È muito comum as lesões dos meniscos em joelhos de atletas,
principalmente em atividades esportivas com impacto, isto é, corridas,
saltos e giros. Estas lesões são muito comentadas, porém difícil de
serem conhecidas e entendidas pela população leiga.Vamos tentar de
maneira simples aumentar este conhecimento e com isso identificar e
tratar melhor as lesões meniscais.
Os meniscos são duas fibrocartilagens em forma de C que ficam entre o
fêmur e a tíbia, dentro dos joelhos, um do lado medial e outro do lado
lateral. São de estrutura firme, mas elástica ( como a consistência do
tecido da ponta do nariz ou orelha). Tem função de estabilização e
proteção da cartilagem óssea que reveste o joelho, e ao contrario do que
leigamente é dito, não funciona como amortecedor de impacto.
Em atletas jovens, as lesões meniscais estão relacionadas a
traumatismos agudos, principalmente entorses do joelho, que podem estar
associados às lesões ligamentares.
Atletas veteranos podem ter lesões meniscais por degeneração tecidual associadas ao uso excessivo em atividades esportivas.
Os sintomas mais frequentemente encontrados nas rupturas meniscais
são dor nas laterais do joelho (depende do menisco afetado), derrame
articular ( “água no joelho”) e limitação dos movimentos de flexão e
extensão, que quando forçados podem piorar a dor referida.
Os exames de imagem como Raio-X e Ecografia não mostram as lesões
meniscais, apenas outras lesões que podem estar associadas.A Ressonância
Magnética é o exame de escolha para ajudar no diagnóstico. Importante
salientar que sempre o exame do paciente pelo Ortopedista é fundamental,
pois imagens e laudos apenas auxiliam no diagnóstico.
O tratamento indicado para rupturas sintomáticas dos meniscos é
cirúrgico. A videoartroscopia é um procedimento realizado em ambiente
hospitalar, com anestesia geral ou condutiva ( peridural, raquidiana ou
bloqueio femoral ). Consiste em duas pequenas incisões ( 01 cm) na
região frontal do joelho, por onde são colocados os instrumentais: 01
ótica acoplada à uma minicâmera mostra imagens em um monitor e pela
outra incisão coloca-se o instrumental cirúrgico.
Em geral, as rupturas meniscais são ressecadas ( recortadas )
preservando o máximo de menisco sadio. Em casos muito especiais podem-se
fazer suturas meniscais.
O pós-operatório consiste em repouso relativo por 03 dias, com
movimentos livres do joelho, com auxilio de muletas ou não, sempre com
aplicação de gelo varias vezes ao dia e uso de analgésicos e
anti-inflamatórios. Atletas são estimulados a iniciar exercícios
isométricos e mobilização precoce para evitar atrofia muscular.
Conforme evolução da dor e edema aumenta-se a carga de exercícios,
podendo retornar as atividades físicas e desportivas em 30 dias.
Lembramos que o tratamento inadequado destas lesões pode levar ao desgaste da cartilagem articular e artrose precoce.
O uso de equipamentos esportivos e preparação física adequados previnem lesões esportivas.
Artigo publicado no Jornal Match Point
www.jornalmatchpoint.com.br
A importância da Ressonância magnética em lesão de menisco/ cartilagem
Lesões dos meniscos e da cartilagem articular do joelho são
bastante comuns na população geral e em esportistas. A ressonância
magnética (RM) é o método de imagem mais adequado para fazer o
diagnóstico dessas lesões, assim como determinar seu grau e sua
extensão. Este exame complementar é frequentemente solicitado por
ortopedistas e médicos do esporte, depois do exame físico e da análise
da história clínica, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e no
acompanhamento de seus pacientes atletas e não atletas. As informações
obtidas na RM são valiosas para se determinar o tipo de tratamento a ser
adotado: clínico conservador, ou cirúrgico.
Os meniscos (medial e lateral) são fibrocartilagens que possuem várias funções no joelho como, por exemplo, contribuir para a estabilidade articular e proteção contra impacto. A cartilagem é uma camada que reveste toda a superfície articular do fêmur, tíbia e patela (rótula), e também tem função protetora sobre os ossos do joelho, além de promover o adequado deslize entre estes ossos nos movimentos da articulação.
As lesões meniscais e de cartilagem podem ser agudas ou crônicas:
As lesões agudas meniscais e condrais (de cartilagem) em esportistas são geralmente traumáticas, decorrentes de entorses, e podem ou não estar associadas a outras lesões (fraturas, contusões ósseas, lesões ligamentares, etc).
