Análise da maturação óssea em pacientes de 13 a 20 anos de idade por meio de radiografias de punho
Avaliar
um método alternativo e simplificado de tomada radiográfica,
oportunizando aos implantodontistas e ortodontistas verificarem o
término do crescimento ósseo, bem como as diferenças existentes entre os
gêneros, em uma amostra de indivíduos de 13 a 20 anos de idade. O
entendimento dos eventos do crescimento craniofacial é de grande
importância na prática odontológica. O conhecimento do exato estágio de
maturidade que o paciente se encontra e do período de ocorrência do
surto de crescimento puberal (SCP) pode influenciar não só o diagnóstico
e prognóstico, como também a elaboração de um plano de tratamento.
Sendo assim, esse conhecimento é considerado vantajoso para os
tratamentos ortodônticos que necessitem do uso de dispositivos
influenciados pelo estágio de maturação do complexo craniofacial. Tal
fase de crescimento também auxilia na elaboração do plano de tratamento,
principalmente na indicação de procedimentos cirúrgicos. Foi
reconhecido, há muito tempo, que a idade cronológica de um indivíduo
necessariamente não coincide com a sua idade maturacional.
Esqueletalmente, a pessoa pode ser retardada ou avançada em vários graus
de divergência da idade cronológica atual. Por isso, a idade
cronológica nem sempre é um bom parâmetro para a correta avaliação do
estágio de maturação em que o corpo se encontra, visto que, por exemplo,
o surto de crescimento puberal não ocorre na mesma época em todos os
indivíduos. A idade biológica é mais confiável, porque é relatada como o
direcionamento do organismo à maturidade, abrangendo modificações
anatômicas, maturação dentária e esquelética, desenvolvimento de
caracteres sexuais secundários, funcionamento hormonal e atividade
enzimática, mesmo que esses mecanismos sejam influenciados por fatores
genéticos, condições socioeconômicas, ambientais, nutricionais e de
gênero. Na Ortodontia
contemporânea, a correção precoce de diversos tipos de má oclusão é
favorecida quando podemos tirar vantagens dos momentos de máximos
incrementos do crescimento geral e facial do indivíduo que ocorrem
durante o surto de crescimento puberal. A fase de crescimento em que o
paciente se encontra é, portanto, fundamental na instituição de
diagnósticos precisos e prognósticos confiáveis. O estágio de
desenvolvimento ósseo pode ser estimado por meio de tomadas
radiográficas de punho e da maturação esquelética visualizada em
radiografias cefalométricas laterais das vértebras cervicais. Atualmente,
a região do punho vem sendo amplamente estudada e empregada como área
de determinação da maturação óssea, sendo sua eficácia cientificamente
comprovada, por ser um exame complementar de fácil obtenção
radiográfica, utilizado para diagnóstico e planejamento do tratamento
ortodôntico. Diversas investigações mostraram que essas áreas
representam a maturidade geral do esqueleto e, portanto, são adequadas
para tal avaliação. Da mesma forma, outras especialidades necessitam do
conhecimento da maturação óssea, principalmente a Implantodontia, pois o
sucesso estético e funcional de um implante está associado com a
completa maturação óssea. O
exato estágio de maturação em que o paciente se encontra vem sendo alvo
de pesquisas para facilitar a sua obtenção, diminuir seus custos, como
também diminuir a exposição dos pacientes à radiação ionizante. Silva
Filho et al. avaliaram um método alternativo simplificado que consistiu
em uma tomada radiográfica da região da articulação metacarpo falangeana
do primeiro dedo, utilizando-se uma película radiográfica periapical.
Nessa película observa-se a presença do osso sesamoide ulnar, que é
indicativo, quando do seu aparecimento, que está a um ano do surto de
crescimento puberal, indicando a época correta para a instalação do
dispositivo ortodôntico.
CONCLUSÃO
A partir dos resultados encontrados, com a metodologia empregada, pode-se concluir que:
1)
O método empregado é efetivo na predição da idade óssea do paciente,
sendo um método prático, de rápida obtenção e que pode auxiliar no
planejamento de implantes dentários e de tratamentos ortodônticos.
2)
Existem diferenças individuais para cada grupo, o que indica que cada
indivíduo, independentemente da idade cronológica, pode apresentar uma
diferente idade biológica óssea.
Autores: Yasmine
Bitencourt Emílio Mendes, Juliana Roderjan Bergmann, Marina Fonseca
Pellissari, Sérgio Paulo Hilgenberg, Ulisses Coelho; Da Faculdade de
Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Paraná;
Dental Press Journal Orthodontics, 2010 .Link do artigo na integra via Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n1/09.pdf
postado: luciano sousa
email:lucianofisiol@gmail.com
facebook: luciano sousa fisiologista
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