor técnico das categorias de base do Santos. "Tem de ter raciocínio rápido, jogar o futebol que o público gosta de ver." Por mais que clubes e cientistas se esforcem para prever e criar os ídolos do futebol, é pouquíssimo provável que se chegue a uma receita de craque. Sempre surgirão baixinhos, magrinhos ou geniais pernas tortas para garantir o espetáculo e a surpresa de toda Copa do Mundo.
FONTE:Methodus- SP 2014 RESUMINDO: NA GUERRA DOS NEURÔNIOS, VENCE NA JOGADA O ATLETA QUE PENSA MAIS RÁPIDO, LEVANDO SEMPRE VANTAGEM CONTRA O SEU OPONENTE COM JOGADAS MAJESTOSAS.rápidos, inteligentes e preparados para a pressão das decisões. Nas categorias de base do Santos, os garotos treinam a memória, além da pontaria no chute. Em alguns exercícios, os meninos têm de memorizar a sequência de cores dos cones no campo antes de chutar ao gol. "Não adianta ser grande e dar chutão para cima", diz Bebeto Stival, supervisor técnico das categorias de base do Santos. "Tem de ter raciocínio rápido, jogar o futebol que o público gosta de ver." Por mais que clubes e cientistas se esforcem para prever e criar os ídolos do futebol, é pouquíssimo provável que se chegue a uma receita de craque. Sempre surgirão baixinhos, magrinhos ou geniais pernas tortas para garantir o espetáculo e a surpresa de toda Copa do Mundo.
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contato: facebook: luciano sousa fisiologista
email:lucianofisiol@gmail.com