A RM revelará se há rotura meniscal, em qual dos meniscos ela se situa, além de determinar a configuração da rotura (longitudinal, oblíqua, horizontal, tipo alça de balde, etc) e a sua extensão: se compromete apenas uma porção do menisco ou se estende por todo ele.
Lesões agudas - As lesões agudas de cartilagem também são muito bem identificadas nos exames de ressonância magnética do joelho. Elas podem se apresentar como áreas de afilamento variável, desde uma leve erosão superficial até o extremo de perda completa, com exposição do osso subcondral (subjacente). Em alguns casos, há desprendimento de fragmentos de cartilagem, que se soltam e se tornam corpos livres intra-articulares, causando sintomas específicos.
Lesões Meniscais - Lesões meniscais crônicas são de causa degenerativa (desgaste), sem que haja necessariamente um episódio traumático ou rotura propriamente dita. Estas alterações se iniciam em pacientes acima dos 30 anos. Como há uma relação próxima entre meniscos e a cartilagem articular, lesões/roturas crônicas em meniscos podem levar a alterações degenerativas e erosões/afilamento da cartilagem articular, causando diminuição na resistência à carga vertical e impactos.
Pacientes ou atletas mais velhos, geralmente acima dos 50 anos, já podem ter algum grau de osteoartrose do joelho (processo degenerativo osteoarticular), e a RM complementa de forma muito mais detalhada a avaliação dos meniscos e da cartilagem articular, visto que as radiografias iniciais são insuficientes para este tipo de diagnóstico.
A ressonância magnética tem altíssima sensibilidade e especificidade para fazer o diagnóstico de lesões meniscais e condrais, quando interpretada por um radiologista com experiência em músculo-esquelético. Por isso, este exame quase que invariavelmente complementa a avaliação clínica em algum momento do acompanhamento dos pacientes e atletas.
Os meniscos (medial e lateral) são fibrocartilagens que possuem várias funções no joelho como, por exemplo, contribuir para a estabilidade articular e proteção contra impacto. A cartilagem é uma camada que reveste toda a superfície articular do fêmur, tíbia e patela (rótula), e também tem função protetora sobre os ossos do joelho, além de promover o adequado deslize entre estes ossos nos movimentos da articulação.
As lesões meniscais e de cartilagem podem ser agudas ou crônicas:
As lesões agudas meniscais e condrais (de cartilagem) em esportistas são geralmente traumáticas, decorrentes de entorses, e podem ou não estar associadas a outras lesões (fraturas, contusões ósseas, lesões ligamentares, etc).
A RM revelará se há rotura meniscal, em qual dos meniscos ela se situa, além de determinar a configuração da rotura (longitudinal, oblíqua, horizontal, tipo alça de balde, etc) e a sua extensão: se compromete apenas uma porção do menisco ou se estende por todo ele.
Lesões agudas - As lesões agudas de cartilagem também são muito bem identificadas nos exames de ressonância magnética do joelho. Elas podem se apresentar como áreas de afilamento variável, desde uma leve erosão superficial até o extremo de perda completa, com exposição do osso subcondral (subjacente). Em alguns casos, há desprendimento de fragmentos de cartilagem, que se soltam e se tornam corpos livres intra-articulares, causando sintomas específicos.
Lesões Meniscais - Lesões meniscais crônicas são de causa degenerativa (desgaste), sem que haja necessariamente um episódio traumático ou rotura propriamente dita. Estas alterações se iniciam em pacientes acima dos 30 anos. Como há uma relação próxima entre meniscos e a cartilagem articular, lesões/roturas crônicas em meniscos podem levar a alterações degenerativas e erosões/afilamento da cartilagem articular, causando diminuição na resistência à carga vertical e impactos.
Pacientes ou atletas mais velhos, geralmente acima dos 50 anos, já podem ter algum grau de osteoartrose do joelho (processo degenerativo osteoarticular), e a RM complementa de forma muito mais detalhada a avaliação dos meniscos e da cartilagem articular, visto que as radiografias iniciais são insuficientes para este tipo de diagnóstico.
A ressonância magnética tem altíssima sensibilidade e especificidade para fazer o diagnóstico de lesões meniscais e condrais, quando interpretada por um radiologista com experiência em músculo-esquelético. Por isso, este exame quase que invariavelmente complementa a avaliação clínica em algum momento do acompanhamento dos pacientes e atletas.
fonte: Dr. Milton Miszputen
ORIENTAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA PARA CIRURGIA DE MENISCO DO JOELHO
A Artroscopia é o método de tratamento e a recuperação é simples, veja:
O paciente recepcionado pelo anestesista no hospital recebe uma medicação pré anestésica, que causa um sono leve, para relaxar.
Na sala de cirurgia recebe anestesia local, no joelho e um pouco da Raqui, apenas para não mover as pernas durante a cirurgia. Após 30-40 minutos já está de volta na sala de recuperação, e recebe alta hospitalar no mesmo dia. Siga os passos do pós operatório:
3 dias sem por o pé no chão, mas pode caminhar com muletas de apoio axilar.
Repousar o lado operado e só se deslocar o necessário;
Aplicar gelo no joelho por 20 minutos, três vezes ao dia,geralmente por 7 dias;
Dobrar e estender o joelho várias vezes por dia, sentado em uma cadeira;
APÓS UMA SEMANA
Retirar os pontos entre sete a dez dias;
Iniciar fisioterapia se não conseguir dobrar e estender o joelho
Caminhar com apoio do lado operado, com muletas; as muletas serão retiradas após avaliação do médico
Se ao caminhar houver dor, seu médico deve ser informado; inchaço sem dor deve ser tratado apenas com gelo.
APÓS DUAS SEMANAS
Após exame médico, será encaminhado para fisioterapia e reforço muscular
APÓS TRES SEMANAS
Avaliada possibilidade de retorno ao esporte;
Caminhar normalmente;
Medicação só deve ser usada se tiver dor
SAIBA MAIS SOBRE A FUNCIONABILIDADE DO JOELHO
ORIENTAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA PARA CIRURGIA DE MENISCO DO JOELHO
A Artroscopia é o método de tratamento e a recuperação é simples, veja:
O paciente recepcionado pelo anestesista no hospital recebe uma medicação pré anestésica, que causa um sono leve, para relaxar.
Na sala de cirurgia recebe anestesia local, no joelho e um pouco da Raqui, apenas para não mover as pernas durante a cirurgia. Após 30-40 minutos já está de volta na sala de recuperação, e recebe alta hospitalar no mesmo dia. Siga os passos do pós operatório:
3 dias sem por o pé no chão, mas pode caminhar com muletas de apoio axilar.
Repousar o lado operado e só se deslocar o necessário;
Aplicar gelo no joelho por 20 minutos, três vezes ao dia,geralmente por 7 dias;
Dobrar e estender o joelho várias vezes por dia, sentado em uma cadeira;
APÓS UMA SEMANA
Retirar os pontos entre sete a dez dias;
Iniciar fisioterapia se não conseguir dobrar e estender o joelho
Caminhar com apoio do lado operado, com muletas; as muletas serão retiradas após avaliação do médico
Se ao caminhar houver dor, seu médico deve ser informado; inchaço sem dor deve ser tratado apenas com gelo.
APÓS DUAS SEMANAS
Após exame médico, será encaminhado para fisioterapia e reforço muscular
APÓS TRES SEMANAS
Avaliada possibilidade de retorno ao esporte;
Caminhar normalmente;
Medicação só deve ser usada se tiver dor
O joelho é uma articulação do corpo humano e de outros mamíferos. Formada pela extremidade distal do fêmur, pela extremidade proximal da tíbia (e pela patela (rótula).
O joelho ainda possui ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos meniscos (interno ou medial e externo ou lateral), que estabilizam o joelho, e amortecem os impactos sobre as cartilagens.
A chave para uma articulação de joelho saudável é a estabilidade da
articulação. A configuração óssea, os meniscos, os ligamentos, a cápsula
e os músculos que cercam a articulação do joelho produzem a sua
estabilidade.Os ligamentos são os estabilizadores primários para a translação anterior e posterior, angulação vara e valga, e para a rotação interna e externa da articulação do joelho. O ligamento cruzado anterior (LCA) é a restrição predominante ao deslocamento tibial anterior, pois aceita 75% da força em extensão completa e um adicional de 10% (até 90.º) de flexão do joelho. Com esses dados fica evidente que o LCA é o mais exigido no dia a dia de uma pessoa saudável, que pratica esporte por lazer ou profissão.
Anatomia humana
O joelho é uma articulação sinovial complexa. Na verdade ele possui duas articulações separadas:- A articulação fêmoro-patelar consiste na patela, um osso sesamóide que reside no interior do tendão do músculo anterior da coxa (músculo quadríceps femoral), e na superfície patelar na frente do fêmur, na qual ele desliza.
- A articulação fêmoro-tibial liga o fêmur (osso da coxa) à tíbia, o principal osso da perna. A articulação é banhada por um fluido sinovial viscoso, que está contido dentro da membrana sinovial, ou cápsula articular.
Ligamentos
Nome | Cápsula | Origem | Inserção | Descrição |
ligamento cruzado anterior (LCA) | dentro | côndilo lateral do fêmur | área intercondilar anterior | O papel do LCA é prevenir o deslizamento anterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur |
ligamento cruzado posterior (LCP) | dentro | côndilo medial do fêmur | área intercondilar posterior | A lesão deste ligamento é incomum, mas pode ocorrer resultando de uma força de tração traumática do ligamento. Este ligamento previne o deslizamento posterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur. |
ligamento capsular | - | - | - | - |
ligamento patelar | fora | patela | tuberosidade da tíbia | - Também Chamado de Tendão Patelar pelo motivo de nao existir uma separação definida entre o tendao do quadriceps (o qual envolve a patela) e a area conectando a patela à tibia. Este forte ligamento ajuda no mecanismo de alavanca da patela e também funciona como tampão para os côndilos femorais. |
ligamento colateral medial ou ligamento colateral tibial (LCM) | fora | epicôndilo medial do fêmur | condilo tibial medial | O Ligamento Colateral Medial protege a parte medial do joelho de ser aberto por uma força aplicada nas laterais do joelho (joelho valgo). |
ligamento colateral lateral ou ligamento colateral fibular (LCL) | fora | epicôndilo lateral do fêmur | cabeça da fíbula | o Ligamento Colateral Lateral protege as laterais do joelho de uma força dobrante interior (joelho varo). |
ligamento poplíteo oblíquo | fora | côndilo medial da tíbia | - | Expansão Tendinosa dos musculo semimembranoso. Fortalece a parte de trás da capsula |
ligamento poplíteo arqueado | fora | área intercondilar da tíbia côndilo lateral do fêmur a seguir da cabeça fibular | Conecta para a porção medial da cabeça fibular | Este ligamento fortalece o joelho posterolateralmente e quando lesionado está em combinação com uma lesão do tendão PCL e poplítea. |
Menisco
Os meniscos são elementos cartilaginosos presentes na articulação do joelho que servem para proteger as extremidades dos ossos de se esfregam entre si e para efetivamente aprofundar os soquetes tibiais dentro dos quais o fêmur se prende. Eles também possuem papel na absorção de choque mecânico. Existem dois meniscos em cada joelho, o menisco medial e o menisco lateral. Um deles ou ambos podem ser lesionados, quando o joelho é rodado ou dobrado com força acima do normal, e ou sofre grande impacto.Movimentos
O joelho permite os seguintes movimentos: flexão, extensão, assim como uma leve rotação lateral e medial. O joelho também possui mecanismos especiais de travamento e destravamento, relacionados ao movimento dos côndilos femorais no platô tibial.A flexão é permitida até 120º quando o quadril está estendido, 140º quando o quadril está flexionado e 160º quando o joelho é flexionado passivamente. A rotação medial é limitada a 10º e a lateral a 30º . A rotação medial e lateral só ocorre com o joelho flexionado.
Lesão
Em esportes
que impões muito impacto nos joelhos, especialmente forças de torção, é
comum o rompimento de um ou mais ligamentos ou cartilagens do joelho. O
ligamento cruzado anterior é frequentemente rompido como um resultado
de uma rápida mudança na direção durante uma corrida ou como um
resultado de algum outro tipo de movimento de torção violento. Ele
também pode ser rompido com a extensão forçada além de sua amplitude
normal, ou como resultado de forças sendo aplicadas lateralmente.
As lesões ligamentares podem ocorrer como um resultado da força que
faz com que a articulação exceda sua amplitude de movimento (ADM)
normal. Uma pancada no aspecto lateral da articulação do joelho ou da
tíbia pode causar um estresse em valgo que resulta no rompimento dos
ligamentos impedindo movimento em valgo. Da mesma forma a hiperextensão
forçada do joelho pode causar rompimento dos ligamentos posteriores.
Embora forças excessivas possam causar rupturas ligamentares, força de
baixa magnitude pode também causar rompimentos em ligamentos
enfraquecidos pela idade, doença, imobilização, esteróides ou
insuficiência vascular. Devido a esses problemas, um fortalecimento dos
músculos desta complexa articulação, com a devida orientação postural,
fará com que as pessoas sejam cautelosas e mais seguras na prática dos
esportes tais como futebol, basquete e atletismo.
Antes do advento da artroscopia,
os pacientes que faziam cirurgia para um LCA necessitavam de pelo menos
nove meses de reabilitação. Com as técnicas atuais de reconstrução do
LCA, estes pacientes podem hoje estar caminhando sem dificuldades em
duas semanas, e praticando esportes em poucos meses.
Imagens adicionais
-
Ressonância magnética (RM) de um joelho.
-
Raio-X de um joelho.
- LUCIANO SOUSA
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